Capítulo 2
- Para onde isso dá?
Josephine Langford, minha rival desde sempre, filha da mulher que matou o meu pai, dona de uma das maiores máfias britânicas, me perguta, quando eu chego até o meu quarto e tiro o quadro com uma pintura de Londres na década de 30, revelando assim o espaço atrás do quadro que dá diretamente para uma das muitas saídas de fuga da minha casa.
- Dá para um lugar onde tem um conversível nos esperando assim como muitas armas e munições. Está bom o suficiente para você?
Eu pergunto com ironia, enquanto ajudo minha filha a entrar pela passagem, e ser seguida por Josephine, enquanto eu fico por último e coloco o guadro de novo no lugar, apesar de saber que não vai demorar muito para os filhos da puta que invadiram a minha casa e tantaram não só matar a mim e a Megan, mas também Josephine.
É, isso foi muito bem planejado, era para ser a perfeita execução dos maiores líderes da máfia britânica, mas agora essa pessoa assinou sua sentença de morte, porque pode acreditar, eu vou saber quem fez isso e porque, e vou ajeitar as coisas no estilo Fiennes Tiffin!
Eu sigo Josephine pelo tuneo, que começa a se abrir a medida que chegamos cada vez mais perto da saida de emergência, e uma vez na mesma eu chuto o painel, fazendo com que várias ferramentas para carro desabem no chão.
Eu pulo para o mesmo, e Josephine me ajuda a descer Megan, antes de saltar por conta própria .
- É, acho que isso vai servir!
Josephine diz, quando para enfrente a estante repleta de armas e munições, e eu rio com desdém enquanto sigo direto para a minha lamborgni urus preta que, dica-se de passagem, também é blindada.
Eu coloco Megan no banco de trás, e assim que coloco o seu cinto de segurança eu beijo o alto da sua cabeça.
Merda, Josephine Langford pode ser a filha da puta que for, mas ela devolveu meu bem mais precioso, ela honrou com uma das nossas leis mais rígidas, e isso me obriga a ter que admitir que ela é uma filha da puta de honra!
- Papai espera, o que está acontecendo? Para onde a gente está indo? O que foi que aconteceu?
Minha filha me pergunta rápido e cheia de medo, e eu juro que quero me demorar com os filhos da puta que fizeram minha menina ficar quieta de tanto medo, porque Megan nunca passou tanto tempo sem falar quanto hoje.
- Algumas pessoas ruins invadiram a nossa casa, e agora nós temos que ir para a casa do campo. Vai dar tudo certo, está bem? Não precisa ter medo!
Eu digo para minha filha, que acente com a cabeça, o que me faz ir até onde Josephine está, parecendo um verdadeiro arsenal ambulante, porra, a mulher está mais armada do que quando eu a vi, invadindo a minha casa, e olha que ela não estava nenhum pouco desprotegida.
- Eu presumo que você tenha um lugar para onde ir em situações como essas.
Josephine Langford diz, enquanto eu pego minhas armas favoritas e carrego todas elas, ficando assim tão armado quanto minha rival.
- Eu tenho!
- Ótimo, eu vou dirigir, sei que somos rivais de longa data, mas eu sou rápida no volante. É só me dizer para onde temos que ir que eu vou fazer a gente chegar lá!
Josephine diz, e eu olho para ela, sem expressar a minha absoluta surpresa por ouvir a mulher que até a pouco tempo atrás estava invadindo a minha casa e agora está dizendo que vai fugir comigo e com a minha filha e ainda é ela que vai dirigir o meu carro.
- Eu não tenho escolha a não ser te deixar dirigir.
- Não, você realmente não tem!
Josephine diz, quando termina de pegar quase todas as minhas armas, e eu rio com escárnio quando ela pega as chaves do painel, aperta o botão para abrir a minha garagem e vai para o lado do motorista.
Eu me sento no banco ao seu lado, e em menos de quatro minutos nós já estamos na rua a toda velocidade. PORRA, a mulher é boa mesmo no volante, tão boa que eu não me espantaria se ela fosse protagonista dos velozes e furiosos.
- A casa fica em Burford - Oxfordshire, a uma hora mais ou menos daqui! Nessa velocidade vamos chegar em trinta minutos.
Eu digo ríspido, porque só a mera presença de Josephine me inrrita, e pela sua mandíbula trancada eu sei que ela pensa o mesmo ao meu respeito.
- Eu vou diminuir a velocidade daqui a vinte segundos, vou me misturar com os outros carros!
Josephine declara, e eu olho para Megan, só para me certificar de que minha menina está bem, mas assim que olho para ela um sorrio enorme e nenhum pouco voluntário cruza o meu rosto, enquanto eu observo Megan dormindo no carro como se nada do que nós passamos a tivesse abalado. Mas também, o carro sempre teve esse efeito sobre Megan, desde que ela era uma bebê, sempre que eu a colocava no carro ela apagava na mesma hora.
Eu volto minha atenção para a estrada na minha frente, e só então que eu percebo que Jospehine também estava olhando Megan, o que causa um calafrio na minha espinha.
