Capítulo 25

Linden trouxe uma linda garrafa de vinho do Portus da cozinha, ainda rindo após contar uma história dos quartéis em tempo de seus serviços na Grande Guerra. Ethiena pousou a mão ao lado do rosto, enquanto sentava em um lindo sofá pouco confortável, olhando-o atentamente sorrir mais do que o comum.

Era um homem que apesar dos traumas, escondia sua essência e sua alegria.

Mas ele meio que estava lhe dando nos nervos. Não importava o que tentasse, ele não parecia disposto a tocá-la. Mesmo deixando claro que queria que ele a tocasse.

—... Então, eu fiquei muito estressado com os roubos de nossas provisões — Linden contava quando enchia as taças de vinho. — Não havia restrições de circulação de soldados pelos acampamentos dos Aliados, então era comum que os américos passassem perto de nossas barracas. Como consequência, apareceram denúncias: nossos abastecimentos estavam a sumir e os meus soldados previam que acabaria a munição, vinho, tabaco e outros itens rapidamente, mesmo sem consumirem.

Ele entregou uma taça a Ethiena, bebendo um gole da sua.

— Fiquei muito irritado, não era um problema a qual estava disposto a lidar — ele sorriu de modo tão interessante, mas a moça percebeu que estava tenso. — Cordialmente convoquei uma reunião com os comandantes américos, mas eles pensaram que era uma demanda pequena em face às batalhas a que vinham logo.

Sacudiu a cabeça, bebericando outra vez.

— Sem mútua cooperação, resolvi pregar uma peça naqueles cabeças de fogo, e uni meus amigos mais chegados e demos o troco — Linden olhou para ela. — Entramos nas provisões dos américos, durante a noite, enquanto dormiam, então, levamos alguns itens: comida, munição, uns cigarros e, claro, como não podia faltar, um tanque de guerra. Um M-4 Urmann.

Ele começou a rir, embora Ethiena não soubesse o quanto problemático fora para os "américos".

— Tu precisaste ver o desespero deles — Linden riu, esgueirando-se para frente. — E foi ainda mais engraçado, quando Tenente Gregório disparou um tiro leve nas barracas deles — riu ainda mais alto. — Pelo Leão, eles ficaram pálidos, e correram feitos galinhas cacarejantes, acreditando que havia um ataque inimigo no lugar menos improvável a ser atacado. Quase iniciamos outra guerra, apesar de que os Federados de Américo não são nossos aliados, realmente.

Riu tanto que Ethiena franziu a testa.

— O Tenente Fitzgerald, dos américos, veio até mim, suando frio. "Cara, fique com a comida, com os fumos, mas devolva-nos o tanque!", ele disse completamente pálido — continuou a rir. — Eu devolvi, é claro, depois de atirar umas cem vezes nos aviões inimigos. Devolvi, apenas os cacos. Américos são tão...

Olhou para a moça, limpando as lágrimas de seus risos.

— Não me olhes assim — ergueu as mãos. — Eu tinha tantos problemas a lidar, só foi um pequeno alívio cômico. E, de fato, há muito tempo Wiliam Fitzgerald estava a me desafiar, duvidando de minhas capacidades como comandante-chefe do meu exército.

— Me alegra que tenha algo interessante a contar em meio a uma guerra — Ethiena sorriu. Aliviada que não estivesse contando sobre batalhas sangrentas durante sua lua de mel.

Ele suspirou, bebendo outro gole para ela. Provavelmente, não tinha ideia quando começou a contar aquela história. Nem por que. Ethiena recordava, assim que entraram na Mansão do Imperador e pegou sua mão, o Imperador desatou a falar qualquer coisa, oferecer doces e petiscos, desviando os olhos dela.

Houve um pouco de silêncio, e Ethiena espiou a casa outra vez. A Mansão era um pouco pequena, quase uma cabana de veraneio com um jardim muito florido na porta da frente. Por dentro, fora construída em madeiras enceradas escuras, com poucos móveis e uma lareira cujo fogo crepitava aceso. Era primavera, porém, ainda estava frio.

Linden ofereceu um lugar para ela sentar no grande sofá de frente a lareira, oferecendo em seguida um cobertor quente. Enquanto falava, procurava algo para beberem.

— Não fala muito sobre seu tempo no exército — Ethiena quebrou o silêncio.

