Capítulo 29
Sarah apertou as mãos contra o tecido de seu vestido numa tentativa de expressar sua frustação, mas ao mesmo tempo manter sua expressão suave. Enquanto, escutava a serva relatar que a Duquesa Mãe tinha novamente alterado as peças de jantar escolhidas para a comemoração daquela noite, bem como mudado os lugares escolhidos para os convidados.
Como Duquesa o papel de Sarah ultrapassava apenas fornecer companherismo e apoio moral ao Duque, mas cuidar para que tudo na corte ocorresse bem, organizar os eventos e evitar desastres diplomatícos por ofensa a um convidado real. Todos estavam sempre de olho nas atitudes da esposa de August, não deixando passar um único erro, enquanto sua sogra fazia o possível para demonstrar seu desgostos com o casamento e evitar que a nora fosse bem recebida.
O cheiro da comida do Chef inundava o local causando pequenos tremores no estomôgo de Sarah, que naquela manhã tinha acordado com um mal estar. Todos os servos trabalhavam a todo vapor ansiosos para o evento e alheios ao estado de espírito da dona da casa, com um olhar a Duquesa dispensou suas damas de companhia e respirou profundamente percebendo que preferia lidar com avó do que com a terrivel sogra, a mulher mais velha não escondia seu desgosto pela nora e agia de maneira a tormar intolerável a vida da morena na corte, com esquemas indignos de uma mulher nobre.
O convivío com a sogra era tenebroso, de fato naquele último ano Sarah tinha lidado com tudo o que se poderia imaginar, rumores de infedelidade criados pela sogra, desrepeito de sua autoridade como Duquesa, mas o pior a acusação de que até aquele momento o ventre da jovem inglesa continuava vazio.
— Senhora? — questionou a serva, uma jovem de no máximo vinte anos que parecia nervosa em atrapalhar os pensamentos de sua mestre.
— Pode manter as alterações efetuada pela Duquesa-Mãe. — respondeu Sarah deixando a cozinha a passos rápidos, ela sentiu quando sua mente ficou nublada e precisou respirar fundo para conseguir chegar em seu escritório, como esperado Maya estava ali e ajudou a se sentar ao notar o rosto pálido da amiga.
— Devo chamar o médico? — perguntou a indiana quando Sarah enconstou na cadeira.
A Duquesa engoliu em seco, mas assentiu.
O médico era jovem, tinha uma beleza e um rosto enigmático, a Duquesa se lembrou que chamava Daniel Tess e tinha sido contratado para auxiliar o médico-chefe pelos próximos meses. Era um homem compentemente e apesar de sua jovialidade a examinou cuidadosamente.
— A senhora não deve se estressar muito — orientou, enquanto voltava seu olhar para Maya —, é a primeira vez que isso acontece?
Maya que parecia desconfortavél na presença do médico, se esforçou para responder sem corar diante da intensidade do olhar do homem. E se Sarah não estivesse tão cansada teria dado uma risada ao ver a amiga tão imbatível se encontrar tímida.
— Na última semana isso aconteceu com certa frequência — respondeu a indiana, percebendo que o médico ainda aguardava a resposa —, hum... principalmente no período da manhã. É alguma coisa grave?
O médico moveu sua mão em sinal de despreocupação.
— É comum — disse, com um sorriso que o deixava bonito na opinião de Maya —, mas deve passar nos próximos meses.
— Meses? — perguntou Sarah ajeitando sua postura.
— Conforme o bebê for crescendo — respondeu o jovem médico —, parabéns minha senhora, a condição que a abala é a de uma mulher grávida.
Sarah levou a mão cuidadosamente ao ventre não acreditando no que ouvia, depois de tantos meses de frustação estava finalmente carregando a resposta de suas orações. Ao pensar nisso, um sorriso tomou seus lábios ao imaginar o quanto seu marido ficaria feliz com aquela notícia, um bebê deles.
— Obrigada — respondeu a Duquesa com os olhos marejados de lágrimas, sem acreditar que ela seria uma mãe, que um pequeno milagre se formava em seu ventre — Eu apenas peço a sua discrição, pois desejo contar eu ser a responsável por dar essa notícia ao Duque.
