Capítulo 10 - Medo

Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; Isso nada tem a ver com a coragem. Jean Paul Sartre

Aviso: Cena de estupro.

Sara

Após a saída de Cam, uma enfermeira entra no quarto, que me lança um sorriso gentil, antes de ir até o cateter jelco intravenoso que levava um líquido transparente até o meu braço e aplicar um líquido colorido.

_Não se preocupe querida, a dor logo vai passar.

Diz misteriosamente antes de sair, eu não fazia idéia do que ela quis dizer, uma vez que não estava sentido dor alguma.
Mas antes que eu pudesse apertar o botão na cama hospitalar, um forte cansaço me toma, me levando para o mundo dos sonhos.

_Naaaão!
Eu ouvia os gritos histéricos de uma jovem moça ressoar através daquela silenciosa floresta, não sabia dizer onde vinham, apenas sentia a urgência de ir em sua direção, o mais rapido que eu conseguia,  me forçava a mover as minhas pernas a
se moverem pelo chão irregular e úmido, trazido pelo clima temperado da Europa, mas apesar dos meus esforços, o meu corpo se movia limitadamente por conta do longo e pesado vestido de várias camadas que envolvia meu corpo de forma sufocante, mas mesmo que estivesse usando minhas roupas usuais, sentia que corria em vão, uma vez que eu mal sabia onde estava indo.

As árvores ao meu redor agiam como uma nuvem de fumaça, todas iguais, que me confundiam e atrapalhavam a minha pessoa se aproximar da moça, cuja a voz estava repleto de desespero.

_Por favor! Me deixe em paz! Eu não sei onde está o colar!

Os gritos delas  alarmaram-a mim de um jeito que fez me fechar os pulsos com raiva, estava prestes a dar a volta, indo numa nova direção, quando escuto uma voz cruel rebater sua fala em um tom tão alto que não estaria surpresa se acordasse os aldeões que moravam à alguns hectares de distância.

_Sua vadia imunda! Eu sei que está com você, como ousa mentir para mim, o grande Morlock!? Me diz onde está a pedra antes que eu quebre todos seus membros!

Como se eu estivesse sendo guiada por uma força invisível, continuo correndo com todas as minhas forças em frente, a respiração pesava, as pernas reclamavam, os  pés dentro de sapatos dois números menores estavam roxos de dor e mal os sentia, na verdade sentia que eu provávelmente precisaria no futuro decapitar  os meus dedos para que não apodrecesse pela falta de circulação do sangue, já que também estava frio, porém  sentia que se parasse, algo ruim iria acontecer, estava prestes a pular um tronco caído, quando sou atingida por um longo galho, fazendo me cair de barriga no chão, mas antes que pudesse me levantar, quando de repente, meus tornozelos são torcidos com uma força invisível, fazendo me gritar de dor, antes que pudesse me virar, sinto algo pesado pressionar a minha cabeça contra o chão, fazendo meu rosto se afundar na terra mofada e úmida, queria urrar de dor, mas a força era tão grande que não importava o quanto tentasse levantar, só afundava cada vez mais, que se eu abrisse a boca, provavelmente acabaria comendo terra, isso se minha cabeça não se partir antes pela pressão ou acabar morrendo de asfixia.

_Onde está o colar vadia de merda!

Sem nenhuma chance de revidar, sinto longos dedos agarrerem meus cabelos com violência que em um forte puxão para trás, escuto meu pescoço estalar dolorosamente, me permitindo tirar o rosto do chão, fazendo-me arfar e gemer de dor.

Mas o que raios está acontecendo aqui?

Foi a única coisa que penso, quando sinto um tapa violento atingir o meu corpo com violência.

_Me responda cadela!

_Eu não sei...

Grito ficando desesperada, mas antes que pudesse dizer algo mais, escuto o momento em que ele rasga violentamente o vestido, expondo-me ao frio da noite.

_Não, por favor me solte, prometo não falar nada com ninguém, mas acredite em mim, eu não sei onde está  o colar.

_Acreditar em você? Não me faça rir, como se tivesse alguma honra na palavra de uma demi-humana, não passam da escória, nunca serão parte dos clãs de demônios como eu e muito menos aceitos pela sociedade humana, a sua mera existência é uma heresia a todos os seres vivos!

Sem deixar que rebatesse as suas afirmações, sinto suas mãos asquerosas continuarem a rasgar as peças de roupa, junto das minhas roupas íntimas, tento evitar mas imobiliza meu braços e pernas.

