Capítulo 15

Saí do Lair com um sorriso enorme no rosto, era mais uma... digamos superação, eu estava voltando a ser o que era antes... antes da morte de Helena.
   Parei para pensar que raramente eu estava pensando nela, estava esquecendo-a, me critiquei mentalmente por isso, eu não podia esquecer a mulher que amei durante anos, a qual me deu o meu maior presente... Eu não devia esquecê-la!
   Bastou isso, essa critica mental, achar que eu estava fazendo tudo errado para meu astral voltar a ser baixo. Por que a alegria dura tão pouco?  Mas que droga! 

   Peguei o ônibus sem nenhum lugar vago, me segurei ao ferro e observei as árvores, as pessoas, os carros passarem como flash do lado de fora, eu pensei o por que aquelas pessoas estavam alí e se elas estavam gostando do tal lugar, com certeza muitas estavam indo trabalhar num lugar qual não gostavam e odiavam seus chefes, outras, talvez, estavam vindo de outra cidade, ansiosos para ver um parente saudoso. Eu não sei... há tantas pessoas diferentes de nós que não é impossível criar teorias sobre o que cada um está pensando ou fazendo , eu desejava saber. Seria uma loucura, muitas delas estariam pensando coisas que eu nem imaginava...

    Não demorou muito para mim chegar em casa, fiquei feliz novamente, quase obrigado por ter que contar a novidade para a família.

- E aí Ben? -Vina disse chegando em casa segundos depois de mim.

- Professor Benjamin, por favor. -revelei brincando.

- E tá tirando onda! O que que tá pegando? -perguntou rindo.

- Voltarei a dar aula, já estava na hora, não? -ri.

- Ah é isso aí, meu irmão! -disse sorrindo e me abraçou. -Eu sabia que você voltaria a ativa! -comemorou.

- Foi isso mesmo que eu ouvi ?-minha mãe entrou na sala.

- É isso aí dona Susana, o Benjamin aqui voltou a ser um professor de verdade. -Vina respondeu e bagunçou meu cabelo.

- Assim você acaba comigo , né?  Eu sempre fui um professor de verdade. -o repreendi. -Mas sim, mãe, eu arrumei uma vaga em um colégio de ensino médio. -informei feliz. Já não era mais uma obrigação.

- Ai que bom, Ben! -se aproximou e me abraçou. -Isso é maravilhoso. -riu.

- É isso, aí, eu começo na semana que vem.

- E onde é?

  E aí nós sentamos ao sofá, papeamos sobre a novidade, demos risadas, foi uma farra... A consequência foi deixar Laura dez minutos a mais na creche do que ela ficaria.
   Minha mãe saiu as pressas enquanto Vina ficou  rindo do surto da mesma , eu não achei graça alguma, até porque se tratava da minha filha, então liguei para a a diretoria da  creche avisando o ocorrido.
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    Laura chegou chorando e aparentemente cansada, mas quando me viu, só chorou mais um pouco para conseguir chegar até a mim.

- Oh meu amor, não chora. -a peguei no colo.

- Papai! -felicitou-se.

- Acho que você precisa de um banho. -ri fazendo cócegas em sua barriga gorda.
   Pra variar, ela fez a maior farra no banho, molhou todo o banheiro e não me livrou dessa, mas logo ela adormeceu, eu acabei caindo no sono ao seu lado, fora um dia legal, eu sabia que não tinha acabado ainda, mas o cansaço me venceu.

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