IX.I - bônus

Então gente, personagens novos sendo apresentados mais ou menos nesse capítulo. Será que leitores antigos vão saber quem são? Segue a aparência deles:

O vestido da Sophia:

Esse bônus vai ter duas partes porque olha, que capítulo caótico! É isso gente, amo vocês!

Sophia

Missões fora de Adalasiah sempre me aborrecem, principalmente quando envolvem outros seres sobrenaturais, independente da raça. Eu apenas não suporto dialogar ou ter qualquer tipo de contato com o resto do mundo e apenas o faço como agora, quando sou obrigada. Mike pode ser fluente em mil maneiras de meter a porrada em qualquer um, Nowa pode ser incrivelmente ágil e ardiloso quando necessário, mas a inteligência do trio e a sofisticação necessária para essa missão estão comigo.

Bruxas de modo geral são traiçoeiras, porém as caóticas sempre são piores, ou nesse caso - uma ex caótica; manipuladlra, antiga e esperta. Sabe como se esconder no meio da multidão e a pior parte; como uma ordenada, Selene agora tem tudo a perder, tornando - a três vezes mais cuidadosa e é exatamente por isso que Nowa precisa de mim ao seu lado, sou especialista em encontrar o que não quer ser achado.

Após deixar a cidade angelical, fomos teletransportados diretamente para NY - a cidade que nunca dorme e onde apostamos que a Whitmore estava escondida. O problema seria encontra - la no meio de tantos mortais e de fato isso se tornou um agravante, uma incógnita durante as últimas três semanas, pois as únicas informações que tínhamos sobre ela eram antigas e precárias.

A mais velha das três irmãs Whitmore, estas sendo; Bethany - a mais jovem, uma bruxa ordenada transformada pela própria deusa Hécate após não atender as expectativas da mesma, Brianna - a bruxa do meio, a única caótica restante na família e por fim nosso alvo, Selene - uma ex caótica que perdeu seu posto depois que sua prima libertou seu ex dependente; Marte - o criador de Lia. Fora isso, não sabíamos mais nada, apenas que ela estava fora da cidade sobrenatural por medo de ser assassinada pelo ex amante psicótico e gostoso.

Alugamos um apartamento no centro comercial e iniciamos as investigações.

Nowa sempre estava atrás de notícias com alguns conhecidos do submundo, todavia não tinha muito êxito; vampiros e lobisomens apesar de serem mais fáceis de localizar por conta do cheiro, não eram burros o suficiente ao ponto de entregar uma das bruxas Whitmore, independente do seu coven. Roy cuidava da nossa proteção e disfarces e sempre dividiamos a missão em turnos.
O príncipe demônio em um dia, e eu em outro, Gardier acompanhava os dois, garantindo que caso capturados, teríamos uma carta na manga e uma chance de escapar e sinceramente era tudo patético, porque provavelmente Nowa apenas escolheu o angelical para não deixa - lo com Luna - a maldita cupido.

E eu me infiltrava em todo maldito buraco que podia encontrar a bruxa; consistindo em centros espíritas, loja de bruxaria, mercados ao céu aberto, bibliotecas antigas e até mesmo visitei as malditas cartomantes anunciadas na internet e localizadas naquele poço de humanos ignorantes, obviamente sem sucesso algum. Grande parte das suspeitas viam através das cartas que eu perdi alguém importante e que um dia encontraria um grande amor, outras especulavam que seria muito feliz e eu apenas não as assassinava por conta de Nowa, agora a fantasia sobre isso permanecia sempre quando me deitava na cama.

─۫─̸ Isso tudo é uma perda de tempo... ─۫─̸ Roy anuncia no momento que adentramos o apartamento que alugamos no centro.

Hoje havíamos visitado uma mulher que se denominava bruxa da lua, abençoada pela própria deusa. Talvez pela extravagância do título, deixamos que uma pequena esperança aparecesse e ao fim era apenas uma criatura enfadonha enganando sua clientela. O fogo que dominou o local logo após nossa saída, definitivamente foi minha culpa.