— Bem, houve altos e baixos — ele respondeu, abaixando os olhos. — Mais baixos do que altos. A guerra não é um assunto que gostaria de tratar em...

Ele virou para ela, percebendo algo. Seu rosto ficou indiscretamente vermelho. Com a cabeça ainda apoiada em sua mão, Ethiena riu de leve, achando-o fofo.

— Oh, Céus, desculpe-me — Linden quase se ajoelhou para pedir perdão. — É nossa noite, e estou a falar como um tagarela os assuntos que não lhe parece de interesse. Ainda mais sobre guerra... Mortes não corresponde a este momento.

Ethiena lutou, mas não conseguiu segurar o riso. Com um franzido duro entre as sobrancelhas, Linden a observou silenciosamente até que curvou um sorriso no canto de sua boca.

— Eu... — murmurou, bebericando sua bebida. — Eu não me lembro em vê-la tão... relaxada quando estivemos em Walles. Parecia a mim, Thiena, que estivestes o tempo todo ao ponto de ter um derrame.

Ela se remexeu. Era quase aquela a sensação.

— Lisbona parece um paraíso em face a Walles — ela respondeu, dando um gole em seu vinho. — Não sinto como se precisasse vigiar as sombras, com medo de que criassem vida e me matassem.

— Não se iluda — Linden estava sério. — Helena há de pôr um alvo em suas costas, e atirar enquanto estiver distraída.

Ela não temia a Rainha.

— Podemos esquecer isso por um pouco? — Ethiena pediu, suspirando. — Estou te achando fofo, mas também me irrita que diz tudo e nada para fugir do que está acontecendo aqui e agora.

— Pensas em mim como "fofo"?

Linden estava novamente corando.

— Sim, por que não? Estou vendo um lado que nunca me mostra — ela o provocou, mordendo o lábio molhado de vinho.

— Que é? — o Imperador estava confuso.

— Nervoso e alegre, eu diria — riu ela. — A esta altura, os homens estariam prontos para tirar a roupa.

Ele espichou como um gato assustado. Ethiena quase riu dos cabelos erguendo no topo de sua cabeça.

— Isso é algo vulgar a uma dama dizer — ele se afastou, cobrindo as coxas com o cobertor de Ethiena.

— Nós somos casados agora — ela o lembrou. — Por que está tão nervoso?

Seu rosto virou para o outro lado. Ethiena notou como tentava qualquer desculpa para fugir. Então, seus olhos estavam sérios ao voltarem em sua direção.

— Perdoe-me, Thiena — pediu, inspirando e expirando longamente. — Eu... Eu acredito que fui indecoroso para contigo.

— Quando? — Ela estava incerta, mas houveram seus momentos, que já perdoara.

— Naquele dia... — tossiu de leve com o fundo da garganta. — Naquele dia quando descobri que usou meu pai para lidar com o problema em Walles, estava tão cego de dor e sentindo-me traído, que pensei apenas em te raptar e fugir. A outra opção era provar que estava irremediavelmente apaixonado. Possuí seus lábios sem qualquer um de seus consentimentos. Como um tolo, acreditei que poderias cair de amor por mim...

Ele olhou para baixo.

— Li em um livro, pensei que pudesse fazer igual — murmurou, envergonhado. — Certamente, não estava a pensar bem.

Ethiena quase riu, mas acreditou que era uma discussão séria que jamais tiveram. Não o fato de ele agir tão doce, preocupado com suas permissões... Mas o fato de que realmente o traiu.

Ela respirou fundo, recordando como tudo estava tão bagunçado, que também não estava pensando em muita coisa na época.

Usar Rui, porém, não afastou um do outro. Mas ainda existia aquela ferida a ser curada. Linden não gostava de tocar no assunto, contudo deveria o incomodar há um bom tempo.

— Me desculpe — Ethiena pediu, após avaliar suas próprias condutas. — Por me aliar a Pe... Rui. Me entenda, estava tão frustrada e Pedro habitava o Imperador. Senti tanto alívio, e todas as memórias de minha vida passada voltaram. Todas elas. Inclusive o que sentia por meu noivo. Não me passou pela cabeça te contar. Eu comecei a duvidar de você, por causa das Arenas e, bem lá no fundo, também temia que se machucasse.

A testa de Linden enrugou quando ouviu aquela verdade sem esperá-la. Ele passou a mão em uma mecha de seu cabelo ondulado, que caiu em seus olhos.

