Capítulo 09
🥀𝙼𝚎𝚍𝚘 𝚎 𝚃𝚛𝚊𝚞𝚖𝚊𝚜
Acordar para mim não fora uma das ideias brilhantes, e para ajudar nem do hospital eu queria sair, porém agora olhando para o retrovisor do carro eu sabia bem que era hoje que minha vida inteira ia para os ares, e que eu nem sabia como lidaria com isso. Engoli em seco quando meu pai abriu a porta para mim descer em frente a nossa casa, eu estava tão tenso, o meu telefone tocou me fazendo dar um pulinho de susto.
— Seoho, você está bem?
— ah, sim estou sim.
Tentei disfarçar e vi o nome de Dongmyeong na tela, respirei fundo atendendo.
— bom dia myeong.
— garoto? Cadê tu?
— eu não vou a escola hoje. Acabei de chegar do hospital.
— hospital? Como assim Seoho?
— eu tive uma crise de asma ontem, na metade do caminho pra casa e meu pai me viu antes do pior.
— por Deus, que bom saber que está vivo.
— é, não sei até quando. Mas por quanto estou vivo.
— não diga uma bobagem dessa Seoho. Vai acabar tudo bem. Não vai acontecer nada.
— sabe que eu queria acreditar nisso né. Eles vieram para cima de vocês?
Conferi para ver se meu pai não estava escutando a nossa conversa, olhei para os lado e assim voltei a conversar.
— olha, eles ainda não vieram, mas bem capaz de eles virem falar que você está fugindo ali no horário do intervalo.
— bom, que eles continuem achando que eu vou fugir. Por que eu estou projetando essa ideia.
— se acalma, vai acabar tudo bem. Vamos ter fé nisso.
— valeu Ju, eu vou tentar.
Suspirei e desliguei a chamada me atirando na minha cama, eu logo me lembro do colar que eu achei e fiquei a olhar aquela pedra brilhante, com o reflexo do pequeno e fraco sol. Era uma pedra diferente e parecia ser mágica, acabei rindo de mim mesmo ao pensar nisso. Nem tanto não existia magia ou qualquer coisa que ligava a um mundo sobrenatural. Mas, por um lado, parecia ser bem estranha aquela pedra, que mesmo com a pouca iluminação do sol ela brilhava como nunca.
— Seoho! Estou indo pro trabalho, vai querer carona para a cafeteria?
— sim! Espera só um minuto!
Me ergo da cama e corri para pegar meu uniforme o colocando sobre a mochila, assim que estava com tudo pronto eu desci as escadas colocando sobre meu pescoço o colar que eu havia encontrado.
— bonito esse colar.
— eu achei também. Estava perdido na calçada. Achei ontem ele.
— nossa, se tem sorte em. Jóias de prata não é fácil de encontrar, ainda mais envelhecida.
— você tem razão. Acho que o destino queria me presentear ontem.
Sorri bobo em dizer aquilo, porém me veio um frio na barriga inexplicável, eu não havia entendido sobre aquilo, mas era melhor ficar quieto e não comentar com meu pai. Seguimos o caminho em silêncio, talvez por que eu havia adormecido sobre o vidro do carro, meu corpo ainda estava reagindo fraco aos medicamentos e mostrava estar bem cansado. Coisa que e nem sei como explicar, já que era a primeira vez que sentia tudo aquilo. Logo estávamos em frente a cafeteria, desci do carro me despedindo do meu pai, e assim entrando logo na cafeteria.
— Seoho? Está cedo hoje? Não foi a escola?
— bom dia senhor Jin, e sim. Eu vim mais cedo , e não, eu não fui a escola, porque eu acabei saindo um pouco tarde do hospital.
— hospital? Como assim menino?
— eu ontem a tarde na volta para casa acabei tendo uma crise de asma. E meu pai estava voltando quando me pegou na metade do caminho e me levou para o hospital.
— misericórdia. Hoje você vai devagar nas coisas. Jisung, evite dar coisas pesadas a ele. Acabou de voltar do hospital.