Dei de ombros e caminhei até o sofá, me jogando no mesmo e dediquei minha atenção ao estado das minhas unhas; precárias, precisando urgentemente de uma manicure.

─۫─̸ Não conseguiram nada? ─۫─̸ Nowa logo surgiu limpando as mãos em um pano de prato, provavelmente estava fazendo algo para nos alimentarmos, algo doce.

O angelical se jogou  do meu lado, seu braço esbarrando no meu, contive minha careta de desgosto e apenas me afastei uns bons cinco centímentros para a outra extremidade do estofado.

─۫─̸ O que acha demônio? Está vendo Selene aqui conosco? ─۫─̸ Ele disparou e automaticamente ergui minhas orbes para a figura irritante. Nosso convívio era uma lástima e a qualquer minuto, eu voaria no pescoço dele, e quebraria. Garoto insuportável!

─۫─̸ Ah cala a boca Gardier, antes que eu cale para você, arrancando sua língua...─۫─̸ Soltei de forma áspera, porém verdadeira. Estando no inferno ou não, Nowa ainda é um príncipe e não deixaria qualquer um desrespeita- lo na minha frente.

─۫─̸ Eu quero ver você tentar...─۫─̸ O rapaz cantarolou e automaticamente minha destra foi até a bota, onde havia uma das minhas adagas especiais batizadas com meu próprio sangue venenoso. No entanto, Nowa previu meu pensamento antes e jogou o pano de prato no meu rosto, desviando minha atenção para ele.

─۫─̸ Calem a boca os dois. Eu consegui algo hoje...─۫─̸ O príncipe anunciou cruzando os braços.

Eu por outro lado estava enojada por conta daquele pano de prato, joguei o mesmo para bem longe de mim.

─۫─̸ Há um cassino na cidade chamado Blood Moon, eu sei que pode ser apenas um local como qualquer outro com referência a lua de sangue, mas...─۫─̸ Nowa fez uma pausa teatral ─۫─̸ Hoje terá um grande evento com vários sócios e também há boatos que o líder dos lobisomens é um deles...

Aquilo era interessante.

Em Midnight, as divindades governantes são Hécate e Cerunos, contudo cada clã possui seu próprio líder, escolhido pelos deuses e incrivelmente poderosos, pois recebem parte do poder dos outros da mesma espécie. O líder dos lobos se chama  Anúbis e a parte interessante é que ele possui contato direto com as Whitmore, porque iria lutar por Bethany em um evento maluco chamado arena dos deuses, porém Hécate preferiu que a garota lutasse por si só. Eu daria um rim de Mike para observar toda a carnificina ou até o mesmo dois. Ele sobreviveria de igual forma sem os órgãos.

─۫─̸ E vocês acham que de alguma forma, as bruxas também vão estar lá? ─۫─̸ Roy questionou confuso e Nowa deu de ombros enquanto trocávamos um olhar malicioso.

─۫─̸ Eles são próximos. Mas, se elas não estiverem, sequestramos o lobo e forçamos ele a falar, simples... ─۫─̸ Expliquei com casualidade.

Ah machucar um homem! A ideia me excitava e não me importaria caso tivéssemos que seguir com essa linha de raciocínio, eu sempre estava preparada, independente da espécie.

─۫─̸ Tenho lâminas de prata e também balas, caso quiserem...

─۫─̸ Ele é um líder, é protegido por Cerunos...─۫─̸ Gardier tentou argumentar ─۫─̸ E por que diabos você anda com isso?

─۫─̸ E eu não ligo...─۫─̸ Murmurei. Eu não estava nem aí para o deus do sol, e duvidava que Hécate interferisse caso o brinquedinho do seu marido fosse mantido vivo. Vivo, diferente de inteiro ─۫─̸ E uma mulher precavida, nunca será surpreendida...

─۫─̸ Chega de papo ─۫─̸ Nowa brandou sério, apesar disso, conseguia capturar uma centelha de ansiedade nas suas íris, a vontade de voltar para casa. Quanto mais tempo fora de Adalasiah, maior era o risco para nós dois ─۫─̸ Temos uma festa para comparecer e provavelmente um lobo para sequestrar...