— Droga! — abaixou o rosto, se escondendo. — Por isso não quero tocá-la, Ethiena. Pelos meus erros em Walles. Eu também estava frustrado, tentando todo o tempo provar-me como um "Príncipe Encantado", que chega a galope em seu alazão branco para salvar o dia. Mas muito tarde, descobri que a ti tal comportamento irritava. Nas Arenas, esperava que me agradecesse, mas foi um tiro que saiu pela culatra. Subestimei tuas capacidades, fazendo Qiteria crer que tu fosses fraca, quando mal sabia sobre magia. Penso que se tivesse feito diferente, juntando-a para uma conversa civilizada, Qiteria perceberia que tu és extraordinária.

— Vejo que você é bastante meticuloso.

Ele finalmente olhou para ela.

— Nada disso, sou um tolo, principalmente ao confessar meus desejos assassinos — sua respiração parou na boca, precisou de um gole de vinho. — Devo tê-la assustado. E por causa disso, confiava tão pouco em mim, que preferiu a cama a levantar-se e voltar a viver... Eu fiz tudo errado, Thiena, disse coisas cruéis, e não me sinto merecedor de ti.

Ela não sabia sobre aquilo, seus verdadeiros sentimentos que guardou para si enquanto cuidava dela durante aqueles meses no palácio. A mimou, guardando verdades que não a quebraria se soubesse.

— Linden... — ela suspirou. — Vamos fazer uma promessa, certo?

Seus olhos brilharam quando Ethiena disse aquilo.

— Promete para mim que será sempre honesto comigo? — disse, largando sua taça de vinho em uma mesa atrás do sofá. — E prometo que também serei honesta, não importa o que aconteça. Vou dizer a verdade para você, mesmo que ela seja doída.

Extraiu esperança de sua expressão e abriu um sorriso erguendo o dedinho da mão.

— Promete? — sacudiu o dedo feito uma minhoca no ar.

Linden riu. Então, seu dedo enorme cobriu o dela. Sacudiu a mão, ficando vermelho.

— Sim, prometo, Thiena — falou baixo. — Prometo além, prometo que vou honrá-la, cuidar de ti, juro-te jamais possuir ou tocar outra mulher além de ti, minha esposa. Tu és minha única, a minha amada esposa e companheira. Entreguei a vosmecê o título de Imperatriz, para que nunca mais se sinta impotente ou frustrada, apesar de que temo pela corrupção que aqui há de também encontrar. Mas confio que tu és forte e capaz. Honrarei sua liberdade, e mais além, declararei a este Império que és minha igual em comando. Minha ordem é lei, mas a tua também há de ser. Somos um em poder e igualdade.

Ethiena ficou completamente deslumbrada. Não esperava aquilo, quando não tinha muito a retribuir de volta além da honestidade. Com lágrimas queimando em seus olhos, ela as segurou, apoiando a mão no estofado do sofá para chegar até ele.

Linden engoliu em seco, observando o rosto dela. Suas pestanas bateram algumas vezes, novamente suas bochechas estavam coradas. Ela o encarou por um segundo, levando sua boca até a dele.

Mas ele a afastou por um momento, voltando a olhar para seu rosto.

— Se vamos ser honestos — ele disse, sorrindo para ela nervosamente. — Confesso, querida, que passei minha vida a fortalecer minha mente com livros, meu corpo com exercícios, meu fluxo com ether, mas nunca, nunca deitei-me com uma mulher.

Ethiena se afastou. Aquilo explicava muita coisa.

— Soldados têm fama de serem... "saidinhos" — ela observou. — Nunca acompanhou seus companheiros em festas ou bordéis? Suponho que muitos aliviavam o estresse da guerra, cada um de sua maneira, mas sobretudo em lugares semelhantes.

Sacudiu a cabeça rapidamente, encolhendo-se.

— Nem no nosso mundo?

Pensou, e novamente sacudiu a cabeça.

Os lábios de Ethiena contorceu. Achou fofo, embora não soubesse que pensar ou dizer.

— Bem — ela ponderou —, aparentemente, vamos nos descobrir juntos. E com calma.

Ele olhou para ela, piscando. Relaxou os ombros ao dar-se conta de que ela também era uma virgem, embora não a pessoa em sua alma. Na verdade, estava um pouco interessada. Esperava que aquilo fosse melhor que sua primeira vez quando era uma jovem curiosa descobrindo os prazeres com seu primeiro namorado. Não foi... algo que gostava de recordar.