O médico assentiu dando algumas orientações as mulheres e informando que informaria ao médico-chefe para que ele pudesse visitar a Duquesa em breve para todos os cuidados necessários. Ao longo do dia Sarah optou por permanecer no escritório de modo a evitar muito esforço, mas precisou de toda a sua força para não correr em direção aos braços de August e contar a novidade.
No final da tarde quando o sol parecia querer se despedir Sarah se dirigiou para seus aposentos, onde suas damas e servas a esperavam para ajuda-lá a se arrumar para o baile daquela noite, uma comemoração ao aniversário do Duque. Era difícil esconder sua radiante felicidade, mas a jovem Duquesa fez o possível, aquela notícia lhe dava a esperança de dias melhores.
Desde que havia se casado estava rodiada de pessoas, mas a verdade é que quando sua família e a Rainha e o Princípe Consorte da Inglaterra deixaram o palácio passou a se sentir sempre sozinha. August tentava sempre se fazer presente, mas era um Duque e tinha suas próprias responsabilidades e o fato de que as froteiras do ducado estavam a cada dia sendo mais ameaçadas e a iminência de uma guerra se revalava, sua ausência era cada vez mais comum.
As cartas de Victória e eventualmente de Albert eram um bálsomo a Duquesa e claro as correspondências que trocava com sua irmã, que agora residia nos Estados Unidos, ao lado de seu marido Jasper, ajudavam Sarah a suportar os dias mais difíceis. Contudo, quem sabe se aquela criança no seu ventre não tornaria o coração da Duquesa-Mãe mais maleavél, e assim Sarah poderia conhecer melhor as mulheres da corte que eram cordias com ela para não ofender ao Duque, mas evitavam fazer amizades para não ofender a Duquesa Mãe. Talvez, ali finalmente se tornaria sua casa.
A porta do quarto se abriu e por ela entrou uma das servas da Duquesa-Mãe, que Sarah reconhecer como uma que sempre a ignorava.
— Aconteceu alguma coisa ?— perguntou Sarah se sentindo preocupada, com a ideia de que algo de ruim pudesse ter acontecido.
— Não — disse a mulher, acrescentando tardiamente —, minha senhora.
— Então por qual razão pertubas Vossa Majestade? — questionou Lady Sofia, uma das damas de Sarah que não parecia ser avessa a servi-lá.
— A Duquesa-Mãe soube sobre a visita da jovem senhora ao médico essa tarde — disse a serva, encarando Lady Sofia com serta fúria — , e ficou preocupada.
— Preocupada... — a frase de Maya morreu em seus lábios ao notar o olhar de Sarah.
As damas encararam a Duquesa com curiosidade, como haviam sido dispensadas no período da manhã não sabiam a novidade.
— Não foi nada demais — respondeu Sarah —, apenas estava sobre muito estresse. Diga a Vossa Majestade, a Duquesa- Mãe que eu estou bem e que agradeço sua preocupação.
O rosto da serva se iluminou e ela sorriu complacentemente.
— Eu relaterei vossas palavras — respondeu prontamente, deixando na penteadeira de Sarah uma xicará de chá. — Para acalmar vossos nervos, afinal essa é uma noite muito importante.
— Obrigada — disse Sarah, em seguida dispensou todos os servos e as damas, optando por terminar de se arrumar apenas com Maya, antes que gritasse aos quatro ventro que estava grávida.
Sarah levou a xicará até os lábios, mas antes que bebesse olhou para Maya.
— Sabe informar se minha irmã e Jasper chegaram ao palácio ?
— Sim — disse Maya com um sorriso —, estão instalados devidamente instalado com o bebê Thomas, conforme suas orientações.
— Estou tão ansiosa para encontrar ela e ao bebê — disse a Duquesa, colocando a xicará sobre a penteadeira novamente, seu sobrinho tinha sido um presente na sua vida e na vida de todos. — Viu como Anne está diferente?
— Acredito que esteja apaixonada pelo marido — riu Maya —, aquela implicância toda tinha que virar algo, certo?
— Estou feliz em ver tudo o que aconteceu e muito grata por Jasper ter apoiado ela naquele momento.
— Eu nunca entendi a razão pela qual ele fez o que fez — declarou Maya, ajeitando o cabelo de Sarah com habilidade —, mas os vendo hoje entendo que não havia caminho melhor.