— pode deixar senhor Jin, eu vou cuidar bem dele.
— obrigada Jisung.
Acabei rindo, e começando o meu trabalho com o jovem moreno. A gente trocava alguns assuntos durante o que fazíamos, porém nenhum deles me perguntou sobre o que tinha causado o meu ataque de asma. Quem sabe porque eles eram mais resguardados e não era. De comentar sobre fofoca alheia. E isso pra mim era bom, por que eu evitava falar do que poderia acontecer comigo as dez da noite. Na hora do meu almoço, senhor Jin fez questão de fazer uma canja para mim, mesmo que dizendo que estava tudo bem e não estava doente o mais velho negou e fez a canja para mim comer. Eu mandei algumas mensagens para os meninos e ambos me responderam que vieram atrás de mim e que era para mim aparecer lá, se não era eles que iriam pagar caro.
Claro que eu sei que ele vai ainda fazer mal aos meninos, mas não agora, eu precisava me mandar firme e salvar eles. O que poderia vir depois já estava sendo outra história. Nem tanto não vai ser nada fácil para mim andar na rua e saber que eu não era mais puro. Só em pensar que, me olharia com nojo de minha existência. Parecia que tudo que eu estava comendo já para fora. Porém eu me mantive consciente, e que não era para mim pensar naquilo. Tentei então apenas ficar em meu emprego durante aquele restante do dia.
E para ajudar o tempo foi tão gracioso que as horas do dia acabaram rapidamente, parecia que quanto mais a minha linda mente dizia para não adiantar as coisas mais o relógio dizia. Vamos, não tem problema. É só um estrupo. Respirei fundo pegando minhas coisas e sai para voltar para casa, eu fui tão rápido que nem em frente a maldita casa, nem sei porquê eu estava amaldiçoado a pobre casa, mas era melhor eu praguejar o local, do que sorrir alegremente sabendo que as horas estavam cooperando com eles.
Chegando em casa eu me atirei na cama me abraçando no travesseiro. Minha respiração acelerada, eu tentava conter um ataque de pânico antes do momento. Eu não conseguia nem se quer respirar, suspirei e peguei a minha bombinha e fui inalando para ver se eu me acalmava. Meu celular deu um bip mostrando ser uma mensagem, e para ajudar era meu pai dizendo que dessa vez ele iria demorar para voltar, porque mais uma pessoa fora morta essa tarde. E eu pelo visto seria o próximo da lista.
Assim que estava batendo as dez da noite, lá estava eu, no meio do nada esperando aquele pervetido vir, o que achei que seria uma ótimo que ele não viesse, mas como desejo de pobre dura pouco, ou as vezes nunca realiza, ele se aproximou de mim com um sorriso sacana no rosto, aquilo me deu um nojo.
— não fique pensando que eu vou transar com você. Que eu não vou seu besta.
— Seoho, Seoho. Nunca deves negar pra mim. Eu vou te comer nem que precise te drogar.
— seu nojento. Você é pior que um monstro .
— oh, bebê vai chorar é? Aqui seus pais não vão lhe defender. Pode chorar a vontade.
Agarrou minha mão e começou a me puxar para a casa, eu comecei a negar, me debater para me soltar. Eu não ia me render assim, minha vida estava em jogo, e aquilo que eu mais prestava não seria um verme como ele que tiraria de mim. Assim que consegui me soltar, eu entrei na casa e fechei a porta na cara dele. O mesmo gritava e batia com força para tentar arrombar ela, enquanto eu tentava com as minhas forças segurar a porta.
Mas como eu, do corpo mirrado que tenho, vou assegurar uma tora daquelas. Ele conseguiu abrir me jogando no chão, mal prestei atenção em como era o ambiente, me esfregava sobre o assoalho de madeira antigo com as lágrimas escorrendo. Ele tinha o sorriso mais diabólico no olhar, se jogou pra cima de mim mesmo eu me debatendo.
— para de se mexer seu merda.
— me larga! Verme! Nojento!
