Capítulo 18
O Concelho da Cidade estava cheio, estranhamente cheio para uma segunda-feira comum. Ethiena descobriu apenas após sentar em seu lugar, que Qiteria convocara uma assembleia. Linden sussurrara em seu ouvido, que passou o fim de semana inteiro convencendo os nobres a depor Quintino.
Ajeitando-se confortavelmente em sua cadeira, Ethiena deixou um sorriso involuntário tomar sua boca assim que notou o Regente da cidade suar frio em seu terno caro — alfaiataria que custara mais do que as provisões de rações do estado.
Sentiu raiva, mas uma grande expectativa internou-se dentro de seu coração. Ela estava sorrindo de novo, ansiosa.
— Por que estás a sorrir, Thiena? — Linden, ao seu lado, questionou.
— Não é nada — Ethiena desmanchou o sorriso, esquivando-se um pouco para longe dele.
Ainda não havia conversado sobre as tendências a carcereiro do jovem Príncipe. O final de semana seguiu bastante silencioso entre os dois, e toda vez que ele estava por perto, Ethiena resolveu fugir.
Fugia, porque não sabia exatamente o que pensar. Pedro estava lá, no horrível Imperador. E Linden, por mais que tentasse categorizá-lo, não conseguia tratá-lo como inimigo. Houve um momento no domingo de manhã, que se viu observando seu sorriso bonito e ela deixou o mingau ralo escorrer da colher de volta para o prato. Olhando para ele um tanto apalermada.
Até aquele momento, o perfume em sua roupa bagunçava toda sua mente.
— Vosmecê está bastante estranha para comigo — queixou-se o Príncipe.
Ethiena ia respondendo, mas foi interrompida com a presença maciça de Qiteria entrando pelo salão do Concelho. Sua figura de guerreira calejada chamava a atenção, assim como sua altura que parecia passar dos 1,90. Seu olhar, porém, era o que mais causava "dominação". Não houve nenhuma pessoa que não se encolheu em seu banco.
Qiteria se posicionou atrás de um púlpito no centro do salão, enquanto a massa de políticos e nobres ficavam quietos, cessando os murmúrios ainda remanescentes.
— Estamos aqui reunidos — a voz grosseira de Qiteria começou —, para uma decisão sobre aquilo que fere as leis, o moral e a ordem de Walles por muitos e muitos anos. Eu fui invocada para ser a mediadora em causa de duas partes.
Ethiena inclinou a cabeça, confusa sobre "mediadora". Aquele não foi o acordo, e até mesmo Linden franziu-se ao lado dela.
— Temos cá, uma disputa acirrada sobre duas causas completamente louváveis — continuou a mulher. — Um lado, vivemos abaixo da tutela de nosso longânime Regente Quintino. Homem que tem nos tomados conta há mais de vinte anos. Conhece Walles, nasceu em Walles. Entende tudo o que cá nós precisamos e vivemos. Entende de nosso povo como a palma de tua própria mão.
Houve uma enxurrada de comentários que concordavam, e naquele momento, Ethiena percebeu que nunca teve uma chance de vencer. Aquele canto do mundo era governado por corrupção, por acordos que não eram honrados e certamente por traição.
— Cá, nesta outra ponta, temos a Concubina do Imperador — Qiteria olhou com desprezo para ela, como se o título fosse digno de pena. — Ethiena Sá Portuália. Uma Dama Regina que veio da banda dos perfumados palácios de Lisbona, dizer-nos o que devemos ou não fazer.
Não aconteceu nenhuma introdução, além daquela. Ethiena percebeu que Qiteria estava ressentida por perder a batalha. Também, para uma heroína conclamada, não honrava suas palavras... Ou era corrupta e tinha algum esquema que tirava vantagens com Quintino.
— Acreditei que haveria de nos apoiar... — murmurou Linden, confuso.
Ethiena apertou os lábios, pensando o que fez Qiteria a odiar tanto. Mesmo "conquistando" Qiteria, foi traída e sua presença não era bem-vinda em meio aos nobres. Sentiu vontade de chorar, recordando das suas sucessões de derrotas.
