Capítulo 33

"Eu não quero ser obrigado a tomar medidas mais rigorosas levando a sua suspensão do caso."

O e-mail que Weitz enviou naquela noite realmente deixou Lorna bem irritada, se tinha uma coisa que ela odiava era trabalhar sob pressão, e ultimamente ela se via pressionada a todos. Precisava encontrar o assassino da namorada, precisava encontrar o local onde o chip estava escondido e o que ele fazia, precisava honrar com a sua promessa, coisa que ela estava fazendo desde Zurique e o mais importante de tudo: levar Emm até Reade em segurança.

Tudo isso acontecia quando a agente se via no meio de um furacão sem poder contar para ninguém o que estava acontecendo. Por muitas vezes essa semana ela pensou em desistir, pegar a sua filha e jogar tudo para o ar, Lorna tinha recursos para isso? Sim, muitos! Porém estava cansada de viver fugindo do seu destino. Pelo menos uma vez da vida ela queria fazer o certo.



      Diferente do clima que pairava no escritório da corregedoria, Reade e Tasha estavam mergulhados nos preparativos para o casamento que aconteceria em alguns meses. Estavam procurando um lugar que tivesse mais haver com o estilo do casal, Reade queria algo mais clássico e tradicional, já Tasha imagina algo mais moderno, queria fugir um pouco de todos esses protocolos, aos poucos os dois estavam pegando o ritmo de tudo. Era um momento muito especial para ambos, e eles queriam que tudo saísse o mais perfeito possível.



Já tinha se passados mais de uma semana, nesse meio tempo Lorna estava mergulhada em processos do escritório. Hoje seria um dia muito importante para a investigação, o resultado do exame de DNA encontrado no corpo da Nas enfim revelaria algo, agora sim, eles teriam um rumo e alguém para investigar.

Lorna estava na sua sala quando foi interrompida por Joeline.

— Prince? — Ela chamou após bater na porta. — Weitz está nos chamando para a reunião.

— Chegou o resultado? — Lorna pergunta largando tudo sobre a mesa.

— Pelo visto sim! Você vem agora? – Joeline quis saber.

— Vai indo na frente, eu encontro com vocês lá.

Lorna fechou os olhos agradecendo, enfim aquilo tudo iria acabar, eles prenderiam o responsável ou os responsáveis e a Nas poderia enfim descansar em paz.

Ela deixou esses pensamentos de lado quando passou pela porta da sala onde aconteceria a reunião, lá já estavam o chefe do laboratório, Weitz e Joeline, estavam só esperando por ela.

— Ah, Prince! Que bom que decidiu vim. — Alfinetou Weitz pela demora. — Estávamos a sua espera.

— Bem, aqui estou, então vamos começar. — Disse ela ocupando o assento ao lado de Mattew Weitz.

— Primeiramente, quero notificar que tivemos um pequeno avanço, mas o primeiro resultado já pode nos dar uma pista dos responsáveis. — Iniciou Phill sob os olhares atentos de todos. — A polícia identificou três amostras diferentes de DNA no corpo da vítima, um da agente Kamal, e os outros dois dos possíveis assassinos.

— Então é conclusivo? — Perguntou Weitz. — Finalmente os culpados serão responsabilizados.

— É conclusivo parcialmente, ainda estamos analisando a segunda amostra.

— Tá, vamos colocar um fim nesse suspense! De quem é o sangue? — Perguntou Lorna depois de todo aquele falatório.

— Aqui! — Phill passou uma cópia do resultado para todos.

— Impossível, isso está errado! Não pode ser. — Protestou Lorna, com o resultado em mãos.

— É impossível ter dado errado! — Afirmou Weitz.

— Quantas vezes você testou as amostras? — Lorna perguntou para o agente Phill.

— Testei cinco vezes agente Prince, impossível está errado. — Assegurou Phill.

— Eu vou tirar essa história a limpo. — Disse Lorna saindo da sala irritada.



— Aonde você vai? Está maluca? — Perguntou Weitz tentando lhe impedir.

— Me solta! — Lorna se desvencilhou dele. — Isso só pode ser uma peça, não foi ela. Eu preciso ouvir dela que esse resultado está errado, que tudo é um mal-entendido. — Lorna estava bem agitada.