_Não!

Meu grito sai  cada vez mais horrorizado, tento de tudo para sair de baixo do seu corpo, mas seu grande corpo era mais pesado e impossibitava qualquer defesa, sinto as lágrimas de frustração molhar o meu rosto, não importava se o tentava mordê-lo, apenas deixava e ria com satisfação, os arranhões nem chegavam a marcar e dar cabeçada, só fazia minha cabeça doer, que  pareciam apenas lhe divertir  cada vez mais, quase como se ver a minha luta desesperada fosse como assistir a um teatro para ele.

_Que garotinha selvagem que tenho aqui, bem que meu servo Mols me avisou para vir preparado para montá-la.

_Me largue seu doido! Não quero que me toque! Fique longe de mim!

Berro extremamente apavorada e frustrada, mas não desisto de tentar sair de baixo de seu corpo.

_Grite a vontade minha doce pérola, farei o que for preciso para conseguir a pedra mágica, então se fosse você, me falaria logo o que quero, ou a noite vai ser bem longa para ti.

_Já disse que não sei! Me largue por favor!

O desespero cada vez mais forte, sinto o momento que ele esfrega suas partes íntimas nas minhas, fazendo me congelar de pavor.

_Por favor não! Qualquer coisa menos isso, já disse que não sei, a última vez que a vi estava em minha penteadeira e sumiu, por favor acredite em mim!!

_Claro, acreditei desde a primeira vez que disse que não sabia, mas sabe, as suas reações, faz eu amar incondicionalmente o seu sofrimento.

Aquilo deixou me em choque.
"Porque está fazendo isso comigo?
Ele não era supostamente o meu tio?
Porque todos ao meu redor apenas desejam o meu mau?"

Esse pensamento era estranho para eu, uma vez que não tinha tios, mas antes que pensasse nisso , ele invade a minha vagina com uma rápida e dolorida estocada fazendo me gritar de dor, que só parecia o animar cada vez mais, enquanto aumentava meus movimentos.

Eu queria chorar mas, meus olhos irritados e secos negavam a soltar as lágrimas, os gritos de dor e desespero saia sem cessar deixando me rouca, ao mesmo tempo que implorava que saísse de mim, estava prestes a desmaiar de dor, quando sinto-o gozar dentro de mim.

"Não!Qualquer coisa, mas por favor que não me engravide!"

Porém para o meu desespero, ele não sai de dentro de mim, mas força me a sentar no seu colo, enquanto prendia minhas mãos  para cima com a sua gravata.

_Por mais que eu ame seus gritos amor, é melhor calvagar gostoso nesse meu pau a não ser que queira ver o corpo do seu amado numa cova rasa.

_NÃO! Por favor não machuque o meu Piell.

De repente, ao sentir essas palavras sair de meus lábios, uma nova confusão se instala dentro de mim.
Eu conheço e amo Piell? Mas ele foi morto séculos atrás.

Foi quando percebi, que não estava realmente acontecendo comigo.
Essa compreensão fez um suspiro de alívio e de tristeza, estava começando a me  perguntar  como esse bizarro pesadelo começara e como iria saír dele, quando escuto uma resposta fraca.

_Eu... Vou cavalga-lo, mas por favor não machuque meu amado.

Bizarramente em segundos, eu não era mais a moça estuprada para ser uma telespectadora, parte de uma plateia sem nenhum poder para intervir ou alterar o enredo.

Vi o momento que atrapalhadamente ela levanta os quadris para descer num vai em vem, fazendo o demônio suspirar de alegria.

_Mais rápido!

Diz antes de enfiar os dentes em suas costas, fazendo a urrar de dor, mas o obecede.
Tento me aproximar deles, arrancar o verme de cima dela mas era como se algo me barrasse, grito porém ninguém me via ou escutava.

_Isso minha linda sobrinha!Desce bem fundo.

Ele envolve suas mãos nos cabelos dela e os puxa para trás com força, fazendo seu corpo se dobrar numa posição dolorosa, que a manteve até gozar de novo dentro dela.

_Por favor...

Antes que ela pudesse terminar sua fala, ele a estapeia fortemente no rosto, fazendo seu pescoço estalar e quase fazendo ela cair num ângulo estranho.

_De quatro, agora! Diz arrancando a peça  que prendia as mãos dela.

Desesperada e se vendo sem saída, se pôs de quatro.