Ainda assim, ele ficou ali, olhando para ela. Parado. Sem ideia do que deveria fazer. Ethiena resolveu tomar a iniciativa. Respirou fundo, levantando a mão e passando de leve em seus ombros. Havia o visto se exercitar muitas vezes nos jardins abaixo do terraço de seu quarto, e sempre se perguntou como era tocar os músculos em seu corpo. Engoliu em seco, sentindo a rigidez em seus ombros.

Fitou em seus olhos, levando a boca até a dele outra vez. Linden estava tenso no começo, mas todo seu corpo começou abrandar, durante o beijo que foi leve até sua mão grande acomodar na nuca de Ethiena, empurrando-a para mais perto. Sua língua inquieta em sua boca.

— Você... — Ethiena se afastou um pouco, estalando os lábios nos deles. — Sabe bem como começar.

— Não deitei-me com mulheres, mas não significa que sou um santo... — ele riu, soltando os nós de seu nervosismo.

Ela bufou um risinho, erguendo as pernas, sentando em seu colo. Ele ficou tenso, mas quando suas bocas voltaram a se encontrar, Linden tinha a total permissão para avançar suas mãos no corpo dela. Seus instintos guiando o caminho de seus beijos, deslizando os lábios bonitos até o lóbulo de sua orelha, descendo por seu pescoço. Ela liberou espaço para que Linden se espalhasse por todos os cantos de seu corpo, esfregando-se em suas pernas.

As mãos dele avançaram por sua cintura, subindo por suas costas, até os laços que a prendiam. Com os nós dos dedos, desfez laço por laço até que o tecido apertado afrouxou em seu corpo. Linden sentiu sua pele em seus dedos, voltando, antes de abrir completamente o vestido em sua nuca, aproximando-a mais dele. Era como se quisesse fundi-la ao seu corpo. Voltou as mãos para baixo, tomando sua boca em um pequeno intervalo para respirar, livrando a parte de cima das lisas camadas de tecido.

Enquanto sentia os seios nus de Ethiena tocar a camisa de pano grosseiro, Linden arfou com a sensação. Afastou-se novamente, respirando rápido, olhando-a nos olhos.

— T-tens certeza, Thiena? — perguntou, nervosamente.

Ela assentiu, erguendo os braços, esparramando seus cabelos em suas mãos ao puxá-lo para outro beijo.

Ethiena também avançou a mão para dentro de sua camisa. Ele havia tirado a jaqueta cerimonial de Imperador assim que entrou na Mansão, e facilitou o acesso às curvas de seus músculos. Sem desgrudar a boca da dele, Ethiena quase riu de felicidade por sentir a textura suave de seus músculos do peito em suas mãos, deslizando a camisa para fora de seus braços. Rebolou a cintura na dele, voltando o toque dos seus ombros até o forte peito, adorando como os pelos curtos arrepiavam por causa de suas mãos.

Linden a empurrou para o sofá, acomodando-se no meio de suas pernas. Beijando sua boca, livrando-se finalmente da camisa de tecido cru para fora. Piscando para ela, percebeu como ela estava desconfortável, então, a apanhou para seu colo em um único puxão. Ethiena ficou surpresa, mas sorriu, enquanto tomava sua boca outra vez. O rapaz a conduziu do sofá, até o tapete de pelos fofos de frente a lareira. Ela sentiu um calor subir por seu corpo.

Ethiena começou a se sentir nervosa. Não esperava que os instintos e beijos de Linden superassem seu noi...

Não quis pensar naquilo, não naquele momento.

Percebendo que o vestido, a parte mais volumosa ainda o atrapalhava, se afastou novamente, puxando para longe de suas pernas, livrando-se de tudo que separava o contato de pele com pele. Ethiena não tinha colocado langerie para surpreendê-lo. Qualquer coisa que fizesse era uma surpresa para ele. Ergueu as mãos, enquanto ele acomodava sua cintura em suas pernas. Ela conseguiu senti-lo animado em suas regiões íntimas, rígido feito uma pedra.

Novamente, se surpreendeu.

O afastou um pouco, olhando para seu rosto vermelho e entusiasmado.

— Espera um pouquinho — disse ela, com o coração batendo muito rápido. — Ainda não me sinto pronta, então...

Ele ainda estava de calças, ela observou, abaixando os olhos para região volumosa no meio de sua cintura. Era volumoso demais...