— Jasper é um homem muito digno — foi a resposta dada por Sarah —, naquela época ele se lembrou da irmã mais nova que tinha tomado os mesmos passos de Anne, mas que infelizmente não suportou a vergonha e acabou tirando a própria vida, acho que ele apenas fez o que queria que alguém tivesse feito pela irmã e ele ama o pequeno Thomas, percebeu como cuida do garoto?
— Sim — concordou Maya — , ele é um excelente pai.
— Deus é misercórdio mesmo diante dos nossos erros e se o nosso coração estiver enclinado para ele, no final tudo coopera para o nosso bem.
— Não tenho dúvidas disso — concordou a indiana. — E logo o pequeno Thomas terá um primo.
— Ou prima — riu Sarah, sem esconder sua própria alegria. Novamente, pegou a xicará nas mãos para beber, todavia antes que pudesse levar o líquido aos lábios Maya derrubou o pente sobre a Duquesa, derrubando todo o conteúdo da xicará sobre o vestido de Sarah. — Maya — expressou a Duquesa surpresa, pois a amiga não costumava ser tão desatenta.
— Desculpa — disse Maya, tentando limpar o conteúdo quente do vestido que já estava manchado —, se machucou?
Sarah negou com a cabeça, agradeceno que o tecido grosso do vestido tinha impedido que o líquido quente a queimasse.
— Agora é melhor eu trocar de roupa — disse Sarah, imediatamente voltando seu olhar para onde a segunda opção de vestido para aquela noite tinha sido colocada por uma serva, mas antes que pudesse ir em direção ao vestido foi impedida por Maya.
— Sarah — chamou a indiana levando a xicará até o nariz —, isso é canela com cravo da índia.
A Duquesa acenou.
— Qual o problema?
— Mulheres grávidas não devem tomar canela ou consumir nada com cravo da índia, pois são substâncias altamente abortivas, o bebê poderia ter morrido.
Sarah avaliou a amiga, torcendo para que ela dissese que era apenas uma brincadeira. Enquanto, sua mão corria para o seu ventre com medo do que poderia ter acontecido.
— Não, isso é impossível — disse Sarah em negação —, acha que ela fez de próposito?
— Ela seria bem capaz — respondeu Maya, seu rosto impassível.
O quarto de repente pareceu pequeno, a Duquesa limpou a garganta e o olhar da amiga a perfurou como se aguardasse uma decisão dela.
— Eu preciso me preparar para o baile — disse Sarah, optando por não lidar com aquele assunto naquele momento —, me ajude a me preparar.
Com o vestido azul e suas melhores joias, a Duquesa Sarah, desceu para o jantar. Naquela noite, a coroa em sua cabeça pesava mais do que tudo e ela sentiu pelo bebê em seu ventre, sua sogra realmente tinha tentado matar o próprio sangue? Antes de sair do quarto ela orientou Maya a descobrir o que o médico tinha contado para a sogra e fingiu seu melhor sorriso ao encontrar o marido na porta do salão. August usava suas vestimentas reais e como sempre ao olhar para ele foi como se apaixonar pela primeira vez, era sua calmaria em meio a tempestade.
Sarah sabia que com ele poderia ser vulnerável.
— O que está te inquietando essa noite? Diga-me e até metade do meu reino te darei se esse for o seu pedido — brincou ele beijando lentamente o rosto dela, sua mão deslizou pelo rosto dela com ternura e mesmo depois de uma ano de casamento ela corou.
— Tal como Esther — disse reconhecendo a resposta que o rei Assuero derá a sua rainha.
— Dúvido que a Rainha Esther fosse tão bonita quanta a minha esposa — respondeu roubando um pequeno beijo dela, que imediatamente o repreendeu envergonhada pelo olhar dos servos que aguardava as ordens para abrir a porta.
— Eu estou bem — tranquilizou Sarah —, hoje é o seu dia vamos apenas aproveitar.