— Onde você pensa que vai? — Perguntou ele tentando detê-la.

— Atrás dela! — Lorna fala impaciente.

— E ela vai te olhar nos olhos e mentir mais uma vez. Lembra quando eu te perguntei se você acreditava neles? Você me assegurou com todas as letras que acreditava, na verdade ela mentiu para você. Todos mentiram. — Disse Weitz na tentativa de impedi-la.

— Eu quero ouvir isso dela Mattew. Se foi realmente ela, eu preciso que ela me conte o motivo de toda essa vingança.

— Lori eu não posso deixar você ir e confrontar uma suspeita, mas sei que se te prendesse aqui você seria capaz de colocar esse prédio abaixo. Então eu vou com você.

— Não! De jeito nenhum. — Recuou ela. — Eu vou fazer isso sozinha.

— Eu não posso deixar você.... — Weitz tentou, mas foi interrompido pela Lorna.

— Já disse que não! — Ela encerrou aquela discursão entrando no elevador. Fazendo Weitz soltar um sorriso de canto. O que será que ele estava aprontando?







Em poucos minutos Lorna estacionou no prédio do FBI, apressadamente ela saiu do elevador indo para a sala de Reade.

— Onde ela está? — Perguntou ela se mostrando nervosa ao entrar na sala. — Cadê a sua noiva Ed?

— Calma Lori, o que está acontecendo? — Reade tentou acalmá-la.

— Cadê a Natasha? Eu preciso falar com ela.

Após uma tentativa frustrada de tentar acalmar Lorna, Reade que não estava entendendo nada enfim resolveu chamar Tasha, seja lá o que estivesse acontecido só ela poderia ajudar.

Alguns minutos depois Tasha vai até a sala de Reade, onde encontra Lorna com uma cara bem estranha.

— Ei, o que houve? — Perguntou Tasha ao se deparar com Lorna.

— Me diz que o teste é falso e você nem se quer esteve nesse local.

— Do que você está falando Lorna? Que teste é esse? — Perguntou Tasha ainda sem entender. 

— O DNA! — Lorna lhe entregou o resultado. — O sangue encontrado no corpo da Nas, um deles é seu Tasha.

— Isso é falso! Não pode ser, você sabe muito bem disso. — Protestou Tasha.

— Eu não sei de mais nada. — Confessou ela trêmula. — Você não tem um álibi, você não nos disse onde estava naquela noite, então o DNA é a coisa mais perto da verdade que eu tenho.

— Sabe que eu não faria isso. — Tasha se insistiu.

— Nem se você estivesse se sentindo ameaçada? — Lorna a encarou. — Eu não confio em você Tasha, nunca confiei, mas eu tentei. Queria provar para mim mesma que eu estava errada, pelo visto eu preciso confiar mais em mim. Eu não confio em você!

— Lorna, eu não preciso está me explicando, não preciso convencer você de nada. — Tasha parecia muito tranquila.

— Se acalmem vocês duas, nunca vi vocês desse jeito. — Reade observava que Lorna procurava um pedaço de papel em cima da sua mesa.  — O que está acontecendo? — A morena apenas fez sinal para que ele continuasse enquanto ela rabiscava algo numa folha.

Ele e Tasha ficaram sem entender o porquê daquilo tudo, Patterson já tinha ouvido as vozes das duas e percebeu o quão alterada Lorna estava.



— Ei o que deu em vocês? Por que estão falando tão alto? — Perguntou a loira entrando na sala. — Do corredor dá para ouvir tudo.

— Eu também quero saber Patterson. — Reforçou Reade. — A Lorna chegou aqui descontrolada só falando sobre o teste.

Logo lorna terminou de rabiscar o papel mostrando para os demais:

" Eu acho que fui comprometida, meu celular está funcionando como uma escuta nesse momento e não posso quebrá-lo agora, vamos deixar assim por enquanto. O teste é forjado!"

— Estamos bem perto de descobrimos quem é quem. — Disse Lorna. — Eu mesma vou me certificar que você pague pelo que fez.