Ethiena quase riu, lembrando-se dos comentários mentais que havia feito enquanto lia um livro erótico que pegara emprestado de Ângela. Homens daqueles romances sempre eram bem-dotados — e reis do sexo. E vendo Linden, ela se perguntou no que diabos estava pensando naquele momento.

— Pr-preciso relaxar um pouco mais — ela observou, sem desgrudar os olhos da cintura dele. — Ou sentirei dor...

— Verdade? — Linden parecia confuso. — O que devo fazer?

Pensou bem, erguendo os olhos para os seus. Ela estava se sentindo nervosa outra vez. Ágata tivera alguns... muitos, parceiros em sua vida passada. Contudo, a memória muscular daquele corpo sempre atrapalhava a frieza adulta que ela tivera naqueles momentos.

Virou o rosto para o lado, tentando reaver sua compostura. Alguém precisava saber o que fazer ali, já que Linden estava parado, corado, sem ideia como prosseguir.

— Me beije — Ethiena disse.

Ela colheu a mão dele, parada perto de seu ombro. Levou-a até sua parte baixa, também ficando bastante animadinha.

— Me beije e acaricie aqui — instruiu, sentindo a voz tremer.

O Imperador arqueou as sobrancelhas, curioso pelo que via lá embaixo. Ele inclinou a cabeça, sorrindo quando mexeu os dedos involuntariamente, apenas pela curiosidade. Observando como ela reagiu, ergueu os olhos, adorando-a vê-la contorcer de um repentino prazer.

— A-assim não há de doer? — ele riu maliciosamente.

Abaixou, levando sua boca até os seios, que arcaram conforme seu dedo explorava às reações a ele.

— Penso que tu gostas bastante quando aqui eu a toco — falou baixo. — Me pergunto como reagiria se eu a beijasse aqui...

Ethiena olhou surpresa para ele, não imaginando que um rapaz virgem pensaria naquilo. Àquela altura, estaria interessado em apenas... enfiar-se dentro dela. Talvez ele tenha tido alguma instrução, visto estar bastante interessado enquanto Comodoro Elias sussurrava algo para ele durante a festa de casamento.

Ainda assim, muito nervoso, engoliu em seco antes de descer os lábios mais para baixo, passeando na cintura magra de Ethiena. Esparrou beijos por sua pele, que arrepiava por todos os lados. Ela apertou seu ombro, enquanto descia mais.

Por puro instinto, Linden a levou para as alturas. Ela não tinha ideia quando começou a esquentar. Apenas que seus beijos eram... uma exploração aventureira do qual curtia a viagem com todo seu empenho. Quando soltou um gemido que não conseguiu conter, Linden se afastou, assustado.

— Quê? — perguntou, piscando como se tivesse quebrado algo. — Eu a machuquei?

Ethiena mordeu o lábio, evitando rir.

— Não — sentou-se por um curto momento, levando os braços até seus ombros, puxando-a para um beijo. — Não se preocupe... apenas continue me beijando.

Linden se apoiou em seus braços, fora das cinturas delas, explorando sua boca novamente. O entusiasmo de um virgem era muito subestimado, mas ainda não estava pronto para aquilo. E Ethiena queria fazê-lo se sentir bem também.

Ela puxou sua cintura, levando a mão para a fivela de seu cinto, puxando-a para fora. Abrindo o botão, enquanto ele observava fascinado. Ela prendeu o ar, ao finalmente livrá-lo de suas calças, apenas até a altura de seus joelhos.

Ergueu os olhos até o dele, sorrindo, puxando-o para beijar sua boca novamente. Ethiena abriu as pernas para ele, para que se encaixasse perfeitamente entre elas. Empurrou com o calcanhar sua cintura, convidando-o para sua primeira vez.

Linden mordeu o lábio, antes de tentar entrar na parte mais íntima de Ethiena, que agora se sentia pronta para recebê-lo. Levou a boca até seu ouvido e sussurrou:

— Eu te amo.

Ethiena olhou para ele, sentindo a mão dele segurar a si mesmo, para que bem devagar começasse a preenchê-la de sua intimidade.

Doeu. Mas Ethiena segurou o ar, apertando os dedos em seus ombros. Percebendo sua reação, Linden foi ainda mais devagar. Tão lentamente, que a dor se tornou menor ao finalmente estar completamente nela.

— Pelo Leão... — Linden murmurou, também perdendo o ar.

