15. disagreements

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Nova Orleans

Angel movia sua cabeça em movimentos rápidos de um lado para o outro, ao mesmo que a música soava de forma animada através do radio do carro. Todos estavam partindo, mas seguiam estradas para rumos diferentes. Jasper olhava com frequência para trás, apenas para ver uma grande cabeleira ruiva mover-se de forma descontinua e engraçada.

There was a time

I used to look into my father's eyes

In a happy home

Angel teve de parar brevemente apenas para recuperar o fôlego, ao mesmo que Alice se virou e a lançou um olhar repreendedor. Eles seguiam rumo ao aeroporto, partiriam para Nova Orleans no próximo voo das dezesseis horas. Por algum motivo, Angel sempre quis conhecer o lugar e esta partida lhe soou como a perfeito oportunidade, e claro, Jasper e Alice jamais a negariam qualquer coisa.

Rosalie e Emmett seguiam rumo a Africa, retomando os planos interrompidos para o aniversário da pobre garota Swan. Edward partira sem deixar rastros, sumiu no primeiro voo para que não desistisse, deixando uma Bella desprotegida e quebrada para trás. Angel sentiu pena, protestou para que ficassem, mesmo que tivesse que enfrentar seus desqueridos colegas de escola, apenas para que Bella não ficasse só. Não adiantou, era claro. Carlisle e Esme partiram para o Alasca, para passar um tempo com o resto de sua família.

– Angel, pare de ficar fazendo isso. – repreendeu Alice, ao ve-la balançar a cabeça para frente e para trás. – Você sofreu trinta lesões diferentes no crânio, me deixe ter um minuto de sossego, por favor. – suplicou Alice, enquanto Angel gargalhou com o pedido.

Angel pulou para o banco da frente, aconchegando-se no colo de Alice, fazendo carinho para tranquiliza-la. A vampira enfiou o rosto em seu pescoço por alguns segundos apenas para sentir o seu cheiro mais de perto e então levantou o rosto apenas para roubar seus lábios em um beijo. O beijo foi diferente, ao mesmo que aquele estranho frio na barriga surgiu na Bruxa.

– Ali... – resmungou, ouvindo a vampira suspirar diante da fala. Jasper estava quieto, ainda não havia superado o que aconteceu. Ele se culpava por ter estragado tudo, pois sabia que se conseguisse se controlar como todos, Edward não precisaria viver a eternidade sozinho.

Angel virou o rosto para o lado, apenas para admirar o rosto de Jasper, inclinando-se e o roubando um beijo. Jasper levou uma mão a cintura da garota, apertando e aprofundando o beijo, descontando um pouco de toda a sua frustração naquilo. Ele poderia viver a eternidade toda ali, apenas aquilo lhe era suficiente.


O avião pousou, mostrando uma Angel tagarela e agitada. No desembarque, apenas faltava ela assumir o comando das maquinas para liberar as malas mais rápido. Tudo naquela cidade lhe encantava, as casas, os prédios, as pessoas e aquela estranha sensação de estar em casa. Alice já havia pensado em tudo, então já havia um carro de luxo os esperando logo na saída do lugar, um homem que nenhum deles conhecia apenas esticou a chave a Jasper e sorriu, virando-se e saindo.

Eles andaram de carro pelas ruas de Nova Orleans, apenas para que Angel pudesse contemplar os detalhes. Jasper parou em uma pequena cafeteria, para comprar chocolate quente para Angel e então partiriam para casa. Bom, uma enorme casa, contando que eles compraram um pedaço da cidade pra ela. Ela ainda não fazia ideia, claro.

– Eu quero os donuts, Ali ! – Protestou Angel, fazendo um bico pra vampira, que não queria que ela comesse mais doces, já que ela passou a viagem inteira fazendo isso, mas por fim ela se deu por vencida e pediu a atendente que incluísse no pedido. A funcionária não se moveu, ela parecia encantada com a beleza inumana dos três. Alice estalou os dedos para a humana, que rapidamente com as bochechas coradas voltou-se para o papel anotando rapidamente.