— Então sinta-se à vontade para fazer o que quiser com isso agente Prince. — Rebateu Tasha sob as orientações de Lorna. — Eu sei o que fiz e o que não fiz. Minha consciência está limpa.



Logo Patterson também escreveu algo no seu tablet.

" Temos uma sala que bloqueia o sinal. Me sigam!" — Pediu a loira sendo acompanhada pelos demais.



— Vocês duas dariam duas ótimas atrizes. — Disse reade assim que chegaram na sala indicada.

— Eu e a Lorna tínhamos um sinal, se caso ela fosse comprometida. — Respondeu Tasha. — Ela só precisaria usar a frase não confio em você mais de uma vez na mesma frase.

— Preciso aprender esses códigos. — Disse Reade. — Lorna como ficou sabendo do teste? O que os outros acham disso?

— O Weitz está convicto de que quando acharmos o dono da segunda amostra poderemos apreender os responsáveis. — Explicou ela. — Tasha eu sinto muito pelo que eu falei mais cedo, eu realmente quero que isso acabe, eu quero as nossas vidas de volta.

— Vamos conseguir, eu prometo! — Tasha tentou lhe passar segurança.

— Eu preciso voltar, uma nova perita vai assumir as investigações.

— Você precisa tomar cuidado, o Weitz está de olho em você, — Reforçou Patterson.

— O Weitz é a minha menor preocupação, o nosso grande problema é o Roman e o que ele tem em mente, o resto a gente resolve depois. — Disse Lorna.

— O Weitz pode mandar a Tasha para cadeia, isso não te assusta? — Reade parecia bastante nervoso.

— Não, isso está sob controle e é algo que eu posso evitar, o Roman não. — Lorna parecia convicta do que dizia.

— Tudo bem, uma coisa de cada vez. — Pediu Tasha. — Você volta pra corregedoria e tenta descobrir o que o Weitz está tramando. E nós vamos focar nas pistas do Roman.

— Tudo bem, me avisem se descobrirem algo. — Lorna falou indo para o elevador após se despedir dos demais, mas logo foi interrompida por Tasha.



— O que mais está acontecendo? — Perguntou a morena sem muita cerimônia enquanto esperavam o elevador.

— Sobre?

— Você está nervosa, você não é assim Lori, o que de fato está te perturbando? — Questionou Tasha.

— É tudo Tasha, eu só quero minha vida de volta. Você também não quer isso?

—É tudo o que eu mais quero. Estou aqui se quiser conversar. — A morena lhe abraçou de surpresa.

Lorna jamais imaginaria que um dia elas poderiam ter algum tipo relação, ela estava feliz, pela primeira vez tinha alguém com quem pudesse conversar sobre quase tudo, mas no momento ela não queria envolver ninguém nisso. — Se cuida!

— Você também Tasha!

Logo Lorna seguiu de volta para a corregedoria, ela estava tensa de mais, o coração acelerado, as mãos trêmulas. Seu emocional estava tudo desregular.



     Ao chegar na corregedoria ela foi direto para a sua sala, precisava de um remédio para dor antes que a sua cabeça explodisse, encontrou o seu frasco de remédios na bolsa. A morena estava com a sua cabeça abaixada, apoiada nas duas mãos, quando uma voz conhecida lhe fez despertar.

Sabe que pode fugir disso tudo, não é? É só entregar o chip.

Do que você está falando? — Ela perguntou confusa. — Não faço ideia de onde o chip possa estar. Espera! O que você faz aqui?

Eu não faço a mínima ideia, eu vim porque você quis.

E como você acha que vai me ajudar Nas? — Ela respira fundo lembrando dos eventos passados. — Você está morta, e a menos que você me dê a localização do chip você não ajuda em nada.

Você sabe que eu sou fruto da sua imaginação, não é? Então tudo o que eu falar você já sabe.

Quero que você vá em bora. Se não pretende me ajudar então não atrapalha.

Então você está convicta que não foi a Tasha? Ou tem alguma outra parte aí que ainda está duvidando?

Não foi ela, eu tenho certeza de que ela não faria isso.

— Se você diz... — Ela falou em tom irônico.

Nas você não é real, por que ainda está me visitando?

— Eu sou o reflexo dos seus pensamentos. Ah e só para constar, eu gostava mais da Lorna da Alysson. Essa versão da Lorna que a Tasha está criando é cansativa de mais.