— Usaremos o método antigo. Uma votação, uma decisão e encerraremos as disputas que ferem o funcionamento de Walles — Qiteria continuou. — Levantem a mão, aqueles que apoiam Quintino na regência de Walles.
Todos os nobres, e metade dos políticos ergueram suas mãos, mas não pareceu uma disputa desigual. Quando Qiteria contou, chegando a um número, todos abaixaram as mãos. E logo, ela pediu votos por Ethiena.
Houve um empate.
Até mesmo a Dama Regina ficou confusa, e todos começaram a se entreolhar. Linden virou o rosto, ainda mais confuso.
— Bom — Qiteria estava pálida. — Parece que vamos ter de decidir de outro modo, eu creio. Em caso de empate, uma realeza presente mediaria a causa. Mas sabemos que nosso amável Príncipe Herdeiro, não está em condições de justa causa.
Ethiena arqueou as sobrancelhas para Linden, pensando que não seria justo ele desempatar, afinal, estava ao lado dela.
— Que tal uma votação popular? — alguém gritou na tribuna.
Todos começaram a rir.
— Votação popular? E dar o gosto da escolha à plebe, que mal sabem ler, escolher o nosso destino? — Ethiena identificou a expressão de desprezo de um nobre no outro lado da sala.
A democracia não existia em Walles, sobretudo.
Ethiena passou a mão no rosto, irritada. Queria dizer alguma coisa, mas apenas se confortou na cadeira. Ela sorriu com prazer, enquanto todos discutiam uma solução para o impasse.
Então, seu sorriso se alargou ainda mais quando as portas cerradas do Concelho se abriram. Ela viu a figura esguia trajada em roupas da guarda-real de seu novo conhecido, Álvaro de Lisbona. Em seguida, todos os outros cavaleiros, a guarda completa, entrava tomando espaço pela sala. Os políticos e todos ficaram surpresos, assim como Qiteria ficou pálida feito um cadáver.
Ethiena viu, então, Rui I, o Sol do Império entrar pelas portas principais. Ele estava vestido com uma jaqueta militar enfeitada com dragonas, medalhas e também sua coroa. Sua expressão estava tão furiosa, que como Ágata, Ethiena riu lembrando-se da expressão bondosa de Pedro.
Ele marchou com as mãos nas costas até o púlpito onde Qiteria estava parada, perdendo o total poder de fala. Eles se encararam, e pareceu apenas por um segundo, que a destemida heroína de Portuália iria sacar sua arma e atirar no Imperador. Ela se conteve, e Ethiena quase derreteu de prazer ao vê-la engolir em seco.
— Então, temos um impasse — Rui finalmente disse, quebrando o completo silêncio.
Pelo que sabia, Rui I não pisava os pés em Walles há mais de 28 anos, após constatar que a mãe de Linden havia o traído. Não que aquele dentro daquele corpo fosse o maldito Imperador, mas Pedro também parecia se divertir.
— O que ele está fazendo aqui? — Linden estava pálido ao lado de Ethiena.
Ouvindo sua voz, Rui virou o rosto em direção ao Príncipe Herdeiro. Sorriu, assentindo.
— Bem, se temos um impasse e não poderá ser resolvido pela imparcialidade de meu adorável Linden arque Walles... — respirou fundo. — Então, hei de assumir, Madama Qiteria.
Qiteria enrugou a testa. Ninguém entendeu o que ele quis dizer a princípio. Rui, imponente naquela carapaça, virou-se para olhar ao redor. Seus olhos perceberam com o Concelho parecia o piso de uma fábrica ou um armazém de grãos. Notou os vitrais quadrados, única fonte de ar provindo dos ventos de inverno ao lado de fora. Ele inspirou profundamente, expirando em seguida.
— Sinto o cheiro de corrupção — ele começou sua explicação. — Acordos espúrios, que enriquecem os nobres. Riquezas que quebram os limites daquelas impostas pelo Império. Sinto o cheiro da indiferença social. Walles, pelo que me lembrava, era um lugar tão rico e próspero...
