Capítulo 1.7
CHLOE ESTAVA deitada em sua cama recém feita.
Seus cabelos molhados estavam envoltos em uma toalha rosa com detalhes floridos. A menina agradecia por nenhum de seus colegas de classe conseguir vê-la nesse estado.
Ela se levanta e caminha lentamente pela cozinha a procura de algo dentro de um dos armários.
Inesperadamente um breve calafrio atinge seu corpo.
A garota corre o olhar por todos os lados.
Não havia nada ali.
Ela apenas retira uma vasilha do fundo de uma das gavetas e volta o seu foco para buscar comida.
Tentando manter a cabeça no lugar para evitar um surto maior, Chloe retorna para seu quarto e tranca a porta pelo lado de dentro.
Com um salto ela se deita novamente na sua cama.
“Onde foi que eu coloquei?” perguntou para si mesmo ao perceber o desaparecimento de algo importante.
A menina procura o objeto desaparecido por toda a extensão do seu quarto, mas não consegue encontrar.
“Só pode ser brincadeira” resmunga levando uma das mãos ao rosto.
Decidida a ligar a televisão pela maneira mais chata, Chloe desiste de sua busca pelo controle remoto desaparecido.
Enquanto trocava os canais por meio de um pequeno botão na parte inferior do aparelho, a menina pôde jurar que viu de relance uma sombra pequena caminhar as suas costas.
Chloe se vira rapidamente, sua respiração começou a ficar pesada.
“Por favor, de novo não” sussurrou.
A voz na televisão começou a falar. Chloe não se lembrava de ter aumentado o volume tanto assim.
A menina continuou a caminhar, seus pés descalços causavam eco.
“Mãe?” chamou.
Ninguém respondeu.
“Pai?” chamou novamente.
Nenhuma resposta.
Chloe parou de frente para a porta de seu armário que estava levemente aberto.
A menina engoliu em seco. Seu armário estava fechado quando ela saiu do quarto para buscar comida.
A respiração de Chloe começou a vacilar, seu corpo começou a soar e suas mãos agora tremiam descontroladamente.
Lentamente a garota ergueu a mão direita em direção a maçaneta de seu armário.
Restava apenas alguns centímetros quando um barulho alto ecoou pelo silencioso quarto.
O telefone do lado de sua cama começou a tocar. Chloe correu na direção da origem do barulho e o atendeu.
“Ei, Chloe” disse a voz de Nathan do outro lado da ligação.
A menina tentou não demonstrar o pavor que estava sentindo. Ela ainda mantinha os olhos vidrados na porta imóvel de seu armário.
“Nathan?”.
“Ah... você está legal? Liguei em má hora?” perguntou o garoto.
“Não!” se apressou a dizer Chloe.
“Espera aí, você não está legal?” perguntou confuso.
“Não foi isso que eu quis dizer” explicou a menina.
“Então essa é uma má hora?”.
“Nathan, cala a boca!” gritou Chloe.
O silêncio se prolongou.
“Foi mal” se desculpou a garota.
“Você está muito longe daqui?” perguntou.
Nathan demorou para responder.
“Nathan?” insistiu a menina.
“Não, não estou não” respondeu com um tom de voz levemente magoado.
“Eu já pedi desculpa!” gritou a menina com raiva.
“Tá legal, tá legal” disse o rapaz.
“Por que a pergunta?” questionou o menino.
Chloe lançou mais um olhar nervoso na direção do armário que continuava sem nenhum rastro de qualquer anomalia.
“Você pode vir aqui, por favor?” perguntou.
“Bem... acho que sim” concordou Nathan.
Chloe respira fundo e abraça o telefone.
“Obrigada” agradeceu.
“Mas espera, o que foi que aconte- “
Chloe desliga o telefone e dispara na direção da porta de seu quarto.
Com a maior rapidez que conseguiu a menina a destranca e dispara energicamente na direção do lado de fora de sua casa.
“Por favor... vem logo” pediu mentalmente.
Quando criança vocês já tiveram a incômoda sensação de que algo estava dentro de seu armário ou de baixo de sua cama?
Sinto em informar que é possível não se tratar apenas...
de um delírio fantasioso de uma mente criativa e assustada.
O tempo continua a passar e as manifestações na vida de Chloe se tornam cada vez mais físicas.
03 Dias
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