Apesar de odiar qualquer interação social, eu não obtinha a mesma ideia sobre festas e eventos grandiosos, por um simples motivo; moda.

Ser um sobrenatural consiste em muitos anos de vida, principalmente se tratando de anjos e demônios, basicamente uma eternidade. Por exemplo, eu mesma não saberia dizer minha idade exata, todavia digamos que eu já existia antes mesmo de Noé e sua arca. Então para matar o ócio, todos precisávamos de um hobbie, no meu caso, eu tenho dois.

O primeiro; machucar homens. O segundo são vestidos glamurosos. E como eu disse para Roy, eu sempre estava precavida independente da ocasião.

De frente para o espelho, eu podia ver a figura de uma deusa no reflexo; os fios loiros que normalmente possuíam ondas, estavam devidamente lisos e penteados elegantemente, caindo até a altura da minha bunda e o vestido, por Deus primeiro, como eu o amo! O tecido branco se agarra a todas as minhas curvas, abraçando- as e realçando- as, um caimento divino e de um ombro só, tendo uma abertura na lateral, deixando amostra grande parte da minha perna direita. E por último as luvas combinando perfeitamente.

Eu podia ser um demônio, todavia naquela noite, assemelhava - me a um anjo.

Depois de jogar um singelo beijo para minha figura maravilhosa no espelho, segui até a sala, onde os dois rapazes já se encontravam, impacientes. Roy estava impecável em um terno provavelmente alugado naquela mesma tarde, porém Nowa parecia... Nowa? Franzi o cenho na direção do príncipe, pois nem morta eu comparecia com ele vestido daquela forma!

─۫─̸ Onde está seu traje? ─۫─̸ Perguntei sem rodeios.

Gardier estava ocupado demais escondendo armas sobre seu corpo. Adagas, uma arma carregada com balas de prata e na pequena bolsa comigo, havia mais munição. Era um pecado não levar nada dentro da roupa, mas eu não estragaria meu visual com algo tão grosseiro e prata definitivamente não combinava com meu vestido!

─۫─̸ Ah eu não vou com esse corpo, é um evento grande, pode haver figuras conhecidas...─۫─̸ O príncipe demônio murmurou checando às horas, provavelmente nosso horário de partir.

Novamente a confusão dominou meus pensamentos, quem diabos poderia reconhecer Nowa? Não é como se possuíssemos um grande círculo de amizades. Meu amigo parecia ler meus pensamentos, pois logo se apressou em esclarecer.

─۫─̸ O líder dos vampiros pode estar lá também e definitivamente não queremos ele na nossa cola...

─۫─̸ Puta merda! ─۫─̸ Resmunguei alto e isso atraiu a atenção de Gardier.

─۫─̸ O que tem ele?

─۫─̸ Nada ─۫─̸ Nowa se apressou a responder e indicou a porta com a cabeça. Contudo, eu o conhecia bem demais para saber que ele odiava essa possibilidade ─۫─̸ Encontro vocês lá, chegarei e falarei 'o rato roeu a roupa do rei de Roma'...

─۫─̸ Não poderia ser normal e dizer 'Oi, sou eu?' ─۫─̸ Perguntei revirando os olhos e caminhando até a saída do apartamento, pouco ligando se o anjo iria me seguir ou não.

─۫─̸ Não, e lembrem - se, vocês são casados! ─۫─̸ Grunhi com raiva enquanto saia do nosso esconderijo, Roy bateu a porta com força anunciando seu desgosto, era possível escutar a risada do príncipe mesmo assim ─۫─̸ E felizes!

Em quarenta minutos já estávamos estacionados diante do cassino Blood Moon. O local parecia abarrotado de pessoas, era possível observar a entrada e saída constante de todos.
O cassino estava localizado em um hotel de luxo, então provavelmente nem todos ali iriam participar do evento.

Como uma festa de suma importância, não seria permitido a entrada de qualquer um e a lista de convidados é escassa e devidamente focada na sociedade rica e de alguma importância, obviamente tivemos que arranjar um jeito de conseguir a nossa entrada, ou melhor afirmando, trapacear.