Ethiena havia dito aquilo a ele, após ouvir que o lugar havia quebrado após a falta de ajuda do governo central. Rui I havia deixado o lugar à própria sorte, enquanto fazia muitas sanções. Outros estados estavam proibidos em ajudar.
— Muito bem — Rui bateu as mãos. — A partir de hoje...
Ele olhou para um escriba, que digitava em uma máquina de escrever os assuntos tratados.
— Grave no diário oficial, meu jovem — o Imperador sorriu, um sorriso bastante gentil o que causou pânico ou pasmo geral. — Eu, o Imperador da Septuagésima Dinastia de Portuália, declaro que temporariamente, hei de governar o país a partir de Walles. Declaro-me Governador, Regente e Imperador de Walles.
Ethiena precisou morder o lábio, para não rir de prazer. Sentia certo pesar, apesar de tudo. Se rendeu a maneira mais sórdida de vencer, mas foi o único caminho que encontrou.
— Meu primeiro decreto como Governador Regente — Rui continuou, olhando para todos ao redor. — Abasteçam a população com comida. Deem àqueles que não podem comprar, façam-nos se cadastrarem um programa social, onde serão lhes dado alimento, abrigo, remédios e roupas limpas. Separem os miseráveis dos pobres, e os medianos dos ricos. Assim será mais fácil controlar quem poderá bancar-se, e aqueles que não possuem condições nenhuma de se manterem sem ajuda. Tragam-me os negociadores do governo, e permeiem acordos com outros Estados para que os mercados sejam abastecidos de comida e outras necessidades básicas. Tenho várias ideias para restabelecer a ordem policial, e também financeira.
Qiteria enrugou as sobrancelhas. Rui I, em momento algum de seu reinado, havia esboçado qualquer interesse em governar de verdade. Era apenas um bufão, que dava o dever aos seus subordinados. Soava bastante estranho para quem tinha um ou outro neurônio, que estivesse fazendo decretos para o benefício do povo, que sempre desprezou.
— E, para cá finalizar, deste dia em diante, todo o Concelho da cidade será devidamente investigado — Rui cruzou os braços. — Todos, sem nenhuma exceção, e aqueles que forem pegos burlando as leis das riquezas ou roubando os cofres públicos, serão executados.
Houve um estrondo de diz que me diz por todos os lados. Um político até mesmo tentou fugir, pálido e suando friamente, mas foi parado por um dos guardas-reais. Quintino, olhou para Ethiena, que respondeu encolhendo os ombros. Ela não conseguiu segurar o sorriso de prazer ao constatar a expressão de completa surpresa do déspota de Walles.
— Achas isso engraçado? — Linden quase gritou ao lado dela, notando sua expressão.
Ela mal havia prestado atenção aos olhares do Príncipe. Ele havia perguntado uma coisa anterior, mas Ethiena havia perdido a razão, quando percebeu que finalmente um de seus planos havia dado certo — embora não esperasse uma traição, tampouco um empate.
— Ele vai tornar tudo muito pior — Linden segurou a mão de Ethiena. — Precisamos sair daqui!
Sem oferecer protesto, Ethiena deixou-se ser levada para fora do salão, enquanto muitos políticos gritavam desesperados para não serem condenados. Muitos dos que estavam envolvidos em corrupção, até choravam de medo.
Ethiena fez um aceno positivo com a cabeça para um guarda-real deixar com que ela e o Príncipe passassem. Olhou para trás, para Rui cercado por seus guardas em meio a uma multidão desesperada. Esperou que pudesse ver Rui ainda naquele dia, no jantar na Mansão da Dama.
Linden a enfiou no banco traseiro de um carro, impaciente. Ele mesmo assumiu o volante, suando friamente. Resmungava consigo mesmo, sacudindo a cabeça, e até mesmo batendo com força contra o volante do veículo.
Quando estava distante do prédio do Concelho, o rapaz estacionou em frente ao que parecia um boticário para Ethiena. Confusa, a moça olhou para a placa do estabelecimento — que parecia uma loja de bruxaria —, e voltou os olhos para os cabelos desgrenhados e suados de Linden.