Nas, por favor! Some daqui eu preciso voltar a ser quem eu era. — Lorna disse irritada.

Então volte, seja a grande Alysson Hall que eu conheci. Seja destemida, valente, ousada. Quem sabe assim você consegue.

— Eu não sei o que fazer!

— Então pense como a Aly. O que a Alysson faria no seu lugar?  O que a filha da Masha faria se quisesse de volta o poder? Vamos Lorna, volte um pouco no seu passado.

— Conquistar para dominar! — Respondeu Lorna. — Isso, eu preciso colocar isso em prática. Você é um gênio Na... — A morena se deu conta de que está sozinha mais uma vez. — Você é só o fruto da minha imaginação.





— Lorna, te interrompo? — Weitz perguntou ao vê-la andando de um lado para o outro. — Preciso de você aqui!

— Do que você precisa? — Disse ela o acompanhando.

— Washington quer agilidade no caso.

— Washington ou você? — Interrompeu Lorna. — Todo mundo sabe que as eleições estão se aproximando...

— Você também deveria ter interesse em achar os culpados. — Ele alfinetou. — Uma perita forense foi enviada para nos ajudar.

— Não precisamos de ajuda, precisamos achar o culpado.

— Concordo com você, o responsável está aí pelas ruas, andando livremente, enquanto você e a família dela sofrem a dor de uma perca. Estamos sem respostas.

— Você ensaiou esse discurso no espelho Mattew? — Provocou Lorna.

— Nada engraçada. — Disse ele após entrarem no laboratório. — Agente Prince essa é a perita Lesley, vai nos ajudar com o caso.

— Agente Prince? — A garota falou de forma simpática. — Eu li os seus artigos em Quântico, suas aulas foram incríveis. É um prazer lhe reencontrar e trabalhar com alguém tão incrível.

— Lesley, não é? O prazer é todo meu! — Lorna sorriu. — É um orgulho encontrar uma aluna trilhando um longo caminho.

— A Lesley vai nos ajudar a remontaremos o crime, até conseguirmos encontrar o culpado. — Avisou Weitz.

Logo a jovem perita iniciou uma longa conversa com Lorna e Weitz colocando-os a par de todos os seus planos para as investigações, a jovem repassou todas as informações que a corregedoria já tinha, e fez algumas pontuações que deixou Lorna um tanto confiante com o trabalho da garota.



Após uma tarde exaustiva Lorna estava pronta para ir para casa, enquanto esperava pelo elevador foi abordada por Joeline.

— Ah Lori, como foi a tarde? Conseguiram algo? — A mulher também esperava o elevador.

— Estamos no começo, ainda teremos uma longa jornada até o grande final. — Respondeu Lorna. — Onde você estava?

— Com o Phill, estávamos testando algumas amostras, até o fim da semana podemos ter mais informações.

— Isso é bom, nunca essa corregedoria trabalhou tão bem. — Alfinetou Lorna.

- É... Lorna eu... — A mulher não sabia por onde começar. — Eu estive pensando em...

— Em que Joe? — Lorna perguntou curiosa.

— Se algum dia podemos sair para jantarmos ou beber em algum lugar. — Sugeriu ela.

— Olha Joe, eu não estou com clima de sair para me divertir, não estou preparada ainda. Não sei quais são as suas intenções, mas, não estou pronta para voltar para a pista. — Lorna lhe encarou.

— Tudo bem. — A mulher disse um pouco sem jeito. — Se precisar de alguém para conversar eu estou aqui!

— Boa noite Joe! — Lorna falou indo para o elevador encerrando aquele assunto.

A morena pensou que estava ficando louca, ou isso ou a Joe deu em cima dela, Lorna nem se deu ao trabalho de pensar muito sobre isso, estava cansada de mais, o seu dia tinha sido bem cheio de altos e baixos, mais baixos do que altos se colocássemos na balança.



     No sioc, após a saída da Lorna o clima era de bastante preocupação pelo que enfrentariam futuramente, Tasha sabia que se fosse enfrentar as acusações da corregedoria ela precisaria expor o seu passado, não seria fácil, mas ela tinha a certeza de que Reade estaria com ela, ele sempre esteve. Os demais, bem, ela não queria que os amigos se envolvessem com isso, quanto mais gente envolvida mais complicado ficaria para sair dessa situação.

