O L Í V I A
— Não! Tira essas bolas daqui! — ordenei, ao me dar conta de onde Max as tinha colocado.
Ele me encarou, puto.
— Então onde você quer que eu as coloque, Olívia?
— Em qualquer lugar, menos neste buraco. Aqui, você tem que colocar outra coisa — lecionei.
Meu marido levou a mão ao saco e tateou as bolas até encontrar algo melhor.
— Isso serve? — Ele me mostrou a bengala.
— Sim! Coloca logo! — bradei, ansiosa para que a lacuna fosse preenchida.
Max esticou o braço, tirou as duas bolas prateadas do alto da árvore e pendurou a bengala listrada de branco e vermelho no lugar, ocupando o espaço vazio.
Contemplei a disposição do ornamento. Sim, ficava ótimo ali, perto do laço dourado.
— Ficou lindo! — Subi os pés e o recompensei com um beijinho na bochecha. — Agora, coloca uma bola dourada... ali. — Apontei. — E uma prateada... ali. — Indiquei outro lugarzinho sem nenhum adorno.
Queria uma árvore linda, abarrotada de penduricalhos!
— Montar essa porra era mais legal quando as crianças ajudavam — ele resmungou. — Eu tô cansado. Quero foder. — Largou o saco de enfeites e jogou o corpo no sofá.
— Você está cansado e quer foder, Max Vetter? — Achei graça.
— Para foder, eu nunca estou cansado, senhorita Olívia. — Um sorriso sacana enviesou meus lábios favoritos. — Para de montar a árvore, linda. Vem montar o tronco. — Olhou sugestivamente para baixo.
Soltei uma risada.
— Para de palhaçada, cretino... Não vai ter sacanagem enquanto a gente não terminar. — Ajoelhei-me no tapete e comecei a fuçar a sacola cheia de bugigangas natalinas.
— Só umazinha, linda. Cinco minutos. — Ele saiu do sofá de repente, aproximando-se de mim.
— Depois! — Fiquei de pé, afastando-me depressa com uma caixa nas mãos. — Estamos atrasadíssimos! Faltam apenas três dias para o Natal! Piolho e Maria Luísa terminaram de enfeitar a própria árvore há semanas! Plínio e Susanne estão com a deles pronta desde o início do mês! Tito e Lari montaram no final de novembro! Só a nossa ainda está assim! — Mostrei a árvore enorme, mas quase sem objetos decorativos. — Toda vez que começamos a enfeitar essa porra, a gente acaba trepando aqui na sala e desiste de continuar. Dessa vez, vamos até o fim! — Abri a embalagem, retirando um pisca-pisca de dentro.
— Mas é aquele ditado, né, linda? Árvore enfeitada, nada de trepada. Árvore vazia, madeira todo dia! — Ele gargalhou.
— Que ridículo... — Balancei a cabeça, rindo.
Então, fui até a tomada e me abaixei, conectando o fio para testar as luzinhas.
Precisei ajeitar algumas lâmpadas, para evitar o mau-contato. Estava fazendo isso quando uma mão grande e possessiva apertou minha bunda.
— Você adora esse ridículo, gostosa... — A voz rouca e profunda se aninhou em meu ouvido.
— Max, para com isso... — Deixei um gemido escapar e acabei abandonando as luzes, que passaram a iluminar o tapete.
— Quer que eu pare? — Os dedos livres agarraram a raiz do meu cabelo, pendendo minha cabeça para o lado. — Tem certeza? — Beijou a parte de trás da minha orelha.
O pescoço recebeu um chupão delicioso, seguido por vários outros, que eletrizaram minha pele e dizimaram minha débil resistência.
Girei o corpo, encontrando e reivindicando a boca quente e macia. Meus braços se apoiaram em sua nuca, e suas palmas elevaram minhas coxas. Escalei seus músculos, bagunçando os fios loiros e me desfazendo em sua língua.
Em instantes, minhas costas encontraram o assento do sofá, e um abdome enrijecido encobriu o meu. Lábios famintos encontraram meu queixo, e outra parte rija comprimiu o lugar certo, me fazendo gemer.
A palma levemente áspera subiu a barra do vestido e puxou a lateral da minha calcinha.
Max manteve os dedos inertes em minha virilha. Deixando-me em suspenso, louca pelo movimento seguinte, lambeu e chupou minha pele, percorrendo a clavícula e alcançando meus peitos.
Expôs os dois sem dificuldade, explorando a região inteira antes de abocanhar os mamilos, torturando-me com carícias propositadamente lentas.
