1.1 ||𝙏𝙝𝙚 𝙋𝙞𝙣𝙠 𝙋𝙖𝙡𝙖𝙘𝙚
[𝙊 𝙥𝙖𝙡𝙖𝙘𝙞𝙤 𝙘𝙤𝙧 𝙙𝙚 𝙧𝙤𝙨𝙖]
"Abra a porta para o mundo secreto
Os ratos te mostrarão o caminho, seja discreto
Não tente, não tente fugir
Aproveite enquanto pode até seus olhos ela pedir"
Mason's Pov
O Palácio Cor de Rosa foi deixado para para mim como herança. Decidi me mudar para lá e continuar o legado da minha família, que começou com a minha avó, ela se mudou para lá ainda criança e me contava histórias assustadoras sobre uma pequena porta que havia por lá.
Assim que pego a última caixa de dentro do carro entro na casa, sentindo um "ar" pesado e misterioso dentro dela. Bobagem. As histórias que minha avó contou não são verdadeiras, não tenho que me preocupar. Passo algumas horas desempacotando as minhas coisas e arrumando a casa, que por sinal estava uma bagunça e empoeirada. Aproveito para limpar a casa e torná-la mais confortável para minha estadia.
A casa era realmente muito grande e rosa, fazendo jus ao próprio nome, decido sair para dar uma volta e ver o que tem pela vizinhança. Do nada começo a sentir um frio na minha barriga e minha nuca se arrepia na hora.
-- Acho bom parar de me seguir. - aviso para seja lá quem que esteja atrás de mim
-- Não estava te seguindo, só observando. - disse o rapaz me fazendo virar para ele -- Sou o Peter, Peter Lovat. - diz me estendendo a mão quando um gato preto pula em cima do seu ombro.
-- Sou Mason - digo apertando a mão do rapaz. -- O gato é seu?
-- Não, é um gato selvagem.
-- Não me parece. - indago observando a mordomia do gato preto.
-- Ele só gosta de carinho. Bem, de ratos mortos também. - acarencia a cabeça do gato -- Você é novo aqui, certo?
-- Sim, minha mãe morava aqui.
-- Oh! Sua mãe era Cora? A senhorita Cora Jones?
-- Sim. Minha avó também morava aqui.
-- Caroline deixava esse lugar com vida quando morava aqui. - disse sorrindo -- Ela e Cora eram a alma desse lugar.
-- Coraline" - digo corrigindo o rapaz fazendo questão de dar ênfase no "Co".
-- Já conheceu seus vizinhos?
-- Não, acabei de chegar.
-- Oh, você vai amar as senhoritas Spink e Forcible. Só tome cuidado com a doida da Bobinsky, puxou a loucura da família.
-- Não seria melhor chamá-la de excêntrica?
-- Tanto faz. - dá de ombros fazendo com que o gato pulasse de lá. -- Venha, vou te apresentar a elas .
Caminhamos até a lateral do Palácio Cor de Rosa onde me parecia ser uma entrada para uma espécie de porão. Realmente a casa era muito grande. Peter desce as escadas em quase um pulo e resolve bater na porta.
-- Você irá amá-las - disse Peter entusiasmado.
Uma jovem com mais ou menos a minha idade abriu a porta me deixando confuso e um pouco envergonhado por pensar que ela era quase uma senhora.
-- Peter, querido. Como vai? - perguntou a garota de cabelos loiros escuros. -- Você deve ser o novo morador - recai o seu olhar sob mim. -- Podem entrar - um sorriso se estampou em seu rosto para nós dois.
-- Meu avô não gosta que eu entre no Palácio, senhorita Forcible. - disse Peter enquanto colocava a mão na própria nuca. -- Podemos nos encontrar depois.
-- Peter, já te disse que eu não tenho sessenta anos. Por favor, pela milésima vez, me chame de Darah - abriu um sorriso de lado enquanto falava com Peter.
-- Desculpe Senhorita Forcible. - sorri tímido.
-- Você não vai entrar? - pergunta para mim e eu balanço a cabeça dizendo que sim. – Nos encontramos depois, Peter - diz sugestiva antes de fechar a porta.
– Alex, temos visita. - grita a garota – Gostaria de um chá? Pegue um CHÁ para ele Alex, por favor. - fala esbaforida sem me dar tempo de respondê-la. – Gostaria de caramelos com mais de cem anos, querido? - dessa vez me pergunta e aguarda uma resposta.
– Não, obrigada
Então outra garota aparece na sala, suponho que essa seja a Alex. A menina loira de cabelos mais claros me entrega a xícara de chá , ela e Darah me parecem ser irmãs.