Eu conseguia visualizar seu desespero e dor em mim que não conseguia fazer nada para intervir, tento sair dali, virar as costas, mas em todos os lugares que ia era como se tivesse voltado para a cena de origem.

_Abre mais as pernas, ainda preciso arrebendar gostoso o seu rabo!

_Por favor...

Mas novamente ele a estapeia violentamente.

_Não te dei permissão para falar, a partir de hoje, nos momentos íntimos que tivermos, você irá obedecer a todos os meus comandos sem reclamar ou falar qualquer palavra sem a minha autorização prévia, isto é, a não ser que queira ver seu amado morto, está me entendendo?

_Si...

_Não me responda!

Diz metendo outro tapa violento em seu rosto.

_Só me responda, quando eu der permissão, antes disso apenas balance a cabeça de cima para baixo para sim, para os lados se for não, compreendido?

Vi ela balançar a cabeça em concordância forçada.  Aquele verme esqueroso, que se dane que é um demônio, se eu por a mão nele, irei esganá-lo e fazer um exorcismo, vi como se faz em muitas séries, filmes e livros.

_Excelente.

Escuto o asqueroso se pronunciar, enquanto direcionava seu pênis ao ânus da moça.

Quisera eu fechar os olhos mas algo me mantinha com os olhos abertos, queria não ouvir mas nada acontecia como eu queria.

_A partir de hoje, toda vez que tiver permissão para falar irá ter que dizer antes de tudo, "Querido Tio" mas só terá permissão quando eu te chamar de cadela. Entendido cadela?

_Querido tio, entendi...

Os seus gritos de dor, suas expressões que clamavam por socorro e a minha incompetência em lhe ajudar me deixava aflita e tão desesperada quanto ela.
Vejo o momento que ele chega perto do ouvido da moça e sussurra alto o bastante para eu ouvir.

_Eu vou fazer questão de gozar dentro de sua vagina todas as vezes, porque quero sempre engravidá-la para poder matar o bebê na sua frente, na qual voltaria a te engravidar e matando continuamente em sua frente todas as crianças que tiver, até que vire igual a uma boneca que ama a tudo o que o dono a oferece. Vou  encher de marcas essa sua pele branca como uma tela e seu corpo ficará com tantos hematomas bonitos e coloridos que tornará uma obra de arte. E por fim lhe torturei de todas as forças só para fazê-la se suicidar para eu poder torná-la minha para sempre no inferno.

Minhas mãos tremem, eu queria acabar com o sorriso dele, na verdade a fúria que eu sentia fazia meu corpo tencionar se o bastante para crer que ficaria toda dolorida, mas quando finalmente acho que tudo acabou, ele se levanta, se limpa em um pedaço do vestido rasgado e diz:

_Muito obrigado minha preciosa noiva, você tem até à vespera* para me encontrar no castelo de sua família para realizarmos a cerimônia de casamento, e se fosse você, não contaria nada a não ser que queira ser excomungada, exilada e morta na fogueira por bruxaria, tente ser mais discreta possível, não preciso de boatos sobre uma mulher nua andando por aí, te vemos no nosso local de encontro cadela.

Vi o momento que ela fechou os olhos trêmula enquanto tremia de frio.

_Querido Tio, vais me deixar assim, sem nenhuma peça para esconder meu corpo?

_Aprendeu rápido minha noiva, te vejo no castelo.
Diz desaparecendo como se nunca tivesse ali.
Desgraçado de uma figa
Após a saída dele, a moça se pôs a chorar e rir historicamente enquanto puxavava seus cabelos. Queria poder lhe consolar mas o sonho acaba.

Acordo suada e tremendo de pavor, todo meu corpo doía como se tivesse sido violentada sexualmente, vi o momento que a enfermeira se aproxima e carícia meus cabelos com suavidade, como se tentasse me acalmar.

_As lembranças são duras, mas necessárias se quer descobrir como ela morreu.

Estava prestes a perguntar o que quis dizer quando ela tira outra seringa com um líquido colorido que aplica imediatamente no cateter, fazendo me ficar sonolenta e voltar para a terra dos sonhos.

*Vespera - Antes da criação do relógio, na idade média no que viria a ser a Europa, o dia era registrado pela igreja, e em intervalos.
Prima corresponde às 6 da manhã, terça à 9 horas, sexta à 12 horas, nona às 15 horas, louvor ao alvorecer, véspera ao por do sol, completa que é antes do repouso e matina meia noite.

2205 palavras

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