— Max, me fode logo, porra... — murmurei.
— Agora não dá, temos que montar a árvore. — Ergueu a cabeça, fazendo menção de se levantar.
— Não ouse, cretino! — Agarrei a camiseta.
— Mas, linda, a árvore precisa ser montada urgentemente... — Meu marido falhou em esconder o riso.
— O que precisa ser montada urgentemente é a tora que você tem entre as pernas, filho da puta. — Puxei a gola, trazendo sua boca para a minha. — Senta! — ordenei, depois do beijo esfomeado.
— Tá bom, já que você insiste... — Mais que depressa, ele se sentou e começou a abrir o zíper.
Ajeitei a posição, pressionando os joelhos no assento ao montar meu cavalo particular.
Escorreguei de uma vez, puxando seu cabelo e gemendo ao subir e descer de novo. Mãos fortes pressionaram minha cintura, deslizando para a bunda.
Rebolei, e ele apertou minha carne, mordendo meu lábio.
— Mamããããããããe! — O chamado brusco antecedeu o som de passos no hall.
O susto me fez levantar de supetão, amaldiçoando o fato de morar em um condomínio e nunca me lembrar de trancar a porta.
— Meu pau, porra! — Max reclamou, quando pulei do sofá.
Ignorei o drama, ajeitando a roupa.
— Levanta logo, caralho! — sussurrei em desespero.
— Olívia, você quebrou meu pau! — As mãos voaram para o cacete.
Ao analisar melhor a situação, percebi que ele realmente parecia estar sentindo dor.
— Ai, meu Deus! Meu pacotão! — Entrei em pânico. — Isaaaaaaaaaaaa, chama o SAMU!
— Que mané Isa, madrinha! — Luís surgiu na entrada da sala.
Ana estava atrás dele, com minha neta no colo.
— Não entrem! Max tá pelado! Eu quebrei o pau dele! Chama uma ambulância, Luís! — berrei, alucinada.
— Que horror! — Minha filha saiu correndo.
Meu genro tirou o celular do bolso e começou a digitar.
— Lindo? — Fui até sofá. — Max, fala comigo! — Caí no choro.
Ele estava com a cabeça escorada no encosto, de olhos fechados.
— Prefiro morrer a perder meu pau, Olívia. Pega uma faca na cozinha e acaba logo com a minha vida. — Continuava pressionando a área afetada.
— Max, deixa eu ver como tá, tira a mão — pedi, me sentando ao lado dele.
— Não posso! Se eu tirar, meu pinto cai! — ele lamentou.
— Padrinho, corta o drama, maluco! — Luís se aproximou, rindo. — Nem tá saindo sangue! Deve ser mentira dele, madrinha!
— Você tá manjando a minha rola, desgraçado? Olívia, me cobre! — Peguei uma almofada e coloquei por cima. — E chama logo o caralho do médico! Eu preciso de um médico!
— O que houve? Ana saiu gritando pelo condomínio, pedindo socorro! — Plínio apareceu de repente.
— Lovezona! Eu vou atrás dela! — Luís abandonou a sala.
— Max, o que você tem? — Susanne choramingou.
— Eu quebrei o pau dele, Suze! — confessei, igualmente chorosa.
— Ai, meu Deus! E agora? — Ela levou a mão à testa, aturdida. — Meu irmãozinho! — Caiu no berreiro.
— Sai daqui, Susanne! — Meu marido resmungou, mas sua irmã continuou onde estava, chorando copiosamente.
— Plínio, salva meu irmão! — Soluçou.
— Esse puto não vai pegar no meu pau! — Max garantiu.
— Não quero ver, imagina pegar nessa minhoca! Olívia, para saber se houve uma ruptura, preciso que você veja se o pênis está inchado ou deformado de alguma maneira — meu cunhado orientou.
— É claro que está! Inchado e deformado ele sempre foi! — Max se gabou.
— Para de fazer graça, porra! — Ergui a almofada apenas o suficiente para verificar. — Solta o pau, preciso ver!
— Mas... e se cair um pedaço? — perguntou, feito um garotinho apavorado.
Plínio riu.
— Fica tranquilo, puto. Nesse caso, isso é impossível. Se estiver lesionado, é porque houve um rompimento interno. O máximo que pode acontecer é ele estar mais torto que o normal.
Meu marido continuou ressabiado.
— Não vai cair, Max! Solta logo! — ordenei, e ele largou o membro, que aterrissou entre as coxas. — Parece... normal — concluí, observando por alto.
— Tem algum hematoma visível? — Plínio questionou.
— Acho que não. — Peguei com cuidado, olhando ao redor.
