Capítulo 10

Depois de ter todos os seus nomes no caderninho, Elizabeth se sentia enfadada sem nada para fazer, com certeza ela iria fazer um passei naquele lugar misterioso, levantou da pedra e caminhou até a porta de saída mas deu de cara com um homem engraçado, ele tinha enormes bigodes rolados na ponta, usava uma cartola castanho escuro, uma bengala da mesma cor, ele trazia na mão uma mala, só podia ser o mágico que a senhora Lyna e Leolino falava
- olá senhorita de cabelos de fogo!- o mágico tirou sua cartola abaixando a cabeça com todo cavalheirismo

- não és o mágico?- Elizabeth perguntou com um sorriso no rosto

- sim, me chame de Cartolante é o que os meus amigos me chamem- o mágico tinha um semblante calmo, sério e feliz

- eu sou Elizabeth Angeline, cheguei hoje...desde já, qual é o nome deste lugar?- Elizabeth perguntou olhando pelos cantos meio perdida, ela não sabia onde ir

- aqui é o Fabuloso Mundo, o teu fabuloso mundo!- o mágico exclamou tirando uma rosa da sua cartola, Elizabeth agradeçeu e aceitou a rosa, o mágico Cartolante entrou no quintal abrindo logo sua mala, era uma mala mágica, tinha várias coisas dentro que nem poderiam caber numa mala no mundo da Elizabeth, tinha doces, laços, balões, um bolo enorme, um conjunto de chavenas de louça, uma chaleira e entre outros.

- até que enfim mágico, as nossas crianças estão esgotadas de tanto esperar!- exclamou a dona Porka

- eu estava treinando, porque não quero que aconteça o mesmo de ontem- o Cartolante disse tirando sua cartola e o sacudindo

- o que aconteceu ontem?- Elizabeth perguntou ao leolino observando uma cadeira miniatura do mágico

- nem quero lembrar...catastrofe- leolino respondeu com a mão na testa , o Cartolante mágico  mandou o Flaviolino e leolino colocar uma mesa na sua frente a onde a mágia iria aconteçer, todas as crianças sentaram nas pedras, Elizabeth sentou em uma que ficava bem longe e de repente a pedra começou a movimentar-se para perto das outras crianças

- esta pedra anda, que coisa!- Elizabeth exclamou, o Cartolante pediu atenção de todos, ele tirou sua cartola e de dentro saiu um coelho branco com uma fita azul no pescoço, era o mesmo que Elizabeth tinha visto quando chegou, o Cartolante mandou o coelho atravessar uma toalha branca, e assim ele fez e desapareceu.
Depois de alguns minutos vendo a mágia, Elizabeth sentiu muito sono, mas onde ela iria dormir? A senhora Porka lhe viu esfregando os olhos e foi até ela

- Elizabeth, estás cheio de sono, precisas de uma cama aconchegante- senhora Porka pegou na mão da Elizabeth e a levou ate uma pequena casa, era a casa da família com nariz de porco
- aqui vais ficar quentinha e confortavel- a dona Porka cobriu-lhe com o cobertor e lhe deu um beijo no rosto, Elizabeth lembrou da sua mãe e bateu uma forte saudades da Beth, ela fechou os olhos e adormeçeu.

No dia seguinte Elizabeth acordou no quarto que costumava dormir, ela levantou a cabeça da almofada e esfregou os olhos
- ontem eu tive um sonho estranho!- Exclamou colocando os pés no chão, Margot tinha a deixado o café da manhã em cima do comodo e um casaco quente, o inverno tinha chegado, triste era ver os judeus vestidos apenas uma roupa leve no corpo e sendo escravisados sem menos terem feito nada.
Quando Elizabethe tirou o cobertor de cobrir de cima de cama, ela encontrou o caderninho de mão que tinha pegado do senhor Leolino, então ela viu que não era um sonho, mas sim, ela estive no Fabuloso Mundo cheio de criaturas mágicas e peculiares, ela sorriu e guardou o caderninho no comodo

- bom dia Elizabeth! Como dormis-te?- Margot perguntou a ajudando a arrumar a cama

- dormi muito bem, ontem eu fui...- Elizabeth viu que ninguem iria acreditar nela, mas talvez a Anelisse poderia acreditar no Fabuloso Mundo

- foste a onde?- Margot perguntou

- fui dar uma volta no corredor, eu me sentia muito sozinha aqui- Elizabeth respondeu tirando a parte do Fabuloso Mundo, as cores e a magia
Depois do café da manhã, Elizabeth saiu na rua para se encontrar com a Analisse, ela estava empolgada para contar o que viu ontem e o que comeu de bom que nunca tinha comido

- bom dia Elizabeth!- Anelisse exclamou com um sorriso no rosto

- te trouxe um pedaço do meu pão com doce de abóbora- Elizabeth embrulhou o pão de uma forma que conseguiria lhe enviar o pão através das grades, mas não funcionou, ela tomou força e arremessou o pão bem longe com força

- peguei! Obrigada, a um ano que não comia pão com doce de abóbora!- Anelisse exclamou com um sorriso de iluminar o dia

- tenho algo muito muito louco para te contar, eu não sei se vais acreditar, mas eu tenho a certeza que não foi um sonho- Elizabeth disse com os olhos arregalados e empolgada

- podes contar, eu acredito em ti- Anelisse disse com boca cheia

- ontem no meio da noite, eu vi uma luz vindo de uma pequena porta, eu o abri e vi várias cores e figuras deslumbrante flutuando, entrei e persegui as luzes, elas entraram numa possa de água, eu toquei a água e dei três cambalhotas flutuando em algo entranho...cheguei num mundo estranho, onde as pessoas são peculiares e estranhas- Elizabeth deu uma pausa

- contaste isto para algum adulto?- Anelisse perguntou boquiaberta

- claro que não, eles nunca iriam acreditar, eu poderia estar num manicómio neste momento!- Elizabeth exclamou, depois dela ter contado tudo Anelisse ficou com muita curiosidade de conhecer o Fabuloso Mundo

- um dia quando a guerra acabar vais morar comigo, assim poderemos saltar a corda juntas e comer doces a noite, escondidas da minha mãe!- Elizabeth exclamou e Anelisse deu gargalhada

- será que seus pais vão deixar?- Anelisse perguntou triste

- é claro que vão, os meus pais são os melhores pais do mundo, nós acabamos aqui porque meus pais esconderam uma família de judeus em casa, quase que morremos como os judeus que foram baleados na porta da nossa casa- Elizabeth respondeu com um semblante sério

- eu sinto muito- Anelisse abaixou o rosto- hoje vais voltar ao Fabuloso Mundo?- perguntou

- claro, com muito cuidado eu voltarei para ver os meus novos amigos, principalmente o Cartolante mágico!- Elizabeth exclamou levantando do chão

- ótimo, vê se consegues me trazer alguma torta, agora tenho de ir!- Anelisse se despediu e voltou ao trabalho junto dos outros judeus, Elizabeth dobrou a toalha branca, colocou no bolso do seu vestido e voltou a casa

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