– Beba o chá, mas não beba tudo. - se senta no sofá jogando as pernas em cima da mesa de centro. – Gosto de ler a borra do chá.
– Alex, tire os pés daí. - Darah franze o cenho. – Já te disse para parar com isso - Alex revira os olhos mas obedece Darah.
– Você consegue ser mais irritante do que qualquer um da minha família - Alex disse.
– Meu bem, não nos disse seu nome. - pergunta Darah.
– Mason Jones.
– Oh, neto de Caroline Jones. Sua avó era uma graça. Como ela está?
Por que todos insistem em errar o nome dela?
– Ela está bem.
–Isso é uma boa notícia.
– Então vocês não são irmãs? - pergunto.
– Não, bobinho - diz Darah como se fosse óbvio.
– Somos melhores amigas. Spink e Forcible - Alex aponta para um quadro enquanto diz isso.
– Essas não são vocês, ou são? - pergunto confuso após não reconhecê-las na pintura.
– Não - diz Darah. –Essas são as nossas avós. Ótimas artistas.
– "Darei minha vida ao teatro" - Alex cita a frase dita pelas avós. – O chá.
– Certo - termino de beber o líquido e entrego para ela minha xícara.
– Oh, Mason. Mason, Mason, Mason. - Alex me parece assustada enquanto analisa a borra do chá. – Você está correndo um grande perigo. Vejo uma mão estranha. - diz olhando para a xícara.
– Eu vejo uma girafa. - diz Darah bisbilhotando a xícara. – Adoro girafas.
– Perigo. - insiste Alex.
– Girafa.
– Perigo.
– Girafa.
– Perigo.
Alex e Darah começaram a discutir sobre a borra e não me parecia que iriam parar tão cedo. Me levanto da mesa e me despeço delas, mas elas continuaram discutindo sem mesmo prestar atenção no que eu dizia.
Vou para minha casa e me deparo com correspondências no meu tapete. Pego todas e vejo que uma daquelas cartas não eram minhas.
"Bobinsky" leio o nome do destinatário.
Me lembro do que Peter me disse e acho melhor entregar logo a correspondência para ela, antes que ficasse furiosa comigo. Subo as escadas e dou três batidas na porta.
– Senhorita Bobinsky? - chamo por ela, mas nada acontece. Ninguém responde. Insisto em bater na porta e ela se abre. – Senhorita Bobinsky? - chamo por ela, mas ela não devia estar em casa.
Entro no local e deixo a carta sobre a mesa. O local era completamente desorganizado, cheio de camundongos e panos soltos pela casa, também havia uma galinha por lá. Resolvo sair de lá antes que eu fique com problemas. Quando eu me viro para sair uma mulher com cabelos ruivos me observava enquanto se encostava na porta.
– Quem é você? - me questiona
– Mason Jones. Sua correspondência parou por engano na minha casa e eu vim devolver.
– Onde está?Você pode sair daqui? Meu circo ainda não está pronto, os camundongos saltadores ainda estão treinando - falou enquanto pegava a carta e me empurrava para fora de casa.
– Desculpe-me. Eu não sabia - observo-a enquanto ela abre a carta.
– Semana que vem chegam novas amostras de queijo - disse entusiasmada. – Cheryl Bobinsky" diz estendendo a mão para me cumprimentar – Agora me de licença, irei treinar os meus muskas - disse entrando em casa e fechando a porta.
Desço as escadas e caminho em direção à minha porta quando eu ouço Cheryl me gritar esbaforida.
– Mason. - gritou a mulher. – Eles me disseram para você nunca passar pela portinha.
– O que? Quem disse?
– Os camundongos. - disse sorrindo.
– Os camundongos? Certo - digo confuso e sigo para minha casa.
Preparo um café pois fazia frio e me sento na cadeira para observar os quadros enquanto tomava o líquido quente. Um quadro de um menino triste com o sorvete derramado no chão me chamou atenção, talvez houvesse um motivo para ele ser infeliz. Abro as minhas cartas e reparo em um pacote que estava em cima da minha mesa. Abro-o e vejo um boneco com olhos de botões igual a mim, retiro ele de dentro da caixa e o coloco sob a mesa. Percebo que há um bilhete na caixa e pego para ler.
"Oi Mason. Achei esse boneco nas coisas do meu avô e achei igual a você. Coincidência, não é? Fique com ele. É um presente. - Peter Lovat."
Estranho. Por que o boneco se parece tanto comigo?
Irei responder todos que comentarem com muito carinho. Se você é um leitor fantasma deixe seu voto para eu saber se gostou.
Gentileza gera gentileza. Até a próxima.
"Andamos juntos. Morremos juntos. Bad boys para sempre" S2
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