— Ei, terra chamando Tasha! — Patterson lhe despertou dos pensamentos.

— Oi? Tá aí a muito tempo? — Ela observa a amiga parada próxima a sua estação de trabalho.

— No que você estava pensando? Está distante praticamente o dia todo.

— Aí Patterson, por que as coisas não são mais simples? Eu não faço a menor ideia do porquê estou no meio disso tudo. — Confessou ela. — Eu tento imaginar qualquer ligação minha com isso e não consigo.

— Ei Tasha, se você for ficar pensando nisso vai enlouquecer. Não vamos deixar chegar a esse ponto.

— Não é isso que me preocupa, e se depois de mim ele vir atrás de vocês? Se não for só comigo? Eu realmente penso nisso.

— Vamos nos esforçar ainda mais para que isso não aconteça, e além do mais temos a Lorna.

— Também estou bem preocupada com ela. A Lorna não está bem, há muito tempo que ela está diferente.

— Você fala desde o momento que acharam o corpo da Nas? — Questionou Patterson.

— Sim, desde desse dia que estou achando a Lorna instável.

— E ela é instável. É mais uma coisa para nos preocuparmos? — Patterson quis saber.

— Sim! Mas deixa essa parte comigo. Já tem coisas de mais para vocês se preocuparem.



— Ei, garotas! — Chamou Rich ao entrar no laboratório. — Que tal um barzinho essa noite?

— Rich estamos atolados em pendências ... — Patterson lhe repreendeu. — Que tal gastarmos essa sua energia para procurarmos o Roman?

— Vão ficar aqui a noite toda? — Tasha questionou. — Posso ajudar.

— Se for necessário sim, mas você não precisa ficar aqui tem muitas coisas do casamento para resolver.

— Patterson... me deixem ajudar! — Tasha insistiu. — Eu posso resolver as coisas do casamento amanhã.

— Não, sem acordos!

— Por falar em casamento Tasha — Rich pigarreou. — Eu estive pensando na despedida de solteiro do Reade.

— Vindo de você, eu já posso imaginar o ambiente! Nem invente de levar o meu futuro marido para uma boate com mulheres praticamente nuas. — Tasha fingiu ofensa. — Se ousar você me paga Rich!

— Mas qual é o lugar que você quer que eu o leve? Um convento? — Ele rebateu com humor.

— Vão para o apartamento do Kurt, comemorem com bebidas e joguem cartas, tem melhor programa que esse?

— Tem! Boates com as strippers. — Ele provocou, sabia que logo iria tirá-la do sério. De certo modo ele queria quebrar a tensão desse dia.

— Vocês conseguiram, eu vou embora. Mas me liguem se descobrirem algo. — Pediu ela se despedindo.

Ela foi até o armário pegar as suas coisas e no corredor encontrou com Reade.

— Ei, já estava indo até o laboratório te procurar. — Falou Reade assim que a encontrou. — Vamos para casa?

— Vamos sim, não vejo a hora de chegar em casa e sermos só nós dois. — Disse Tasha entrelaçando os dedos aos dele.

— Eu adoro esses momentos, são os melhores momentos do meu dia. — Reade confessou roubando um selinho rápido dela.

— Você está bem? Tive tanta papelada hoje que mal tive tempo de ficar alguns instantes com você.

— Ei Reade estou bem, não tem problema. Nós dois tivemos muito trabalho hoje. Mas você pode compensar quando chegarmos em casa. — Tasha sugeriu com um sorriso de canto.

Ela não queria demonstrar como estava, não queria ver Reade mais preocupado do que o de costume. Ela sabia que a situação era bem seria, porém estar com ele lhe fazia esquecer completamente o mundo lá fora.

Ao chegarem em casa, os dois tomaram um banho e esquentaram um pouco do jantar da noite passada, não era sempre que tinham tempo de fazer comidas fresquinhas. Os dois estavam no sofá, vendo as sugestões que a organizadora tinha enviado mais cedo.

Continua...

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