Eu seguro uma das minhas armas mais perto de mim, só por garantia, a medida que Josephine anda com o carro, agora em uma velocidade consideravelmente mais reduzida se comparado ao que estava antes.
- Quem seria burro o bastante para fazer uma coisa dessas ? Quer dizer, atacar os dois maiores líderes da máfia britânica. Seja lá quem fez isso é muito burro!
Josephine diz depois de muitos minutos de silêncio, e por mais que apenas a sua presença me inrrite eu não posso negar que fiquei todo esse tempo pensando na mesma coisa .
- Seja lá quem fez, essa pessoa tinha uma rixa com nós dois.
Eu acabo dizendo, e surpreendentemente, Josephine Langford concorda com um aceno de cabeça, enquanto mantém os olhos a todo instante na estrada.
- Pelo menos isso reduz a lista. Nós dois temos muitos inimigos, mas praticamente nenhum deles ousaria atacar nós dois ao mesmo tempo, Seria como alguém que só te odeia comprar uma briga enorme comigo, e ninguém quer isso !
Josephine diz, e eu acabo concordando com ela, porque sim, muitos de nossos inimigos não tem o porque se meter com o outro, já que nossos territórios são afastados e nossos planos quase nunca se misturam.
- Eu nunca pensei que diria isso, mas acho que está na hora de uma aliança. Pelo menos só até pegarmos os filhos da puta que tentaram nos matar.
Josephine Langford sugere, e por mais que uma parte de mim, aquela parte que é cruel e tem sangue frio e que eu já imaginei que conseguiria me livrar, tenha vontade de rir. A parte calculista e com cede de vingança analisa melhor a situação, me fazendo perceber que, se eu quiser pegar quem tentou matar a mim e a minha filha, a minha melhor oportunidade é me juntar com Josephine, afinal, a máfia dela é tão cruel e importante quanto a minha, o que significa que eu não teria que negociar com outras máfias para conseguir um apoio que não seria nada comparado ao de Josephine.
- Uma aliança para pegar e punir quem tentou nos matar.
A União das duas mais importantes, ricas e poderosas máfias britânicas, sem dúvida mandaria um bom recado, além de servir para mostrar para as outras máfias o que irá acontecer caso elas tentem fazer o mesmo.
Eu digo, apreciando e analisando cada vez mais e mais o estrago da hierarquia, já que essa invasão pode levar outras máfias a seguir o exemplo, e como a aliança dos Fiennes Tiffin e dos Langford pode resolver tudo isso em um estalar de dedos.
- Sabe, eu estou começando a achar você suportável, Fiennes Tiffin. Então, temos uma aliança?
Josephine me pergunta, e tom de animação e sarcamo na sua voz me faz querer rir.
- Sim, nós temos uma aliança!
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- Bela casa!
Josephine diz com um assobio, quando nós saímos do carro, que está estacionado ao lado da minha casa, e ela começa a olhar a construção rustica de pedra que tem somente dois andares, e que tem várias plantas do lado da casa, bem como algumas que estão grudadas na parede de pedra.
Eu saio do carro, e sigo para o banco de trás, para poder acordar Megan, que assim que sente eu mexendo nela, abre os olhos tão verdes quanto os meus, ao mesmo tempo em que abre um sorrio enorme ao ver onde nós estamos.
Eu coloco Megan no chão, e minha filha logo corre na direção da casa, que apesar de ter um " ar" antigo, possui uma fechadura eletrônica, que só abre Com a nossa digital.
- Senhor Fiennes Tiffin, Megan, que bom ver vocês aqui!
Eloise, a emprega e cozinheira que vem até a minha casa de duas em duas semanas para limpar tudo e garantir que a comida vai estar na validade, e que tem cabelos pretos, pele bronzeada e olhos castanhos, diz, quando eu e Megan entramos na sala de estar, que consiste em um espaço mediano, com uma televisão enorme de tela plana; duas poltronas acolchoadas na cor cobre; um sofá que cabe cinco pessoas marrom escuro; uma mesinha de vidro na frente do sofá; e uma pequena bancada de madeira atrás do sofá onde tem várias fotos de Megan.
- Eloisiiii!
Megan grita, e apesar de sempre pronunciar o nome de Eloise errado, a empregada nunca se importou, pelo contrário, segundo ela, o apelido de Megan é a coisa mais fofa.
- Eu havia acabado de arrumar as compras. Elas devem durar por duas semanas, mas se o senhor quiser eu posso comprar mais coisas para o mês.
Eloise diz, e eu concordo com um aceno de cabeça, enquanto observo Josephine, que avalia cada sentimetro da casa com tanta atenção que me inrrita.
- Não será necessário, pelo menos não por enquanto. Eu, Megan, e a senhorita Langford ainda não sabemos quanto tempo vamos ficar.
O quarto de hóspedes está pronto, eu presumo.
Eu digo, e Eloise concorda com a cabeça ao mesmo tempo em que me informa sobre a limpeza e o estado de cada cômodo da casa, apensar de agora ela estar um pouco mais tensa desde que ouviu o sobrenome " Langford".