Ela suspirou, acomodando-se no banco de couro desconfortável.
— Fique calmo — pediu, voltando o olhar para fora. — Por que parou neste lugar estranho?
— Não estou em condições de dirigir — Linden respondeu, respirando fundo. Seus dedos tremiam quando afrouxou a mão em volta ao volante. — Aquele paspalho precisava cá vir?
Ethiena ficou em dúvida se deveria contar a verdade, mas apenas suspirou. Então, recordou-se que Linden havia mentido para ela por todo aquele tempo, e não conseguiu se segurar. O Príncipe Herdeiro matara o próprio pai, e apesar do antigo Rui I merecer, a dama não conseguia mais ver Linden como um rapaz bondoso.
— Eu planejei aquilo tudo — confessou a moça, irritada, contrariada e ressentida. — Não quero ser a disputa de ninguém, tampouco serei humilhada em um jogo de poder sujo. Viu, não viu? Toda Walles está corrompida, e não importasse o que tentássemos, seriamos traídos. Qiteria nos traiu, outros fariam o mesmo quando começássemos a beneficiar o povo, e não os políticos. Pedi para Rui tomar Walles. Não seria eu, tampouco Quintino declarado o vencedor.
Linden ficou em silêncio. Ethiena não conseguiu decifrar sua expressão, pois permaneceu com a mão no volante olhando para frente.
Sem dizer uma palavra, religou o carro, voltando a conduzir. Ele dirigiu mais rápido, várias vezes quase atropelando as pessoas. Ethiena se segurou no banco, assustada com aquela reação. Ou ele ficou tão bravo que queria matar a ambos, ou ele estava bravo e ia matar a ambos de verdade.
— Vá devagar! — Ethiena gritou, convencida de que o rapaz parecia mesmo pronto para enfiar a frente do carro em um poste.
Mas ele continuou sem dizer uma palavra, conduzindo em direção a Mansão da Dama. Então as rodas finas, que parecia uma versão mais forte de pneus de bicicletas, atolaram na metade do caminho.
Linden, ainda em silêncio, tentou forçar o motor para sair do atoleiro, porém, a parte da frente do carro estourou. Saiu fumaça após explodir.
Depois da nuvem voar até as janelas abertas, Linden saiu do carro. Ele bateu a porta com tanta força, que Ethiena pensou que fosse partir o veículo em dois. Ela saiu logo atrás, seguindo-o antes que morresse sufocada.
— O que diabos fizeste? — Linden, assim que a moça pisou na lama, voltou-se e gritou.
Seu belo rosto estava branco, os olhos injetados de um ódio que ela não podia imaginar. Ethiena se encolheu, recordando-se de cada uma das palavras de Rui sobre o filho.
— Não fique tão nervosinho, Linden, sei o que pretendia — ela o encarou, erguendo o queixo. — Sei que me vê como uma arma, e me quer usar para se vingar de seu pai.
O rosto do Príncipe ficou ainda mais pálido. Apertou os lábios, irritado, tremendo-se.
— Pensas tu, que era tal disparate que queria eu? — contestou, suas sobrancelhas estavam franzidas de tanta raiva. — Confias tão pouco em mim?
— Sim, não confio muito em você, Linden — Ethiena deu um passo em sua direção. — Você me usou naquela arena para divertimento próprio, levei um tiro...
Ela apontou para o ferimento, ainda dolorido em seu ombro.
—... Quando poderia ter me dito em suas cartas que Qiteria poderia me ajudar — gritou, sentindo o sangue subir para seu rosto.
— Meu! — Linden deu um passo em sua direção. — Pois tal acontecimento foi muito efetivo. Qiteria não gosta de mulheres, e não tem em conta nenhuma. Pensa que todas as mulheres, além dela, são burras e não pensam em nada além de vestidos e bailes debutantes. Precisava de alguém como eu, cá, Ethiena, e mesmo minha presença, não foi eficaz para tê-la como nossa apoiante. Não podes desconfiar de mim, por um disparate que ouviste de meu pai.
— Mas não negou que não me queria como uma arma — Ethiena também deu um passo em sua direção.
— Sim!