Meu nome nessa noite seria Penélope Matarazzo - uma italiana rústica, dona de uma linha de vestidos de noiva bastante reconhecida e casada com Henrique Matarazzo, a identidade falsa de Gardier. Uma busca rápida na internet mostrou que somos recém casados e parecemos felizes, apesar de apostar que tudo se trata de uma união forjada pelas famílias tradicionais de Florença, do mesmo buraco de mundo que retiramos Luna, ou Azura sei lá.

De toda forma, foram boas escolhas, Roy sabia falar fluentemente italiano e conhecia o local de origem do homem, suas leis e regras e eu entendia de moda. Era um bom disfarce e os pombinhos sequer sentirão falta do evento, induzi ambos a terem sonhos eróticos pela noite inteira.

─۫─̸ Pronto? ─۫─̸ Arrisquei uma última olhada pelo o espelho do carro. Impecável, linda, maravilhosa! Eu te amo garota!

─۫─̸ O que Nowa quis dizer com comparecer com outro corpo?

Ah. Desviei minha atenção para Roy, estudando - o com mais afinco. Obviamente não o conhecia há um curto período de tempo, mas apenas sabia seu nome, sua casta e aquilo que todos sabiam; ele recebeu o anel de proteção de Darck, ele esteve presente na primeira morte da cupido, ele fugiu da sua tarefa por grande parte da existência e sabe Deus primeiro o que ele estava fazendo nesse período. Todavia, ele não parecia ser um sujeito ruim, apenas desgovernado, e acreditava que Gregori assumiria a direção...

Um pobre coitado, porque aquela garota é um porsche sem freio e atropelava todos próximos. E apesar disso, era bastante atraente de terno e provavelmente mais atraente sem. Pisquei meus olhos duas vezes e voltei a pensar sobre a sua pergunta.

─۫─̸ Ele vai transferir sua consciência para o corpo de algum convidado, pegar emprestado por algumas horas sabe...─۫─̸ Dei de ombros não resistindo em dar uma última olhada na maquiagem, garantindo que não havia nada fora do lugar.

─۫─̸ Achei que demônios apenas pudessem escolher uma casca ou ter seus próprios corpos, não sabia sobre transferência de consciência...

─۫─̸ E você está certo, mas Nowa não é um demônio comum, hum? Ele tem a porra de uma coroa dada pelo próprio diabo ─۫─̸ Encarei Roy com um sorriso provocador ─۫─̸ Você não tem ideia do que ele é capaz de fazer...

─۫─̸ Que seja ─۫─̸ O anjo deu de ombros e saiu do carro.

Esperei um momento para que a figura acéfala abrisse a porta para sua esposa, uma espera EM VÃO, pois o desgraçado apenas começou a caminhar para a entrada. Gemi irritada e sai do veículo batendo a porta com força, tendo que correr alguns metros com salto para alcançar o maior e enlaçar seu braço no meu. Gardier me encarou confuso.

─۫─̸ Casados porra! E felizes! ─۫─̸ Disse a contra gosto. Logo na entrada havia um casal recepcionando os convidados e checando os nomes na lista.

─۫─̸ Poupe - me do seu linguajar promíscuo... ─۫─̸ Ele murmurou ao pé do meu ouvido enquanto um sorriso falso era dedicado para o recepcionista ─۫─̸ Henrique Matarazzo ─۫─̸ Ali estava um sotaque italiano perfeito, contive minha expressão surpresa.

─۫─̸ Penélope Matarazzo... ─۫─̸ Abri um sorriso mínimo e ainda sim consegui notar o olhar do homem deslizando pelo meu corpo, enojando - me. Era um tanto irônico que eu fosse uma succubus e odiasse olhares masculinos na minha direção, principalmente quando tudo em mim gritava para que isso ocorresse, porque meu corpo funcionava como isca para minhas presas.