- Bom, se está tudo de acordo com o senhor, eu já vou indo para casa. Creio que devo manter a sua visita entre nós, já que foi tão repentino.
Eloise diz, e eu concordo com a cabeça, ao mesmo tempo em que digo:
- Sim, nós gostaríamos de muita privacidade.
Eu digo, e a mulher na minha frente logo trata de pagar suas coisa e sair pela porta da frente, soltando um suspiro profundo enquanto passa por Josephine.
- Ela parece ser de confiança.
Josephine comenta, depois que Megan sobe as escadas, apressada para ir falar com todos os brinquedos que ela tem aqui.
- Ela é. Principalmente porque recebe uma quantia suficiente para cuidar da mãe doente e ainda manter um estilo de vida confortável, coisa que jamais seria possível sem esse emprego.
Eu digo, e Josephine concordar com a cabeça enquanto observa o lado de fora da casa pela cortina, e mantém a mão disfarçadamente sobre a cintura, onde uma das minhas armas está sendo coberta pela blusa preta de Josephine.
- Esse lugar é seguro, nem mesmo meu pai tinha o conhecimento dessa casa.
Eu digo com meu tom habitual de indiferença, embora eu saiba que Josephine recebeu uma criação parecida com a minha, tendo assim o conhecimento de que esse tom de voz representa o contrário do que sentimos, o que me faz querer dar um soco na minha cara, porque agora eu estou encarando os olhos azuis incandescentes de Josephine Langford, que levanta uma sobrancelha loira e perfeita, enquanto caminha na minha direção.
- Só porque somos " aliados" isso não significa que eu tenha que dar qualquer informação além da que eu julgo ser necessária do seu conheciemnto.
Eu digo com ríspidez, e Josephine abre um sorrio de soslaio ao mesmo tempo em que passa por mim e vai na direção das escadas que estão coladas a parede de pedra.
- Eu adoraria tomar um banho, presumo que o quarto de hóspedes fique lá em cima.
Josephine diz, enquanto passa o dedo pelo corrimão, me fazendo virar de costas para olhar novamente em seus olhos.
- É a segunda porta a esquerda.
Eu digo, e um sorriso de víbora cruza os lábios de Josephine, que logo começa a subir as escadas. Porra, ela sabe como brincar com alguém!
- Hero.
Josephine diz, quando para no quinto degrau da escada, já que depois dele eu não vou ter mais nenhum contato visual com ela.
- Você queria mesmo se livrar dessa vida, não é?
Josephine pergunta, me pegando assim completamente de surpresa.
Eu não repondo, apenas engulo em seco, coisa que felizmente Josephine não vê, pois está muito ocupada olhando para a própria mão suja de pueira, como se a simples menção de uma vida sem sangue nas mãos também a fizesse tremer.
- Eu tentei, mas acho que nenhum de nós tinha escolha. Ainda não temos.
Eu me pego dizendo, e Josephine concordar com a cabeça, embora continue sem olhar para mim.
- É, acho que você tem razão. De qualquer forma, ela teria amado essa casa.
E com isso, com essas últimas palavras, Josephine volta a subir as escadas, me deixando sozinho, e com um nó na garganta .
Sem vontade de gritar com Josephine para que ela não se meta na minha vida eu subo as escadas, mas não olho na direção do quarto de hóspedes, olho somente para a porta de madeira em frente ao meu quarto, onde tem uma bonequinha de vestido rosa e cabelo castanho abaixo da frase " Aqui dorme uma princesa".
- Papai, olha só, eu já arrumei todos os meus bichinhos.
O senhor bigode do lado da Tiana, a Tiana do lado da Ariel, a Ariel do lado da Mérida, a Mérida do lado da Mulan, a Mulan do lado da Bela, a Bela do lado da Rapunzel e a Rapunzel do lado da Cinderela!
Megan diz, me listando assim a ordem dos seus brinquedos, que com exceção do gato preto com manchas e bigode branco, são todas princesas da Disney.
- É, eu tô vendo que você arrumou tudo direitinho. Agora, acho que já está na hora de você tomar um banho, depois a gente vai comer alguma coisa, tá bom ?
- Tá bom, pode ser macarrão com molho vermelho?
Megan me pergunta, e eu rio, ao mesmo tempo em que pego minha filha, que ainda está usando o colete à prova de balas rosa choque, e atravesso o seu quarto, que é composto por uma cama enorme igual a de uma princesa; um tapete rosa choque de pelo; várias estantes de todos os tamanhos onde Megan guarda seus brinquedos; e uma televisão de cinquenta polegadas de frente para a cama.
Eu levo minha filha até o seu banheiro, que é maior que o meu, fazendo questão de ficar perto da minha princesa, principalmente porque ela é a única coisa que me impede de ficar sufocado pelas lembranças de sua mãe...
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Notas :
Carro que a Jo pilota para eles poderem fugir da casa.
Esses são os estilos das casas da cidadezinha onde os personagens estão.
Essa é a casa do Hero
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