August assentiu, mas ela o conhecia bem o suficiente para saber que ele voltaria naquele assunto. O salão estava organizado como as orientações da Duquesa Mãe, os convidados celebraram a vida de seu governante e todos queriam um minuto da atenção do Duque, a musica tocava alegremente e Sarah tinha dançado tanto que começava a sentir os sinais de cansaço, aproveitando um minuto da distração do marido caminhou em direção a mesa com aperitivos roubando alguns rapidamente, estava faminta.
— Que bonito — disse uma voz repreensiva, fazendo com que o coração de Sarah acelerasse, mas logo ela se acalmou ao notar que era apenas a irmã imitando a voz da Duquesa-Mãe.
— Quer me matar do coração?
Anne a abraçou ignorando todos os protocolos.
— Cadê o pequeno Thomas? — perguntou Sarah procurando o sobrinho por todo o salão.
— Dormindo — disse Anne com uma voz amorosa, quem diria que ela seria tão excelente mãe —, mas amanhã ela vai ser todo da tia.
— Bom mesmo e eu corro o risco de não devolver — brincou Sarah —, e Jasper?
— Acho que conversando sobre negócios, como sempre — disse Anne um pouco irritada.
— Algum problema?
— Ele consegue perceber uma oportunidade de negócio a milhas de distância, mas não consegue notar nada...
— Como seu amor por ele?
— É tão aparente assim? Será que eu estou esperando demais? — Anne perguntou apreensiva.
Sarah negou com a cabeça olhando para Jasper do outro lado do salão, a forma que ele olhava para a irmã caçula da Duquesa não negava que ao longo daquela estrada também tinha se apaixonado pela loira.
— Diga a ele sobre seus sentimentos.
— Quer que eu confesse? — perguntou Anne, encarando a irmã com um misto de emoções. — Perdeu a cabeça foi? Como uma mulher poderia confessar seus sentimentos, tudo bem que eu nunca fui uma puritana, mas ainda assim.
Sarah riu da sinceridade da irmã, pela primeira vez na noite aproveitando realmente o baile.
— Ambos estão casados perante os homens e Deus o que pode acontecer?
— Ele me recusar e eu passar os próximos cinquenta anos envergonhada?
— Ou pode passar os próximos cinquenta anos sendo muito bem amada, não deixe o medo te impedir de tomar decisões difíceis — aconselhou Sarah notando que aquilo também valia para ela, estava com tanto medo de enfrentar a sogra que aguentou todas as humilhações e armadilhas, mas aquilo precisava parar.
Anne a encarou, mas não disse mais nada. O resto da noite ocorreu bem e logo August e Sarah estavam a sós no aposento do Duque, o local onde normalmente passavam a noite.
— Obrigado por essa noite — agradeceu o marido beijando lentamente o pescoço dela que estava tenso de preocupação —, quer falar sobre o que tem a preocupado?
Sarah sabia o que precisava fazer, mas não iria pensar sobre aquilo essa noite.
— Eu tive um pequeno mal estar essa manhã — disse Sarah, permtindo que o marido a guiasse até a cama. De repente August retirou as mãos do vestido dela e a encarou com preocupação.
— Devo procurar um médico? — O Duque estava pronto para sair do quarto, mas ela o impediu.
— Não se preocupe — ela o acalmou — , estou bem. Na verdade perfeitamente bem e se não acredita em mim pode perguntar ao Doutor, mas é um mal estar que devo suportar por um tempo.
Seus olhos se estreitaram ao encarar a esposa sem entender.
— Como assim?
Sarah sorriu levando as mãos ao ventre.
— Estou grávida — ela pronunciou as palavras com um sorriso que alcançava seus olhos.
August a encarou em choque ao ponto dela se questionar se deveria procurar um médico para o marido, mas em seguida ela a puxou por um abraço.
— Meu Deus — ela a beijou alegremente — , sou o homem mais sortudo do mundo. Obrigado, obrigado meu amor.
Naquela noite, August e Sarah sonharam com aquela criança tão desejada, ambos compartilharam suas esperanças pelo futuro e oraram gratos ao Senhor por aquele presente, ninguém poderia dizer que aquela não era uma criança muito amada. Na manhã seguinte Sarah se levantou sem que o marido notasse, quando Maya confirmou suas suspeitas de que a sogra já sabia sobre a gravidez, a Duquesa não exibiu qualquer emoção.