Os atendentes assentiram com a cabeça ao verificar os nomes na lista e permitiram a nossa entrada. Passamos pelo salão de entrada, e até mesmo pousamos para alguns fotógrafos. Era estranho, grandioso e excitante, como um grande tapete vermelho! Eu não conhecia o tal de Anúbis, mas poderia dizer que o lobo possuía bom gosto e sabia como dar uma festa!

Seguimos nosso percurso até o elevador, pois o cassino ficava no último andar, na cobertura. Extravagante e rico, típico de criaturas sobrenaturais. Todavia, acho que não estava nem um pouco preparada quando as portas metálicas se abriram, mostrando o nosso objetivo, nem eu e muito menos Roy.

─۫─̸ Puta merda...─۫─̸ Soltei no instante que saímos do elevador. O cheiro do ambiente me atingindo com força. Definitivamente estávamos no local certo, porque o cassino fedia a magia e cachorro molhado ─۫─̸ Sente isso carrapato?

─۫─̸ Bom, acho que Nowa não vai ter que se preocupar com o líder vampiro hoje... ─۫─̸ Ele disse franzindo o cenho.

Era uma péssima notícia e estávamos ferrados. Até então, achávamos que teríamos que lidar apenas com um ou dois sobrenaturais, não imaginávamos que seria uma festa para eles...

Como iríamos farejar Anúbis no meio da multidão? Ou as Whitmore?

─۫─̸ Eu não contaria com isso, Sword não bate bem dos neurônios...─۫─̸ Murmurei mais para mim mesma do que para o anjo fofoqueiro.

Minha cabeça estava bastante distante do vampiro psicopata obcecado. Meu olhar disparando por cada centímentro do cassino e nas diversas mesas de aposta disposta por todo o lugar, deveríamos começar por uma, estabelecer o disfarce. Todavia, mesmo assim me vi sendo sincera, até comigo mesma.

─۫─̸ Ele iria até os confins do inferno se isso significasse uma chance de arrancar a cabeça de Nowa...

No exato momento um garçom passava por nós e logo apanhei duas taças de espumante, entregando uma para Gardier com um olhar que dizia 'Beba, sorria e acene. Você é um humano feliz com sua humana feliz e gostosa, então beba porra'. Felizmente ele entendeu o recado. Levei a bebida até meus lábios e tomei tudo em um único gole, o álcool me daria sorte.

Com as unhas fincadas no braço de Roy, puxei o mesmo até a mesa de aposta mais próxima; uma mesa de BlackJack, provavelmente o único jogo que eu sabia como funcionava. O dealer - homem responsável por dar as cartas - explicava que o cacife inicial era dez mil dólares, ele dizia isso com tanta naturalidade que nem parecia um absurdo saindo dos seus lábios e talvez não fosse, pois Roy logo apostou o triplo da quantia como se não fosse nada.

─۫─̸ Você sabe o que está fazendo carrapato?

─۫─̸ Preste atenção na sua tarefa... ─۫─̸ Ele respondeu dando um sorriso cínico na minha direção. Como eu desejava estar com uma faca agora, justamente para finca - la em seu coração!

Novamente o garçom passou oferecendo mais espumante e não tardei em pegar novamente duas taças, dessa vez ambas para mim e Roy seguiu meu exemplo como se estivesse me desafiando. Carrapato abusado!

As cartas foram distribuídas e a partida foi iniciada. Felizmente meu par parecia ter uma mão boa e logo faturou a primeira partida, e a segunda. Minha atenção desviou do jogo e se focou nos outros jogadores na mesa, quase todos eram humanos, menos uma mulher. Ela me encarava do outro lado, possuía olhos violetas e fios loiros impecavelmente lisos. Havia algo de perigoso e atraente em sua expressão, e seu cheiro; singular. Uma bruxa, provavelmente caótica.

As partidas continuaram e Roy ganhou mais três, os outros jogadores pareciam prestes a assassinar ele, e quanto mais ganhávamos, mais bebíamos, o espumante era delicioso e a cada dose, parecia que mil estrelas explodiam na minha boca.

