Capítulo Único

Nos finais de tarde, Mitsuki sempre se vê impaciente ao não encontrar os meninos. Ela estava cuidando de Midoriya enquanto a mãe ia viajar a trabalho, desde então ele e o filho vivam sumindo quando queriam e ela se descabelava para acha-los, temia que a amiga não confiasse seu filho de 7 anos à ela novamente, então não dizia. E desconfiava que a mulher voltaria correndo se descobrisse, e não dizia porque eles sempre acabavam voltando para casa la pras 6 horas. Sempre voltavam e ela ainda não tinha achado onde eles se enfiavam. Mas são apenas crianças afinal. Acontece.

E dessa vez não foi diferente, assim que acordou momentaneamente reparou no silêncio da casa se virou para o marido mas antes que o acordasse, ela ouve passos apressados no corredor, os degraus da escada rangindo e enfim a porta da frente batendo. Ela anda de fininho até a janela do cômodo e encontra Midoriya correndo até Bakugou que estava recostado na árvore. Mitsuki com certeza não teria os notado ali se não fosse pelo verdinho denunciar o local, eles ficavam meio escondidos nas árvores que ficavam na casa vizinha

--Então é ai que esses pirralhos se escondem!-- Ela fica ali por um tempo, enquanto pensa numa forma de dar-lhes uma bronca por sumirem do nada, Midoriya estava atento a alguma coisa em suas mãos que logo pousou no colo e se direcionou ao Bakugou, o chacolhando fazendo o mesmo se sentar e se assustar um pouco quando seu rosto é puxado por ele, finalizando o espaço entre eles; beijando o garoto que não poderia estar mais vermelho do que agora.

-- Mas que porra?!-- Sem perceber, acaba acordando o homem que se senta na cama meio desnorteado por alguns segundos antes de se levantar até sua esposa que estava pasma

--O que foi ? Por que esta com essa..cara..-- Ele segue os olhos da mulher até encontrar eles, sua pergunta ficando no ar quando se vê paralizado, por pouco tempo, antes de correr até a mesinha do lado da porta pegando seus óculos para então quase se debruçar no parapeito da janela pra conseguir enxergar melhor. Se vira para a mulher dando soquinhos no ar, quando consegue ver com mais clareza a cena -- AHÁ! Eu sabia. Te disse. -- Se recompõe ajeitando o cabelo e estendendo a mão aberta pra ela

--Tsc! -- A loira vira a cara contrariada, estalando a língua no céu da boca -- Desgraçado! Toma essa merda. -- A mulher coloca com certa força uma quantia de dinheiro na mão dele -- Aquele brócolis... Jurava que ia ficar com aquele pavê -- Ela exclama desacreditada cruzando os braços -- Porque logo meu filho meu deus?-- Ela olha pra céu alaranjado com as mãos estendidas como se questionasse as escolhas Dele

--Deixa disso, vamos la chamar eles ta ficando tarde e eles estão tão fofinhas nas fantasias que eu comprei né?--provoca a loira

--Não acredito que perdi pra você...-- Mitsuki segue reclamando com Masaru gargalhando atrás de si

Quando se encontram na sala, o casal pega seus calçados no *Genkan e vão na casa vizinha, chegando la, eles encontram Izuku com as mãos no rosto de seu filho dando selinhos "inocentes" e depois pegando o livro e o analisando com um biquinho fofo no rosto-- Kacchan acho que ta errado, tem umas coisas estranhas aqui, de como usar minha língua, não to entendendo nada..-- O mais velhos se entreolham e fingem não terem ouvindo e se aproximam mais

--Meninos por que estão aqui for..?--

--POR QUE CARALHOS VOCÊS ESTÃO AQUI HEIN? VOCÊS SOMEM E NEM DIZEM AONDE VÃO, EU FICO QUE NEM OTÁRIA PROCURANDO, PARECEM ATÉ ESTAR FUGINDO DA CRUZ!

--Seria melhor isso que fugindo de você, diaba --O loiro menor resmunga e leva um cascudo --AI! sua velhaa--Da lingua e tenta correr mas é pego pela mesma

--PIRRALHO DE MERDA QUER FICAR DE CASTIGO É?!-- O garoto nega rapidamente, se calando-- Acho bom! Agora, vamos pra casa-- O casal entra e se senta no sofá, Masaru observa, silenciosamente, eles entrarem nervosos na casa enquanto a mulher ja ia direto a assunto

--Midoriya, por que você beijou o Katsuki ? Não é o que crianças deveriam fazer-- Ela cruza os braços paciente, pela primeira vez no dia

-OQUE?! - Ele repousa a palma da mão dramaticamente em seu peito -- Eu não fiz isso não, Tia Mitsuki.. -- ele balança a cabeça em negação com uma cara falsamente inocente-- Eu só estava aprendendo! --Sorriu amarelo ficando meio atrás do seu amigo loiro que olhava pra outro canto com vergonha

--Aprendendo o que Izuku-kun?-- O Patriarca pergunta com sua voz leve

--Algo dos livros da Mamãe-- O menino segura a mãozinha do loiro quieto ao seu lado, ainda tentando encerrar o assunto e esconder o livro atrás de si

--O que está escondendo ai querido?-- Quando ela não recebe uma resposta ela resolve apelar-- Se não contar pode ser que fiquem sem sobremesa~
-- Ela cantarola confiante, sabendo que eles nunca deixariam de comer sorvete

--Eu descobri como beijar!.. Sempre dizem que beijos são pra quem se amam e eu amo o Kacchan!-- Ele exclama com as mãozinhas fechadas contra seu peito-- Está nos livros!

O casal se desmancha com tamanha fofura e inocência dos meninos envergonhados-- tudo bem meninos, mas isso é pra gente mais velha-- O homem diz docemente sorrindo para eles

--Que nem você e a bruxa?-- Katsuki desvia do tapa da Mãe e se agarra no esverdeado

--Bruxa minha bunda! Seu pirralho ingrato!-- Mitsuki diz ríspida

--Calma eles são só crianças... Tudo bem, deixaremos passar dessa vez, mas que não se repita, ok?

--Sim..--Os meninos respondem juntos.

Mal sabe eles que isso não parou por ai e continuou durante anos ..

.

.

.

EXTRA

--Mal posso esperar pra ver a reação da Inko quando saber que tipo de livro seu lindo e inocente filhinho estava lendo --A mulher ri com o livro que confiscou em mãos

...

Com os meninos:

--Kacchan, não tô conseguindo dormir! Tá frio.. -- Midoriya sussurra se sentando no colchonete, debruçado no colchão do maior

--Tsc! Pode deitar aqui deku-- O garoto levanta a coberta dando umas batidinhas no seu lado, vendo o verdinho subir na cama apressado e rolar até ele risonho-- Shiiu! Os velhos 'tão dormindoo

Midoriya tampa sua boca, acenando com a cabeça. O loiro revira os olhos puxando ele para deitar e cobre os dois até a cabeça, pegando o livro e a lanterna para lerem um livro qualquer da mãe do Bakugou, já que a mesma pegou o outro...

--...Porque tem tantos "assassinatos" Kacchan?

--..Num sei não.. Vamos dormir?-- ele pergunta bocejando e guardando as coisas e se vira para o amigo

--Simsim, podemos fazer de novo? Um beijinho ... de boa noite?-- O loiro acente mesmo que o garoto não consiga ver e procura as cegas a boquinha pequena e fofinha do esverdeado

--Chuu~

_-_-_-_-_-_-_-_

*Genkan:É a área de entrada tradicional para casas, prédios japoneses e outros..

Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top