— Há alguma parte com coloração arroxeada?
— Sim, a cabeça é roxa — Max respondeu.
— Não é — retruquei.
— Sem detalhes, pelo amor de Deus! — Susanne tapou os ouvidos.
— Liv, está estranhamente roxo? — Plínio reformulou a pergunta.
— Não, está da mesma cor, do jeito que sempre foi.
— Ótimo, significa que não há hemorragia. Está dobrado atipicamente em alguma direção?
— Não.
— Mexe de um lado para outro.
Fiz o que ele solicitou.
— Doeu, Max? — Plínio indagou.
O devasso negou com a cabeça.
— Liv, agora, mexa para cima e para baixo.
Segui a instrução.
— Isso. Mais uma vez. De novo.
Fui repetindo o movimento, obedecendo à ordem médica.
De repente, Max soltou um gemido baixo. E não foi de dor.
Plínio caiu na risada.
— Que porra é essa? Você está fazendo minha mulher bater punheta pra mim na frente da minha irmã, desgraçado? — Meu marido chiou.
— Que horrível, Plínio! — Suze acertou o braço do dela.
— Meu diagnóstico é ausência de lesão, excesso de drama e falta de vergonha na cara! — Ele riu mais ainda. — Vamos embora, Susanne! Esse puto não tem nada!
— Vocês dois são inacreditáveis! Não sei por que eu ainda me preocupo com você, Max! Seu idiota! — Ela pegou uma almofada, jogou na cara dele e saiu andando.
Achando graça, Plínio acompanhou a esposa.
— Você me deu um puta susto, cretino! — resmunguei, assim que ficamos sozinhos.
— Eu te dei um puta susto? E o que você fez comigo, Olívia? E meu pau? Como você acha que ele está? — Ficou de pé e deu uma conferida. — Minha rola achou que ia morrer! Tá assustada pra caralho! Depois desse susto, eu acho que ela merece pelo menos um cu!
Tive uma crise de riso.
— Pode ir parando por aí, Max Vetter! Hoje é sábado!
— Olívia Vetter, minha rola acabou de ajuizar uma ação em desfavor da senhorita, com pedido de tutela antecipada. Como juiz deste pleito, analisei os autos e, por estarem presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora, concedo à postulante provimento imediato, de modo a antecipar seus direitos anais. Isso posto, fique de quatro e prepare-se para os efeitos desta decisão interlocutória.
Eu nunca entendia porra nenhuma quando ele começava a falar esse tipo de coisa. Mas me dava um tesão absurdo, porque o cretino falava de um jeito sério, como se estivesse mesmo no Tribunal.
— Tá bom, porra. — Mordendo o lábio, subi no sofá.
— Papaaaaaaaaaaai! — A súbita voz chorosa de Ana ecoou pela casa.
— Caralho! — Max xingou, e eu me levantei, a tempo de vê-lo abotoando a bermuda.
Com a mão no peito, minha filha entrou, esbaforida. Era Isa.
— Eu estava na casa de tio Tito, e tio Plínio acabou de chegar, falando que o senhor... — Ela tossiu. — É... O senhor está bem?
— Papai! — Ana irrompeu de repente.
— Que porra foi essa, pai? — Teo estava logo atrás.
— Putão! — Piolho passou por eles e, visivelmente atordoado, caminhou até o amigo. — Falaram que cê quebrou o pau, mano! — Direcionou o olhar para baixo, averiguando a situação.
— Quebrado vai ficar seu nariz, se você não tirar os olhos daí, Piolho! — Max rosnou. — Foi só um susto, porra. Eu tô bem.
— Mano do céu! Ainda bem, véi! Porque, se precisasse de um doador, cê ia tá na merda! Eu não doaria nem um centímetro da Anaconda!
— Eu entendo, Quenga. Se doasse um, você ficaria só com dois.
Várias risadas, inclusive as minhas, preencheram o ambiente. Foi quando eu percebi que mais pessoas tinham se juntado a nós. Era sábado de manhã, e praticamente todo mundo estava ali. Faltavam apenas Sofia e Matheus, que já deviam estar quase chegando de Príncipe Serrano; e Zach, que estava em Londres a trabalho e chegaria no dia seguinte, quando iríamos para a fazenda.
Aproveitei todas aquelas presenças para organizar uma força-tarefa.
— Faltam só três dias para o Natal e, como vocês podem ver, Max e eu ainda não temos uma árvore e muito menos uma sala decorada. Precisamos de ajuda! Isa, quero que você enfeite as guirlandas! Teo, pega o pisca-pisca!