O álcool já fazia efeito no meu organismo e já estava me vendo dando risadas com o anjo de guarda como amigos de infância a cada vitória.
Nossos adversários já se encontravam  desistindo e já não parecia mais tão interessante investigar ou até mesmo apostar.

Uma música ressoava no ambiente e uma pista de dança estava montada ali próxima e todos pareciam se divertir tanto! Me afastei do jogo e caminhei apressada para a multidão que dançava, a música parecia ressoar pelo meu corpo, cantando na minha veia e sequer me dei ao luxo de dizer alguma palavra para Gardier.

Meus movimentos não eram racionais, pareciam puro instinto e meu corpo se movia de forma graciosa, sedutora, ao ritmo da melodia perfeita. Minhas mãos deslizavam por mim mesma, acentuando cada curva bem desenhada do vestido e eu sabia mesmo com minhas pálpebras fechadas que toda a atenção estava em mim. Eu sentia no fundo do meu âmago e estava gostando, na verdade amando!
Ser observada, apreciada, exatamente como a obra prima que sou parecia algo estupendo naquela noite.

Em um dado instante, senti um corpo másculo encostar no meu, a destra me segurando pela cintura, enquanto a outra ia até meus fios no pescoço, retirando-os com delicadeza.

[A partir de agora pode conter linguagem explícita de sexo, então se você não gosta, pode pular. Recomendo colocar a música nesse instante]

─۫─̸ Estamos em uma missão Sophia, não em lua de mel...─۫─̸ A voz de Roy no meu ouvido arrepiou cada pedaço desnudo da minha pele, seu timbre estava mais rouco que o comum e eu sabia que não era a única afetada pelo álcool.

Estranho e engraçado. Seres celestiais e infernais não ficavam bêbados e apesar das palavras do carrapato, ele mordeu o lóbulo da minha orelha. Me deixando quente, com os seios rígidos, pesados, e como reflexo, rebolei contra seu pau coberto. Ele gemeu em meu ouvido, seu aperto intensificando - se em minha cintura. A essa altura eu já me mexia sem vergonha alguma contra seu corpo.

─۫─̸ Podemos ter os dois, hum?

─۫─̸ Não...─۫─̸ Ele negou com a cabeça, mas senti seus lábios deslizarem pela pele da minha nuca e dessa vez quem gemeu fui eu.

Segurei a mão que estava sobre minha cintura e fiz ele subir até meu seio direito, o bico destacando - se pelo tecido fino do vestido. Gardier tomou o seio com sua mão, apertando - o com delicadeza, para em seguida rodear o mamilo, fazendo - me tombar a cabeça para trás, contra seu ombro. Não me importava se estávamos no meio de uma festa ou se estávamos sendo observados, eu o queria e sei que é algo recíproco. O maior parecia ler meus pensamentos, pois logo murmurou.

─۫─̸ Me espera no banheiro, estarei lá em cinco minutos...

Ele afastou seu toque do meu corpo,
e de repente me senti vazia. Abri minhas pálpebras e observei enquanto ele se afastou da pista de dança, pegando mais uma taça de bebida e erguendo- a na minha direção em um brinde silencioso. Incrivelmente, a atenção de todos pareciam fixada em seus próprios mundinhos, e arriscava dizer; havia casais piores do que nós.

Segurando na barra do meu vestido me afastei da multidão e segui com descrição até o banheiro feminino e felizmente ao adentrar, constatei o lugar vazio. Fui até a pia e abri a torneira passando um pouco de água gelada na minha nuca, tentando acalmar de alguma forma o fogo que estava em mim, em vão.

A porta do local foi aberta e de repente eu já não estava mais só. No entanto, não era Roy ali e sim a mulher da mesa de aposta, a loira com olhos violetas.

Ela deu passos em minha direção com um sorriso singelo nos lábios, e logo estávamos diante uma da outra. Não havia como negar, ela é belíssima, e seus olhos indescritíveis. Usava um vestido preto curto que mal abria espaço para a imaginação e suas coxas estavam ali à mostra, atiçando o meu interior. Ela levou sua mão até minha nuca, acariciando e antes que eu pudesse dizer qualquer palavra, colou seus lábios nos meus.