— Chamem as servas — ordenou a Duquesa caminhando em direção aos quartos da Duquesa-Mãe.
Apesar de nunca ter entrado nos aposentados da sogra a jovem Duquesa sabia exatamente como chegar ao ambiente, a mãe de August ainda dormia.
— Não pode entrar aqui — disse a serva na frente da porta, a mesma que havia servido o chá no dia anterior.
— Se quer manter seu emprego não vai impedir minha passagem — respondeu Sarah — , eu entrarei nem que seja por cima da senhorita.
— O que está acontecendo aqui? — gritou a Duquesa-Mãe se levantando e abrindo a porta — , como ousa pertubumar meu sono?
— Arrumem as coisas da Duquesa-Mãe — ordenou Sarah aos servos que Maya tinha convocado, nada deve ficar no palácio.
— Não ousem — disse a mulher mais velha — , perdeu completamente a cabeça?
Sarah mordeu os lábios para manter sua calma, não suportaria mais aquela mulher, não quando a Duquesa colocava a vida do filho de Sarah em risco.
— A partir de agora a senhora vai permanecer no castelo do interior e apenas voltará a capital caso convocada.
— E quem vai me obrigar a isso?
— Eu vou — disse Sarah — , até tenho precedentes se me recordo bem a senhora fez o mesmo com a sua sogra. O que estão esperando eu dei uma ordem? Arrumem as coisas da Duquesa, ela vai partir ainda hoje para o interior do país.
A Duquesa-Mãe começou a rir.
— Isso não vai acontecer.
— Eu estou sendo compassiva com a senhora — disse Sarah — , pois a outra opção é bem pior.
— E qual seria?
— Eu exigir justiça por todos os crimes que a senhora cometou comigo — indicou a jovem Duquesa ao se aproximar da sogra, de maneira que apenas a senhora pudesse ouvir — , mas o pior contar ao seu filho o que a senhora tentou fazer ontem quando soube que eu carrego um herdeiro dele. Devo ir em frente?
— Não tem provas.
— Tenho a minha palavra e sabemos que isso basta para August? A senhora vai perder tudo e o pior o amor do seu filho, então eu pergunto devo insistir?
A Duquesa-Mãe pareceu engolir suas próprias palavras, mas deu espaço para que as servas entrassem no aposento.
— Que alvoroço é esse ? — perguntou August calmamente, assustando ambas as mulheres —Ouvi gritos de longe.
— Sua mãe vai partir para o interior — comunicou Sarah secamente, tentando manter o nervosismo escondido.
— August.. — disse a Duquesa-Mãe, mas em seguida deixou suas próprias palavras morrerem.
— Sarah? Isso é ideia sua?
— Sim — assentiu Sarah, decidida a não voltar atrás.
August encarou a esposa, mas qualquer que fosse seus pensamentos guardou para si mesmo.
— Tudo bem — finalmente disse — , não irei me intrometer nos assuntos da corte interna, talvez seja melhor, afinal seria terrível se outras coisas fossem ditas e a minha mãe não parece estar com a cabeça boa nos últimos tempos — ele concluiu encarando a mãe e Sarah se perguntou se o Duque sabia mais do que deixava transparecer.
— Não se preocupe — disse a Duquesa-Víuva com o que lhe restava de orgulho e dignidade — , eu também acho que é o melhor, estou ficando velha e cansada da vida na capital, o interior será ótimo.
— Que bom que estamos de acordo — respondeu Sarah.
A sogra levantou uma de suas sobrancelhas perfeitamente moldadas.
— Talvez eu tenha me enganado — disse para a nora — , não me parece uma Duquesa tão ruim hoje.
Sarah não soube dizer se a mulher estava sendo sincera ou sarcástica, mas uma coisa era certa iria proteger a criança em seu ventre, inclusive daqueles que deviam amar e proteger. Ninguém nunca tinha protegido ela de sua avó, mas ela definitavemente iria proteger os seus.
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RECADO:
Eu quero perdir desculpas a todos que acompanham essa história pela demora em atualizar, nos últimos meses acabei perdendo meus avôs e estava tentando voltar a rotina da vida. Obrigada pela paciência e espero que gostem e continuem acompanhando, na próxima semana farei o possível para ter atualização.
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