— Mas Luma e eu estamos indo para a piscina com Lipe e... — ele começou.
— Não te perguntei nada! — cortei. — Pega a porra do pisca-pisca e enrola na árvore! Luminha, você fica encarregada das bolas!
— Disso ela entende. — Meu filho riu.
— Deve ter aprendido com a mãe dela! — Piolho também deu uma risada.
— Lucas! — A repreensão de Maria Luísa provocou gargalhadas.
— Malu, você pode pendurar os sinos? — Peguei a caixa contendo vários sininhos e guizos dourados.
— Claro que pode, mano. Ela também entende de badalo! — Piolho suscitou outra crise de risos.
— Cala a boca e vem me ajudar. — Rindo, ela pegou os objetos comigo e saiu andando.
— Teo, vá fazer o que eu mandei! Agora! — ordenei, ao perceber que o minicretino tentava sair de fininho.
— Viu? Eu disse que não ia dar certo! — Balançando a cabeça, Luma pegou algumas bolas espalhadas pelo tapete, indo até a árvore.
Resmungando, meu filho fez o mesmo, depois de pegar o pisca-pisca.
— E ai de você se não enrolar direito! — ameacei.
— Ouviu, né, Teozona? — Lipe zoou e, enquanto ele recebia um dedo médio como resposta, fui até a mesa de centro, apanhei um bolo de festões verdes e um monte de laços de veludo.
— Lipe, você e Mari podem enfeitar o corrimão? — Empurrei tudo em seu peito.
— O corrimão? — Os olhos dele cintilaram. — Só se for agora! Vem, Mari! — Os dois saíram correndo.
— Felipe, nada de transar na minha escada, seu puto! — Max avisou, e nós achamos graça.
Continuei distribuindo funções, até que todos nós estivéssemos trabalhando. Enquanto acendia as velas espalhadas pela sala, eu ia observando cada equipe.
Tales e Letícia estavam cuidando dos arranjos de poinsétias naturais. Ele fazia tudo errado, e ela corrigia pacientemente. Eu já teria feito Max engolir as flores! Não que fosse precisar, já que meu maridinho sabia mexer com elas.
Tito e Larissa colocavam o bebezinho na manjedoura quando passei pelo presépio.
Plínio e Susanne ficaram encarregados de embalar os presentes de mentirinha que ficariam debaixo da árvore, apenas para enfeitar.
— Desse tamanho tá bom, amor? — Ele mostrou uma folha de papel vermelho.
— Tá ótimo. Agora, corta os pedaços de durex — ela instruiu, finalizando um belo laço brilhoso.
Mais distantes, na ponta do tapete, Ana e Luís brincavam de teatrinho. Ela movia as mãos e as pernas do Papai Noel de brinquedo, e ele fazia a voz do boneco:
Deixei meu sapatinho
Na janela do quintal
Papai Noel deixou
Meu presente de Natal
Sentadinha diante dos pais, minha neta ria, divertindo-se com o musical natalino.
Max se aproximou de mim, enlaçando minha cintura.
— Adivinha o que eu vou comprar de Natal para ela?
— O quê? — perguntei, e ele cochichou no meu ouvido. — Não acredito! — Eu me virei para encará-lo.
— Quero ver Piolho me superar. — Sorriu, satisfeito.
Minutos depois, os dois avôs estavam discutindo para ver quem levantaria a netinha até o alto da árvore, para que ela colocasse a estrela.
Não que um bebê de sete meses fosse capaz disso, mas, na cabeça deles, era perfeitamente possível que mãozinhas minúsculas segurassem o adorno gigante e conseguissem fincá-lo com sucesso no topo.
— Ela gosta mais de mim que de você, Piolho! Olha como ela me ama! — Max estendeu os braços, e nossa netinha agitou os dela no colo da mãe, impelindo o tronco para ser resgatada pelo avô. — Viu? — Ele a pegou, beijando-a na bochecha. — Ela ama o vovô! Eu sou o seu favorito, né, minha lindinha?
— Que mané o quê, mano! Ela também faz isso comigo! — Piolho imitou o gesto, e a sapequinha impulsionou o corpinho para ele. — Olha como ela tá doida pra pular no colo do vovô! Anda, Putão, me dá ela!
— Não! — Max deu um ligeiro passo para trás, meneando a cabeça enfaticamente. — Ela só quer ir porque está te confundindo com Luisão! — alegou, nos fazendo gargalhar.