Seu beijo era lento, cuidadoso, como se a manceba apenas quisesse aproveitar o sabor, como se quisesse me conhecer através daquele contato. Sua língua pediu espaço e eu cedi, gemendo ao primeiro contato, o que apenas fez ela se incendiar ao ponto de me empurrar contra o balcão de mármore da pia, levando suas mãos até a parte de trás das minhas coxas.

Eu entendi o que ela queria fazer e logo eu estava ali sentada sobre a pia, minhas mãos em volta do seu pescoço enquanto devoravamos a boca uma da outra, o calor dominando cada nervo do meu corpo. E no momento que o ar foi necessário, ela deslizou o contato pelo meu pescoço, puxando meu cabelo, deixando - me disposta para ela. Sua mão subiu pela fenda da minha perna e encontrou seu destino, constatando que naquela noite, eu não usava nenhuma peça íntima e estava incrivelmente molhada.

─۫─̸ Temos que ir...─۫─̸ Foram as primeiras palavras que ela murmurou me trazendo de volta para a realidade.

Sua mão ainda pairava ali, próximo a minha buceta, deslizando para cima e para baixo da minha coxa, provocando enquanto eu rebolava em busca de mais contato, negando com a cabeça. Céus, eu queria tanto!

─۫─̸ Agora, tem alguém nos esperando... ─۫─̸ Suas palavras me deixaram  confusa, mas não tive tempo para raciocinar, pois logo ela deslizou seu indicador pelo meu clitóris, acariciando minha carne sensível e eu gemi alto, fincando as unhas em seu pescoço. A desconhecida continuou, estudando minhas expressões de prazer, deliciando - se com elas. E cedo demais o contato encerrou e dessa vez ela não parecia disposta a continuar.

A loira segurou minha mão e me ajudou a descer do balcão, me puxando para fora do banheiro e de volta para os elevadores. No caminho apanhei mais uma taça daquele espumante e ela fez o mesmo, com um sorriso de promessas em minha direção. Adentramos a caixa metálica e ela apertou uma tecla qualquer que não me dei o trabalho de observar, pois no instante seguinte seus lábios estavam nos meus outra vez.

Paramos três andares abaixo do cassino ainda nos beijando e somente nos separamos quando as portas do elevador se abriram. Seguimos por um corredor extenso, parando na porta 506. A mulher pegou seu cartão de acesso e abriu a porta me empurrando  para dentro junto com ela e com toda certeza eu não estava preparada para a visão diante de mim.

Ali estava Roy, sentado na beirada de uma grande cama, completamente despido e tendo o pau engolido por outra figura ajoelhada diante de si, um homem. Ele deslizava a língua pela glande do celestial, para em seguida tomar o máximo dele na boca, masturbando o que não dava conta. Gardier parecia completamente atordoado em uma nuvem de prazer e eu estava certa, sem o terno, ele ainda era mais atraente. Os dedos entrelaçados nos fios negros do desconhecido, forçando- o a engolir cada vez mais do seu membro.

─۫─̸ Vem, vamos nos juntar a eles...─۫─̸ A dona dos olhos violetas sussurrou segurando minha cintura e me guiando até a cama.

Somente naquele momento, os dois pareciam notar nossa presença, e o olhar de Roy arrepiou até o meu último fio de cabelo. O homem desconhecido se afastou, aproximando- se da loira e tomando em um beijo ardente.

─۫─̸ Ainda sinto o gosto dele na sua boca...

O anjo por sua vez, apanhou minha destra e me puxou para seu colo. Uma coxa de cada lado do seu corpo, as mãos espalmando - se na minha pele e sua boca em meu pescoço. Eu me sentia tão bem, tão quente! Capturei a boca de Roy, dando início ao beijo e sem perder tempo deslizei minha língua para dentro, estudando cada centímentro. Ambos gememos com o contato e em seguida uma das mãos já estava na alça do meu vestido, descendo-o com agilidade, deixando meus seios desnudos, o ar frio do quarto recebendo - os. Roy se afastou o suficiente para encarar meu corpo, agora restava apenas o tecido branco enrolado em volta da minha cintura. Um olhar para o lado e pude constar que o outro casal também estava na cama, a manceba apenas de calcinha e sutiã enquanto rebolava sobre o colo do rapaz.

