C A P Í T U L O 1 - O mundo lá fora
No passado,uma família de prestígio era reconhecida por seus incríveis dons peculiares e poderosos,descendentes dessa família estavam predestinados a serem grandes sobrenaturais e incrivelmente decididos,era a genética? Uma maldição que poderia ser chamada de benção, ou uma benção que poderia ser chamada de maldição. Reinos cresciam e morriam, porém os da linhagem Port sempre se erguiam. Era o que todos pensavam,até nascer Volteire aquele que jogou o nome da família na lama,não porque ele não nasceu especial ou forte mas porque usou de seu poder e astúcia para fazer todo um povo escravo,até depois da morte de Voltaire,a família Port e aqueles que compartilhavam de seu sangue jamais foram considerados confiáveis outra vez. Graças a Voltaire e sua ganância sem fim,o restante da famíla paga até os dias de hoje,sendo exilados e difamados. "Nenhum dos Port são confiáveis" é o que sussurravam ou pensavam que estavam sussurrando, pois Hilary e seus parentes tinham de viver com o peso do ódio e desconfiança de todos de sua cidade. Não era fácil,eles queriam fazer amigos mas eram evitados,queriam mostrar que eram diferentes da imagem que tinham deles mas nada que fizessem adiantava para retirar uma mentalidade a anos imposta a todos os demais.
Apesar de tudo,Hilary vivia uma vida altamente pacifica,ninguém os feria,ao menos não fisicamente, emocionalmente já era um outro assunto. Somente quem os Port podiam confiar eram aqueles que estavam com eles desde crianças,seus irmãos, tios e fora do círculo familiar apenas amigos de infância que conheciam sua conduta a tempos e não se deixavam dar ouvidos a voz dos mais velhos,nesse grupo estavam inclusos Elen,a melhor amiga de Hilary,Ary,irmão mais velho de Hilary e por último mas nem de longe menos importante,Haoran, amigo de infância da família.
A vida em seu círculo de amigos era leve,cheia de risadas e brincadeiras de adolescentes mas Hilary queria mais,não era seu destino ficar presa a quatro paredes,seus pais por medo do preconceito que as pessoas tinham,dificilmente deixada os filhos saírem de casa,a maior parte de sua vida foi ensinada e educada em casa,porém seu maior sonho era ser reconhecida como uma pessoa de respeito,ter amigos além dos de infância e conhecer mais do mundo. Era exatamente por isso,que em segredo fez uma inscrição para a escola de magia mais respeitada de sua cidade,ficou eufórica quando viu a carta voando pela sua janela em retorno a sua petição. Estava com ela agora em suas mãos trêmulas e pequenas,devo abrir?
"Claro que devo abrir" disse a si mesma, tentando se convencer de que tudo daria certo. O conteúdo daquela carta com certeza seria uma porta aberta para ela. Tinha de ser. Novamente abriu os olhos que antes estavam fechados fortemente e finalmente ganhou coragem para tirar o selo vermelho que estava lacrado com magia com um aceno de mão,o que fez uma linha verde e fina pairar no ar antes de desaparecer ao invelope ser aberto.
"Papai disse que hoje não podemos ficar acordados até tarde,amanhã ele vai..." Ary para um momento e olha o pacote em minhas mãos antes que eu possa escondê-lo. "O que é isso?" Pelos deuses por que ele sempre tem que ser tão intrometido?
"Nada importante" digo tentando disfarçar,me levanto para guardá-la em minha gaveta mas Ary usa magia para pega-la de minhas mãos. Esbugalha os olhos assim que vê os desenhos em volta da carta. "Você deve estar ficando louca de vez,não é possível." Ele vira a carta na minha direção "Sabe de onde é esse símbolo? Ah,o que estou dizendo? É claro que sabe,vou jogar fora. Pronto! Está tudo resolvido. Vamos fingir que nunca vimos essa desgraça em toda a nossa vida" Reviro os olhos com todo o seu drama.
"Não vou jogar nada fora,Ary. Essa é minha passagem para o mundo lá fora" digo,sentando lentamente na cama novamente. "Não é possível que só eu me sinta presa com as mesmas pessoas, as mesmas ruas e as mesmas palavras de desafeto todos os dias" estendo a mão no ar "Me devolva,por favor" Ary me olha pôr um longo momento e parece que entende que estou falando com seriedade. Coça a nuca diversas vezes e logo depois caminha lentamente até mim e se senta ao meu lado. Solta um alto suspiro.
"Porquê você quer ir para uma escola onde está claro que não será bem vinda? Todos odeiam a gente,Hi. Se esqueceu disso?" Ele espera a minha resposta.
"Eles nos odeiam porque não nos conhecem,se conhecessem então veriam que somos boas pessoas,porque devemos pagar por um crime que não cometemos? Isso é injusto. Quem sabe,eu não possa faze-los mudar de ideia?" Estendo as mãos esperando que ele me devolva o envelope.
"E se não quiserem conhecer o seu lado? O que vai fazer? Não vou estar lá para protege-la" diz ele com um olhar de preocupação evidente.