Angel abriu a boca para zombar do que havia acabado de acontecer e pareceu que Jasper e Alice estavam com a risada na ponta da língua, mas então uma voz os interrompeu.

– Olá. – acenou para a atendente, que já havia entregado o pedido para ser preparado. – Eu quero um café. – A atendente dessa vez, além de encantada, pode se ver no fundo de seus olhos que houve um instinto que lhe alertou do perigo.

Angel virou quase no instante que escutou a voz, seu coração disparou sem motivo algum e o nervosismo tomou conta de todos os seus nervos. Jasper notou, mas nem seus dons foram suficiente para acalma-la. O futuro para Alice não lhe entregava a resposta do porque Angel estava daquele jeito e pra falar a verdade, nem ela mesmo sabia. Era um instinto dentro de si, mas não lhe alertava perigo. Não para si, pelo menos.

– Oh, você já pediu? – perguntou o homem ao ver a virada repentina da garota. Seus cabelos estavam em um tipo de topete desajeitado, seu tom de cabelo era claro, mas não chegava a ser loiro. Seus olhos eram castanhos, a pele pálida e Angel teve uma estranha sensação de que aquele homem era parecido com ela. Ele sorriu, percebendo que ela o observava em cada detalhe. – Não gosto de furar fila, acredito que primeiro deve se vir as damas.

A essa altura, Jasper e Alice ficaram um pouco enciumados, ainda não entendiam porque Angel estava tão nervosa e o motivo daquele homem completamente desconhecido estar puxando assunto com a mais nova.

– N-não, eu já pedi. – gaguejou.

– Ah, então está bem. – sorriu para ela e então virou-se para a atendente para realizar seu pedido, quando esticou as mãos para o valor que havia de pagar, Angel, em seus olhos inumanos viram quase de forma instantânea e aquilo lhe sufocou. Havia um anel, um anel lindo em tons de dourado e cobre nos dedos pálidos do homem, isso claramente não era motivo para tamanho alvoroço, se não fosse aquele símbolo tão familiar.  O M, cravado em sua bússola, lá estava ele novamente, cravado naquele anel.

Ela passou tanto tempo viajando, que nem notou o momento que Alice tocou em seu ombro para sinalizar que era hora de ir. O homem a olhou e sorriu, balançando seus dedos propositalmente, como se quisesse que ela olhasse de novo e se desse conta. Angel pensou em perguntar seu nome, mas não houve tempo e nem palavras suficientes para isso.

Eles se moveram para o carro e quando estavam distante o suficiente, o homem pegou seu telefone e esperou alguns instantes antes de a outra pessoa na linha atender.

– O que foi agora? – bufou irritado.

– Estressado, irmão ? – brincou, já imaginando o motivo.

– Claro, eu vim atrás dela e simplesmente ela se mudou e desapareceu. Eu vou esquartejar essa fria patética, nem para disponibilizar informações concretas.  – O homem do outro lado da linha riu.

– Voltem pra casa, os três. – disse simples.

– Serio ? Pensei em aproveitar e ficar aqui, tirar umas ferias. — debochou, enquanto outras duas vozes riam. – Aqui tá um solzão, muita gente, entorno de quatro pessoas.

O homem do outro lado da linha gargalhou.

– Voltem pra casa, eu já achei ela. – repetiu. E então houve um silencio ensurdecer do outro lado. – Ela está aqui, bem aqui em Nova Orleans.

– Ah, vai pra merda ! Eu vim pra esse fim de mundo atoa ? – berrou uma voz feminina, enquanto bufavam irritados.

O homem desligou, enquanto desejava chegar o mais rápido possível em casa. Eles haviam a encontrado. Ela estava em casa, mais perto do que pensava.

| Acho que tá mais que obvio agora quem é família dele, né?

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