Parte 2
02:10 AM
As malas já estão prontas. As coloco em cima da minha cama o que me faz sentir todo o peso em que está nela, porém, a bagagem mais pesada são os pensamentos que ecoam em minha cabeça, pensamentos esses que estão confusos, buscando por alguma resposta, e só poder obtê-la quando chegar em Salvador, é uma completa tortura.
Penso em quão difícil será achar um voo na madrugada pra lá, portanto, vou até o terraço encontrando assim o jatinho que era de meu pai. Desde quando eu era pequena, acompanhava ele em seus voos, então o mesmo passou a me ensinar a pilotar, depois de tanto eu lhe pedir. Sempre fui muito persistente, e por isso, muitas vezes consigo o que quero.
Apesar de minha mãe já ter viajado algumas vezes com o jato depois da morte de meu pai, eu nunca mais havia entrado, não tinha coragem para enfrentar o passado, mas, parece que ele anseia pelo nosso reencontro.
12:05 PM
Depois de onze horas de voo, assim que ponho os meus pés em salvador, Lexy me liga.
— Onde você está?
— Acabei de chegar em Salvador.
— Me encontre no hot coffee, aqui na Barra.
— Ok.
Instantes depois, meu celular vibra em sinal de uma nova mensagem. É a Lexy, ela me enviou o endereço do local pelo Google Maps.
13:30 PM
Depois de um longo caminho em um engarrafamento, me fazendo lembrar de como o trânsito de salvador fica caótico no horário de meio-dia, chego ao meu destino. Procuro então pela Lexy, e logo ouço um grito a me chamar.
— Megan! — Reconheceria essa voz em qualquer lugar.
— Lexy! — vou até a mesa em que ela está sorrindo para a mesma.
Reencontrá-la após tanto tempo, é a única parte boa de toda essa situação.
— Como eu senti sua falta, piranha! — ela fala levantando para me abraçar.
— Impressionante, podemos ter a idade que for, mas nossos apelidinhos continuam os mesmos. - Falo lhe abraçando forte. — Também senti saudades. — Sento-me à mesa.
— Vai querer um café? — Lexy pergunta.
— Você sabe que eu não gosto de café.
— Eu pensei que esses anos longe, você tivesse aprendido a ser um ser humano de verdade. — Ela rir.
— Hahaha. — Forço uma risada. — Continua tão bem-humorada, não é?
— Sempre!
Estava forçando uma conversa para tentar não ir direto ao assunto sobre meu pai, mas é sobre isso que vim tratar, então logo pergunto:
— Então... — começo a falar cabisbaixa e ao mesmo tempo vejo seu semblante endurecer, sabendo-a, do que viria a seguir. — Por que vocês reabriram o caso?
— Bom, recebemos uma ligação, e um homem na outra linha falou que a morte de Andrew não foi só um acidente e que tinha provas sobre...
A interrompo.
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top