"Se eles me escutarem,você não precisará me proteger nunca mais e nem a si mesmo,ao menos não desse mal. E se não quiserem ouvir pelo amor..." deixo a frase em pausa e ele compreende na hora.
"Tome cuidado,você é a única irmã que eu tenho" Dou um largo sorriso para ele e tento o confortar um pouco.
"Nossos pais ainda podem procriar,sabe disso, né?" digo,rindo agora de sua cara de espanto. Ary mexe a cabeça negativamente.
"O que eu faço com você?" Nos dois rimos e ele me olha com seriedade quando diz "Ta bom mas eu que vou abrir essa desgraça aqui"
"Ta bom mas para de chamar assim,por favor" digo não me aguentando e sorrindo.
"E como quer que eu chame o pedaço de papel que vai te levar pra longe de mim?" Ary tira o papel de dentro do envelope e o lê silenciosamente primeiro.
"Anda logo, fala!" digo não me aguentando de curiosidade.
"Hi,sinto muito sei que era importante para você" ele faz uma pausa "Mas você entrou!" sorri para mim enquanto fico com uma cara de embasbacada.
"Fala sério?" pego a carta da mão dele e lá está os parabéns junto com um "Seja bem vinda... " Pulo de alegria e abraço Ary com meu coração disparado.
"Ok,é um momento muito feliz mas quem vai contar ao papai?" diz ele me fazendo paralisar também. Escondo a carta em minha gaveta de calcinhas e faço um sinal de silêncio para ele.
"Eu vou contar,no momento certo" digo trocando rapidamente minhas vestes para um jaqueta preta mais aconchegante e calças jeans com um feitiço.
"Aonde você vai,criatura?" Ele dá uma abanada de mãos "Contar a pentelha,já sei" Faço que sim com a cabeça e dou um último abraço nele antes de ir.
"Obrigada por entender,assim que voltar da casa de Elen,vou começar a fazer as malas" Ele usa um feitiço para ficar com a cara de nosso pai.
"E um plano para me enfrentar também,mocinha" diz fazendo a cara de revoltado de papai.
"Eu sei,eu sei." digo e abro um pequeno portal para a casa de Elen. Encontro-a deitada em sua cama,olhando para o seu teto estrelado.
"Elen! Entrei!" Ela me olha e coloca a mão em seu peito.
"Meu Deus,Hi. Quantas vezes tenho que falar pra você enviar um pombo...entrou? Na escola de magia e bruxaria de Nefivil? Amiga... seu pai vai te matar." Faço uma cara de quem não gostou.
"Poxa,amiga não vem falar do meu pai em um momento feliz como esse" digo cruzando os braços.
"Eu te conheço,Hilary e você deve querer esperar até você estar no trem para Nefivil para contar a eles. Não pode deixar que seja assim. Evite conflitos futuros." Não queria admitir mas ela estava completamente certa. O melhor seria contar assim que voltasse para casa mas o medo de que eles me impessam de ir fala mais alto.
"Eles não vão,quer dizer,vão tentar mas não vão te impedir. Eles confiam em você" Ela se cobre com sua coberta branca de flores amarelas.
"O que você tem em?" Ela olha para mim com uma carinha de choro e sei exatamente o que houve. "Michael?" ela faz que sim e afunda na cama novamente. "Te deu bolo de novo? Amiga,já disse que ele não serve para você, vive te chateando e parece ser tão imaturo." Ela dá um gritinho abafado no travesseiro.
"Eu também não sei o que rola,ele só pode ter feito uma poção do amor ou algo assim,como posso gostar daquele traste?!" resmunga cansada. "Me conforte, Hi. "
"Ele não sabe a diva que está perdendo e também você não precisa de um cara para ser feliz. " Coloco os cabelos loiros dela para frente dos ombros. "Quem precisa de um cara com um cabelo desses? " Elen ri de mim e se anima um pouco.
"Não vou sobreviver sem você" diz ela colocando suas mãos nas minhas.
"Eu que não vou sem você,sabe que estou indo para um lugar totalmente desconhecido,com pessoas que me acham uma total traidora e não quero deixar o pensamento de que não terei nenhum amigo me dominar. Sua vez de me confortar. "
"Ah,não tem o que dizer,você está perdidinha. Mas se quer saber,eles teriam muita sorte de te ter como amiga. Ah,sim! Antes de ir,conserta minha flor de vidro de novo? Ela quebrou ontem." Aponta para a flor estilhaçada em cima da cômoda. Conserto rapidamente o objeto entoando o feitiço mentalmente.
"Porque precisa ir para a escola de magia,se já sabe todas essas coisas?" pergunta ela olhando para o objeto consertado.
"Esses são feitiços simples,qualquer bruxo iniciante sabe,mas vão me ensinar feitiços maiores,como por exemplo feitiços de invocação que ainda não sei. " Depois de nossa conversa,pensei em ir a pé para casa a fim de ter tempo para pensar em como contar aos meus pais que logo a filha deles estaria bem longe de casa.
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