Ela notou como respondeu como uma reação involuntária.
— Sim, eu a queria como uma arma. Não pelas razões que tu pensas — Linden agarrou seu ombro bom, puxando-a para mais perto. — Tu mudaste todos meus planos, Ethiena, quando revelaste quem tu és.
— Mudei? E qual eram seus planos?
— Eu já o disse, mulher, não o disse? Queria matá-la. E não foi por sua lealdade em tornar-se concubina do imperador, mas pelo que tu fizeste. Pensas, Thiena, que te chamo de "querida" ou "Thiena" por tentar livre flerte?
— Do que diabos está falando?
Linden segurou o ar, tremendo-se enquanto ficava vermelho de raiva. Então, inesperadamente, puxou Ethiena e pressionou seus lábios contra os dela.
Ela tentou fugir, mas ele a pressionou contra seu corpo, suas mãos seguraram sua cabeça, perdendo-se nas nuvens de seus cabelos soltos. Sua boca era exigente, apesar de apenas pressionar como uma tábua nos lábios frios de Ethiena.
Puxava-a para tão perto, que, de repente, o corpo que Ágata habitava começou a se sentir habituado aquele toque. A luta que tratava para a afastá-lo, se tornou uma luta para ela mesma se afastar. Seu coração estava disparado em seu peito. Sua própria boca começou a ceder, também o seu corpo como se fosse um nó desfeito.
Então, quando começou a se render, Linden se afastou.
Andou um passo para lá, e depois outro para cá. Quando voltou, seu rosto e orelhas estavam completamente vermelhos.
— Nós éramos amantes — Linden revelou, parando de frente a ela, respirando como se tivesse corrido por todo o campo. — Nós dois. Ethiena e eu.
— O quê? — a moça a sua frente sentiu o coração flutuar para fora de seu peito.
— Nós nos conhecemos em uma visita à Basílica da Igreja, em Italiana. Na ocasião, como disseste antes, a vi ser declarada como Santa da Vida pessoalmente. E após nos encontrarmos diversas vezes nos eventos sociais de Vaticanária, acabamos por nos apaixonar.
Ethiena abriu a boca, chocada. Queria dizer alguma coisa, mas não conseguia.
— Pretendia que Dama Ethiena ascendesse ao trono como minha Imperatriz — Linden parecia triste. — Prometi para ela que jamais teria outra mulher, nenhuma concubina. Seria única.
— Você poderia ter me contado tudo isso... — Ethiena murmurou.
— Como poderia? Não queria te chocar, quando sei o que é habitar o corpo de outra pessoa — Linden também murmurou. — Sei como é ruim, viver os pesares de outros. E depois do que fez...
— E o que diabos eu fiz?
Linden relutou, mas reuniu forças para continuar.
— Estava pronto para pedi-la em casamento ao Duque Sá, mas... — sacudiu a cabeça, olhando para o meio do mato. — Rui viu Ethiena vindo ao Palácio a me visitar, e se interessou no mesmo instante. Por que tu és uma Flor Exótica, a mais linda do Império... Chamaste a atenção, e Duque Sá não confiava que um dia ascenderia ao trono pelas intrigas que correm entre mim e meu pai. Então, preferiu que casaste com o Imperador.
Ouvindo aquelas palavras, Ethiena precisou de algum tempo para absorver. Quando elas chegaram a sua compreensão, se escorou no veículo atrás dela.
— Ethiena ficou muito desgostosa com aquela situação — Linden se aproximou, passando a mão no buço que suava. Ele estava suando por todos os lados de seu corpo. — Não importava quanto tentasse, Duque Sá e meu pai não quiseram desfazer o acordo. Então, como também não consegui pensar em nada além de fugir, Ethiena tomou uma atitude um pouco mais radical. Ela era uma Santa da Vida, então, a melhor magista que todo esse reino já conheceu... Entrou no castelo sem qualquer problema, e lá, ao entrar no quarto do Imperador...
Linden não conseguiu continuar, virou o rosto outra vez, pensando nas melhores palavras para dizê-lo.
— Ethiena Sá matou oImperador...
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