Me levantei apenas o suficiente para retirar o restante da minha roupa, os olhares sobre mim naquele momento e empurrei Roy mais para o centro da cama, deixando - o quase encostado na cabeceira, somente naquele instante engatinhei para o centro das suas pernas e me deparei  com seu pau duro, a minha espera. Não pensei duas vezes, e coloquei todo em minha boca, deslizando a língua por todo seu comprimento, apreciando seu gosto e o gemido delicioso que escapou dos seus lábios.

Estava tão concentrada na tarefa de fornecer prazer para o celestial, que sequer notei o desconhecido se  aproximando por trás de mim, apenas senti o peso na cama. Eu estava de quatro, completamente a sua disposição e ele não deixou isso passar. Sua língua encontrou minha buceta, deslizando por toda minha abertura e detendo - se no meu clitóris, circundando e chupando com força, exatamente como eu gostava.

─۫─̸ Porra! ─۫─̸ Roy soltou logo depois que eu gemi contra seu pau, deslizando minha língua em seguida até suas bolas, observando o corpo retesar com meu toque.

Enquanto isso o desconhecido continuava a tortura deliciosa com a língua, dedicando toda sua atenção no meu clitóris, para em seguida introduzir seu primeiro dedo em mim. Grunhi de prazer e rebolei contra o mesmo, sem qualquer pudor. Erguendo os olhos, quase gozei com a visão, a loira dos olhos violetas estava de pé na cama, se masturbando enquanto observava nós três, mas Roy logo a puxou para sua frente, colocando a buceta da manceba na sua cara e a chupando com a mesma voracidade que eu lhe chupava.

─۫─̸ Ah! Sabia que tinha escolhido certo... ─۫─̸ A mulher murmurou com a voz entrecortada de prazer.

A única coisa que eu conseguia observar eram as mãos de Gardier espalmadas sobre a bunda da mesma, enquanto a devorava, o pau inchando na minha boca. Roy parecia esfomeado e pude observar enquanto ele abria as nádegas da loira e deslizava seu dedo indicador pela outra entrada da moiçola que apenas gemia e segurava com força nos fios castanhos do anjo. Eu poderia gozar apenas com aquela visão.

O segundo dedo adentrou meu interior, seguido pelo terceiro e a cada rebolada, eu chupava cada vez mais Gardier, levando seu pau até o fundo da minha garganta. O orgasmo começou se a construir no meu interior, a sensação dominando meu baixo ventre e senti o pau de Roy ficar ainda mais duro na minha boca enquanto ele continuava a foder a buceta da loira com a língua e sua outra entrada com o dedo. O jato de porra me preencheu no mesmo instante que a loira gritou de prazer atingindo seu ápicebe naquele momento eu me derramei no primeiro orgasmo da noite. E o melhor de toda minha vida!

Engoli gota por gota do líquido do anjo, respirando fundo para acalmar meu interior e a dona dos olhos violetas parecia da mesma forma. O celestial puxou ela para seu colo, pronto para lhe foder.

Eu sentia o pau do homem atrás de mim deslizando pela minha entrada, lambuzando - se com meu próprio gozo, e eu não conseguia me conter, rebolava querendo - o dentro de mim. Puxei a loira para um beijo, deixando que ela sentisse o gosto de Roy, sentindo o gosto do macho que lhe comeria. Ambas gememos e logo em seguida fomos afastadas.

Ela sentou sobre o caralho duro do anjo e no mesmo instante, o desconhecido enfiou todo seu pau dentro de mim, com uma única estocada, me fazendo  gritar de prazer. Certamente aquele não era meu objetivo da noite e na verdade, eu não conseguia lembrar qual especificamente era. No entanto, a única coisa que importava era me deliciar com todos os corpos presentes, até a porra do amanhecer.

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