CAPÍTULO 29

Coloquei essa música pra quem quiser ouvir durante o capítulo. Espero que goste.

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Mergulhando profundamente no nosso oceano - Mike Perry ft. Shy Martin

︵‿︵‿ ᴀ ᴍᵃʳᵉ́ ᵈᵃˢ ʟᴇᴍʙʀᴀɴᴄ̧ᴀs ︵‿︵‿


Vim de ônibus escolar de novo.

Esperando Nathan chegar de moto, eu estou conversando com a Quinn por mensagem de celular:

“Então vocês transaram?!”

“Por que está surpresa? Fizemos guerra nas estrelas, explosão cósmica, surgimento do bigbang. Não ia desperdiçar um tanquinho moreno e sarado desse nem se nascesse de novo, girl.”

“Sabia que esse jogo online ia dá nisso.”

Não acredito que perdemos a virgindade no mesmo dia. Será que vamos casar e ter filhos no mesmo também?

Queria contar a ela o que rolou com Nathan, mas, ainda sinto que ela precisa de tempo.

“Ok. Se quiser saber mais detalhes, te conto depois. Agora deixa eu sair do carro com ele e fazer os alunos olharem para nós, ficando chocados por uma garota crazy geek estar namorando o garoto mais sexy popular da escola como a cena de um filme de romance adolescente. Beijos e até o intervalo.”

Encerro a mensagem e vejo Quinn sair do carro vermelho do Tony Robinson toda estilosa mais do que nunca com mecha de cabelo roxa.

Ela sai com ele, fazendo todos olharem pra eles como se fossem literalmente os mais populares da escola e seguem abraçados, cumprimentando os alunos boquiabertos ou maravilhados com isso.

Nossa.

As coisas mudaram por aqui.

Estou feliz por eles.

— Oi, Violet. — Nathan chega até mim, já me envolvendo nos seus braços.

— Oi, Carter. — digo risonha, seguindo pra escola abraçada com ele.

Parece que está tudo bem com meu astro do basquetebol.

Acho que vamos ter uma reprise hoje.

A aula acabou e fomos pra minha casa de novo.

Chego no meu quarto com ele já tirando a roupa e eu tirando a minha depressa.

Ele já tá todo preparado pra mim.

Estamos tão sedentos que nem tá dando tempo de tirar tudo.

Nathan me coloca sentada na minha escrivaninha de pernas abertas, derrubando o que estava em cima e começa a me penetrar com força, enquanto mordisca e beija o meu pescoço, fazendo-me fechar ao olhos e relaxar minha cabeça pro lado.

Agarro firme na sua nuca e deixo vir.

Chegamos ao ápice juntos e acabamos rindo ofegantes.

— Hmm... Que tal pedirmos pizza? — pergunto um tanto sonolenta, com pequenas madeixas do meu cabelo na frente dos meus olhos.

— Beleza. O que você acha de darmos uma volta de bicicleta pela cidade amanhã, só nós dois. Passear de bondinho, visitar mais pontos turísticos como namoradinhos em São Francisco? Ou irmos num restaurante, numa lanchonete bem bacana. — ele quer me deixar mais apaixonada?

— Eu topo.

— Então, amanhã fazemos isso. Porque, agora... — sua voz está rouca, enquanto tira as madeixas do meu rosto e as coloca para trás cautelosamente, hipnotizando-me com seu olhar penetrante — Precisamos de um banho.

Acabo soltando risos travessos junto a ele.

Entramos no chuveiro e começamos a nos divertir. Nathan colocou música no celular em cima da pia e começamos a dançar conforme a batida que nos contagia.

Cheio de espumas, na frente do chuveiro ligado no fraco, eu começo a tampar minhas cicatrizes. Nathan percebe e vai tirando a espuma delas e beijando cada uma, sem ao menos perguntar a causa delas, fazendo-me sentir arrepios onde jamais achei que alguém tocaria além de mim.

Ele beija minhas mãos unidas e olha para os meus olhos.

— Você é tão linda.

Sorrio me sentindo apreciada e ele retribui o sorriso, voltando a me beijar com carinho por todo o meu corpo. Ajoelhando-se no box, ele vai de encontro ao meio das minhas coxas e começa a beijá-las, indo até lá, voltando a me segurar para que eu não saia do lugar, fazendo-me fechar os olhos, agarrar firme no seu cabelo úmido e arrastar minha cabeça na pastilha de vidro, completamente entregue a ele.

Nathan se levanta enquanto ainda me beija pela frente do meu corpo e chega aos meus lábios de novo.

Eu seguro em seu membro rijo e o estimulo, querendo retribuir o que causa em mim e ele suspira em aprovação com seus lábios no meu. Ele chega ao ápice da forma mais sexy que poderia ver e voltamos a nos beijar.

Nathan não demora para me virar de costas, de cara pra pastilha de vidro, beijando a minha nuca e me fazendo ir ao delírio.

Mais um dia se passa.

Saímos pela cidade de novo. Mas dessa vez eu  queria mostrar um dos meus pontos preferidos da cidade: o Pier 39, para ver os leões marinhos mais good vibes da Califórnia.

— E eu lhe apresento meus amigos do oceano. — apresento a ele, falando alto por conta da quantidade de pessoas ao redor, completamente empolgada com esse momento.

Acabei contando a história de como a colônia de leões marinhos passaram a frequentar o Pier 39 de São Francisco.
Fiquei feliz de saber que é sua primeira vez ali.