— Ela sabe muito bem quem é o papai, né, Lovezinha? — A voz de Luís fez com que ela desse pulinhos e gritinhos no colo do meu marido, atirando-se na direção do pai. — Eu que vou arribar ela na árvore, maluco! — Pegou a filha. — Vem, Lovezona, cê vai botar a estrela nas mãozinhas dela e fazer a parada, só que a gente vai fingir que foi ela que fez tudo! Veizão e padrinho, cês vão tirar as fotos, beleza?
— Mas ano que vem eu que vou segurar! Falei primeiro, Quenga! Cê segura no outro ano! — Piolho se adiantou.
— Mas nem por um senhor caralho! Eu que vou segurar todos os anos! A neta é minha, Piolho! — Max bateu no próprio peito.
— Sua o carai! Ela é nossa!
— Ela é mais minha que sua!
— Mano, cê tá me fazendo perder a paciência, véi. Pra eu dar um sopapo nessa sua cara de puta egoísta não custa nada!
— Dá, então! Cai pra mão, bocetudo!
Os dois deram início ao embate. Logo caíram no tapete, brincando de luta-livre.
— Liv, faz alguma coisa — Malu pediu, embora estivesse rindo.
— Max, você tá velho demais pra isso, cretino! Vai dar mau jeito na coluna! — Fiz minha parte, mas fui completamente ignorada.
Eles continuaram rolando no chão, distribuindo socos pesados.
— Chega! — Luma bradou. — Teo, vamos contar pra eles.
— Contar o quê? — Os brigões perguntaram ao mesmo tempo, levantando-se desembestados.
— Mas a gente não ia contar no Natal? — meu filho questionou.
— Acho melhor contarmos logo de uma vez, pra ver se eles sossegam o facho. — Minha afilhada sorriu.
— Tá, então vamos contar! — Ele se aproximou, todo contente, abraçando-a por trás e pousando as mãos na barriga dela.
— Ai, meu Deus, é o que eu tô pensando? — berrei, a ponto de ter um piripaque.
— Sim, madrinha! — Luma pousou as mãos sobre as dele.
— Ano que vem, vocês vão ter outro neto! Eu vou ser pai, porra! — Teo completou, sorrindo de orelha a orelha.
Soltei um gritinho de felicidade, que se misturou ao de Malu.
— Não acreditooooooooooo! — Ela correu até a filha, envolvendo-a em um abraço emocionado.
— Meu bebê vai ter um bebê! Parabéns, meu amor! — Alcancei e abracei meu filho, incapaz de conter as lágrimas.
— Obrigado, mãe. — A voz dele saiu embargada.
— Eu vou ser tiaaaaaaaaaaaa! — Ana comemorou.
— E eu vou ser tio, maluca! — Luís vibrou. — E você vai ter um priminho, Lovezinha!
— Sai, mamãe, eu quero abraçar o Bruxo! — Uma Isa chorosa puxou meu vestido.
Beijei o rosto do meu bebê e dei um passo para trás.
— Parabéns, Bruxo! — Minha filha pulou nele, caindo no choro.
Alguém tocou meu ombro. Olhei para trás e me deparei com meu marido de olhos arregalados.
— Olívia, eu tô passando mal.
Dei uma risada.
— A essa altura, você já deveria estar acostumado, meu lindo! Quem tem o direito de ficar chocado é Piolho!
Max olhou adiante e, percebendo que o amigo estava mudo e inerte, foi até ele.
— Quenga? — Cutucou o braço da estátua.
— Mano do céu... — O tom dele evidenciou pura perplexidade. — Lulu virou muié...
Várias risadas ecoaram ao nosso redor.
— Mas eu sempre fui, papai! — Luma riu dentro do abraço duplo das duas cunhadas.
— Lulu, tem um moleque no seu bucho, mano? Não é possível... — Ele balançou a cabeça, como se realmente não fosse capaz de acreditar naquilo. — Malu de Deus, nossa filha vai ser mãe! — Esbugalhou os olhos. — Não tem cabimento isso, Maria Luísa! Não tem, mano, não tem... — Andou de um lado para o outro, completamente abismado.
— Lucas, deixa de tolice! É claro que tem! Até parece que você não sabe como essas coisas funcionam! — Ela riu.
— Eu não tô bem... — Subiu uma mão para o tórax. — Malu, eu tô passando mal.
— Você tá plagiando meu bordão, Piolho? — Max encrespou.
— Quenga... — E, então, o baque.
Espero que vocês tenham gostado do início do conto!
Nos capítulos seguintes tem muita treta, armações, brigas, dramas, safadeza, comilança e a participação de vários personagens que não estão presentes no primeiro.
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