Tentei me defender, dando tapas e chutes, me mexendo freneticamente, mas uma dor aguda paralisou meu corpo, ele havia disferido um soco no meu rosto. Aquela dor me fez entrar em desespero por dentro, mas ficar em choque por fora, ele ria e começou a rasgar minhas calcas, ele jogou meu telefone longe. Novamente tentei me debater, não ia deixar aquilo acontecer. Com rosto doendo, com o pânico no olhar, as lágrimas pesadas caindo e os gritos roucos que eu dava tornava aquele momento o maior terror da minha vida.
Levei mais um soco no rosto onde cuspi sangue, e levei um na boca do meu estômago, onde me fez tossir de falta de ar, ele tampou minha boca assim que eu estava sem minhas vestes íntima. O choro do desespero e o medo da dor que eu iria sentir com a invasão dele na minha intimidade me fez pairar na mente. Me deixando anestesiado para aquele momento.
Mas algo mais do que estranho aconteceu. Eu não saberia explicar, no segundo que eu estava no chão chorando esperando o meu fim determinado, estava agora completamente assustado vendo uma cena assustadora após um clarão quase me cegar.
O brilho de luz como se um farol de carro claria-se toda a casa veio de nosso meio, fazendo eu tampar minha visão e ele se erguer de cima de mim. Assim que eu comecei a ouvir gritos, gritos de dor e medo fiquei completamente confuso. E com mais medo de abrir os olhos. Mas eu sou um jovem destemido do perigo, abri meus olhos lentamente, ainda estava sobre o chão, mas o que eu via era tenebroso. Cinco pares de olhos vermelhos cor de sangue, brilhando sobre a escuridão. Aquela casa que antes estava vazia agora se encontrava com todos aquele olhos me olhando.
Me ergo do chão sem pensar duas vezes, nem queria saber que eu estava apenas com um moletom tampando minha intimidade, eu queria fugir dali. Quando me mexi para sair alguma coisa me segurou pelo punho e me jogou contra a parede da casa, que mesmo velha não havia quebrado com aquele choque. Mas eu acho que quebrei algum osso, a dor estava horrível. Quando vi o que tinha me segurado, não era um ser comum, tinha presas, presas estranhas e pontudas. Essas que me fizeram gritar de dor quando senti na minha pele perfurar.
Estava perdendo a consciência, parecia que me deixava anestesiado, e toda a dor que eu sentia dês dos socos até a jogada contra a parede estavam sumindo me deixando apenas com um sono pesado.
— Leedo, para. Você vai matar ele.
Ouvi alguém gritar um nome, quem era eu não sei, minha visão começou a ficar escura e logo tudo na volta simplesmente sumiu.
Naquele momento a minha mente estava pairando, eu olhava para tudo que estava acontecendo atordoado. A casa, aqueles dois jovens, o medo e desespero do menor com cabelos em tons laranja e o cheiro suave de sangue que rondava o ambiente me deixou confuso. No segundo que eu estava me organizando para a coroação do novo rei vampiro estava eu agora numa realidade completamente diferente do que vivia. As vestes dos jovens eram estranhas e aquela cena nojenta.
Mas o que me intrigou fora a sede comunal que atacou a mim e meus amigos ali presente, Hwanwoong sem pensar duas vezes pegou o jovem seminu de cima do menor e começou a morde o garoto que berrava, era até irritante. Quando meus olhos foram em direção do jovem menor, me senti estranho. Ele era diferente e tão atraente, seu corpo parecia um leite, um verdadeiro lírio branco manchado de sangue. Ele tentou fugir o que era óbvio que daria errado. Leedo, sem muito mover de seus poderes, se tele-transportou em direção do menor e o puxou com tudo para a parede, eu cheguei a sentir a dor dele quando seu corpo delicado bateu contra a o objeto frio.
Mas algo a mais me apertou, parecia que ver ele gritar me trazia angústia, o desespero na voz suave dele que se debatia dos dentes de Leedo me causaram um certo desconforto com aquilo. Como se nós dois estivéssemos entre ligados como amantes destinados a amar.
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