— Wow. Eles são maiores do que imaginei. — elogia Nathan, inclinando-se para trás, com as mãos nós bolsos por conta do vento frio e forte. — Fala aí, cunhados. Tudo beleza?

Dou um murro nele, começando a rir, enquanto seguro o capuz do meu casaco violeta.

— Idiota.

Ver o sorriso espontâneo do Nathan me deu uma sensação tão única que me fez se emocionar e abraça-lo bem apertado e não o soltar mais.

Ele tirou uma foto da gente com os leões marinhos.

Foi nossa primeira foto juntos.

Depois de visitar os leões marinhos que estavam ali, fomos passear na praia até o pôr do sol e agora estamos sentamos ao lado da grande janela da lanchonete e a garçonete logo chega até nós, perguntando o que vamos pedir.

Nathan me olha e pergunta o que eu quero, então escolhemos apenas dois milk-shakes, já que não estávamos com fome. A garçonete anota os pedidos, pede para que nós aguardemos e se retira.

— Quando veio aqui pela primeira vez? — eu pergunto curiosa.

— Faz alguns dias. — ele explica — É a segunda vez que eu venho aqui. Eu fui com a cara desse lugar.

— Hum... — com quem?

— Não foi com uma menina, se é o que tá pensando. — ele leu meu semblante
— Vim sozinho, dias antes de entrar na sua escola.

— Ah... — acho bom — Entendi.

— Pretendo vir aqui mais vezes. — ele avisa, fitando-me, arqueando a sobrancelha.

— Agora você tem companhia. — eu sorrio, pois quero que me convide de novo. Por favor.

— Uma companhia que não trocarei por nada nesse mundo. — ele avisa sorridente.

Estou olhando nos seus olhos, eles me fitam intensamente, encarando-me, fazendo-me flertar.

— Aqui estão os pedidos. — a voz suave e simpática da garçonete. Eu volto a realidade e ela coloca nosso pedido sobre a mesa. Eu tento não olhar para o Nathan agora, mas eu não consigo. Eu estou tentando. — Mais alguma coisa é só nos chamar.

— Ok. — digo, porém Nathan não a responde e eu sei que ele está me olhando agora com aquele olhar e aquele sorriso sedutor.

A garçonete se retira e eu miro no meu milk-shake para tentar disfarçar, mas o olhar dele me chama e eu perco o foco e volto a olhá-lo.

Ele franziu o cenho olhando para meu milk-shake.

— Bonito o anel prateado. — diz ele, olhando pro meu dedo indicador.

Eu até me esqueci do anel que coloquei e da outra vez que eu coloquei ele não havia reparado.

— Ah, sim. Eu achei ele perdido no meu porta-joias. Tenho tanta coisa guardada que nem me lembro. Parece com os seus, não é?

Nathan ficou calado, pensativo.

— Tá tudo bem? — indago e ele acorda, piscando várias vezes, voltando a olhar pros meus olhos.

— Ah, sim, está sim. Claro. Err...

Ele ri parecendo sem graça e toma seu milk-shake.

Preciso começar algum assunto para quebrar essa tensão.

— Você sabia que os golfinhos irão desenvolver tanta inteligência que serão capazes de falar conosco em nossa língua? — finja que não ouviu o que eu acabei de falar, por favor.

— O quê? Onde você viu isso?

— Eu não vi, eu acredito na capacidade deles. São um dos animais mais inteligentes não só do oceano como do mundo todo.

— Nossa. Os golfinhos agora tem o meu respeito. — ele diz.

— Eles vão dominar o mundo. — eu acredito.

— Você está falando como a Quinn agora. — ele está rindo.

— Convivência. — concordo, vendo-o rir fraco. — Os golfinhos são muito simbólicos. Eles são os reis do mar. Sempre sonho que estou nadando com eles no oceano. Com o que você sempre sonha?

Ele fica sério.

— Eu acho que eu nunca sonho, porque eu não me lembro. — diz ele, encarando a mesa.

— Eu queria me lembrar dos meus sonhos mais antigos. — e recuperar minha memória.

Trago a taça de milk-shake mais para perto de mim.

— Você pediu sem canudo?! — exclama ele.

— Lógico. O plástico polui o oceano. Estima-se que 90% das espécies marinhas tenham ingerido produtos de plástico em algum momento. Vou tomar com esse canudo comestível que deixa ainda mais saboroso. Gosto de canudos biodegradáveis. São ótimos para reduzir o plástico do meio ambiente. — eu ressalto, mostrando-o.

— Agora você está parecendo o nosso professor de Biologia. — Nathan se curva do outro lado da mesa e sussurra — Tem certeza de que o seu pai não é o Patrick Harrison?

Eu dou-lhe um murro e ele faz careta.

— Calado.

E agora eu estou rindo. Ele está tão fofo. Minhas bochechas estão esquentando de novo.

Estamos parecendo duas crianças pequenas afastada dos pais, mas eu estou me sentindo tão bem agora.

Hora de nos levantar para ir embora.

Esbarro num garotinho aparentando ter uns cinco ou seis anos que me ignora e continua correndo pro assento escolhido.

— Caleb, não é pra correr! — grita a moça ruiva que passa por nós.

— Desculpe. — digo, envergonhada, pois eu quase o derrubei no chão.

— Está tudo bem. Um momento. Eu conheço você? — pergunta a moça ruiva, então olho para seu rosto e vejo que me encara desconfiada.

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