Ela sorriu, apesar do calor tomando seu corpo ou do coração acelerado. O Imperador também sorriu, sussurrando alguma coisa mais para si do que para ela, ficando vermelho.

Beijou sua boca, instruindo a continuar, a mover a cintura buscando-a inteiramente. Beijou sua boca, adorando os movimentos que exploravam o prazer de ambos. Amando mais do que havia previsto, quando pensou apenas em usar Linden para corrigir seus erros.

Algum tempo após, Ethiena estava se sentindo desordenada, respirando fundo com um sorriso idiota no canto de sua boca. Sua mão estava atada a de Linden, que respirava rápido olhando para ela como se acabasse de alcançar o Paraíso.

Se moveu até ela, jogando a perna em sua cintura, abraçando-a como um coala. Ethiena bateu de leve em seu braço, como se dissesse "bom trabalho".

Ainda um pouco ofegante, Linden se afastou, repousando a cabeça na palma da mão, apreciando Ethiena com os olhos que cintilavam com as luzes dos fogos da lareira.

— Guardar-me para minha esposa, foi decerto a melhor escolha que já fiz — sussurrou, acariciando o abdômen de Ethiena com um leve toque. — Fez-me feliz, Thiena.

Estremecendo com seu toque, Ethiena recordou deles mais abaixo, e não conseguiu responder coerentemente. Preferiu apenas apertar os lábios e segurar o ar.

— Se tu visses as mulheres que os soldados traziam aos acampamentos, entenderia porque nunca mostrei interesse a outras damas — Linden explicou, explorando o corpo de Ethiena com o olhar. — Não me arrependo.

Acariciou seus cabelos, alisando os cachos para trás de sua orelha. Abaixando-se para beijar sua boca.

— Quer um pouco mais de vinho? — perguntou, procurando pela garrafa em algum lugar.

Ethiena não tinha nem ideia de onde estava, mas assentiu, sem certeza.

— Espero que tenha sido como você imaginou — conseguiu finalmente dizer, escorando em seus cotovelos enquanto o via se levantar nu, procurando a garrafa de vinho. Ele tinha uma linda bunda.

— Melhor — Linden sorriu, olhando-a por cima do ombro.

— Me sinto honrada.

Rindo, voltou-se, trazendo a garrafa, as taças e o cobertor. Cobriu Ethiena, oferecendo mais vinho para ela.

— Eu a machuquei? — Linden questionou, tenso como um fio de aço. — Quero dizer, amei os seus sons, mas sua expressão quando... pela primeira vez fui... fundo...

— Não me machucou.

Ele apanhou sua mão, envolvendo seu pulso com o indicador e o polegar.

— Tu és tão pequena, que temi que tivesse a machucado — disse francamente. Ele era realmente muito maior do que ela. — Pensei que não caberia em ti.

Ethiena se segurou para não ri, observando suas orelhas ficarem levemente rosadas. Não estava sendo pretensioso como os homens adoravam, aumentando a si mesmos mais do que realmente eram. Havia certo temor real em seus olhos.

— Não se preocupe quanto isso, não me machucou — ela o tranquilizou. — E não haverá dor com o tempo.

Linden apertou o lábio, sorrindo em seguida.

— Fico feliz que queira repetir, pois ainda tenho entusiasmo para a noite inteira — ele riu, embora percebesse uma brincadeira. O dia foi bastante cansativo, com a cerimônia de casamento e outros preparativos.

— Eu gostaria de repetir — Ethiena respondeu, honestamente.

Ethiena não estava disposta a fugir de seus "deveres" matrimoniais, como já havia se resolvido. E depois daquela noite, não pretendia fugir mesmo.

Bebendo um gole de vinho, a moça mal conseguia lembrar do terror que experimentou durante sua vida em Walles. Aquele parecia... outro mundo em outro mundo. O medo, a testa franzida, os planos frustrados, tudo parecia apenas um eco fantasma indo ao longe do horizonte.

Ela encostou a cabeça no ombro dele, observando o fogo crepitar na lareira.

Gostava da sensação de paz. Esperava que durasse um pouco mais.

Nota Autora

Ai, ai, esse foi o capítulo mais vergonhoso que já escrevi, kkkk. E eu travei, nem sei se tá lá grandes coisas. Meus antigos hot não eram... quer dizer, nunca escrevi isso nao, pura mentira isso aí....

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