•Capítulo 01•
𝑨𝒏𝒔𝒊𝒆𝒅𝒂𝒅𝒆 𝒏𝒂 𝒑𝒆𝒍𝒆.
Após três meses que havia se afastado de seu namorado, e da terrível vida que estava a viver com ele, a mesma se mudou para a cidade mais populosa do país a procura de um sustento, tanto a ela quanto a sua filha. Durante esses tempo que viveu na casa de sua mãe, pois era melhor estar lá e começar a procurar emprego. O que de fato foi realmente complicado a si. A maioria das empresas tinham níveis de requisitos ao qual ela não se encaixava, algumas empresas a julgavam por ser um currículo exemplar. Nem tanto Saory mesmo tendo sua vida complicada com o namorado ela cursava sua grande faculdade de Administração, muito antes de o conhecer.
E parando naquele momento lembrou do dia em que seus olhos se encontraram, e das conversas “ pra boi dormir” que ele a lançou, lhe prometendo várias e várias coisas, essas que ela só viu no começo de tudo. E agora, estava a ver onde esse relacionamento chegou. Vendo também onde que havia começado as coisas a mudar , nem ela sabia onde aquele rumo tinha sido pego.
Se vendo no espelho, vendo seu semblante de abatida por tudo, completamente derrotada, estava somente por um fio de esperança da vaga que havia conseguido, estava também com medo de na entrevista dar tudo errado. Toda a vez que se repetia a pergunta se ela tinha filhos as empresas diziam que iriam ver e logo chamavam, só que nunca acontecia isso. Ela sabia bem dos murmúrios dos que trabalhavam no local. “quem vai contratar uma mãe solteira?” ou “ você tendo filho fica ruim para a empresa”. De fato as mulheres nessa sociedade eram muito descriminadas, e julgadas. Era raro alguém que estendia a mão para elas.
E Saory estava a sofrer com isso, mas ela não poderia se abalar, não poderia sofrer com aquilo, precisava matar no peito. Nem tanto ela tinha um pequeno ser para lhe animar e mostrar que não poderia desistir de tudo por estar tão difícil a vida. Sorrindo para seu reflexo, pode completar sua maquiagem, e se encarar novamente. Suas vestes não estavam tão chamativas, estavam simples. Se fosse sua mãe ali já tinha lhe xingado em várias línguas. Nem tanto, ela nem sabia como se comportar em frente a uma entrevista, estava com uma calça jeans, um moletom em cor verde claro, não muito gritante, e um tênis alstar sobre seus pés.
Assim que terminou de se olhar, vendo com seus olhos de julgamento, nem tanto não estava apita para uma entrevista de emprego, porém sobre a única renda que tinha para pagar o aluguel do apartamento que estava morando. Então estava satisfeita com a suas vestes que tinha. Pegando suas coisas, virou seu corpo em direção ao quarto de sua amada filha. Uma pequena criaturinha de quatro anos, que possuía os cabelos pretinhos e os olhos fechados mostrando estar em um sono profundo e maravilhoso. Saory se aproximou da cama com leves cobertas de princesas e a cama repleta de desenhos lindos colados.
— minha linda princesa está na hora de acordar. Já está tarde para estar na cama.
Sua voz não era exuberante e nem alta de mais, estava perfeita para tirar o pequeno ser de seu sono com um olhar de que havia não gostado.
— a sara não quer mamãe. Sara quer mimir.
Resmungou se virando para o lado contrário de Saory, arrancando de seus lábios um riso.
— oh meu amor, mamãe precisa ir ver a vaga de emprego para dar comida e uma creche para você. Sara não quer ter amiguinhas e amiguinhos e ir a escolinha?
A menor se virou para a mulher a sua frente, soltou um sorriso convincente que estava rendida a acordar.
— está bem mamãe. Vamos levantar e ver a vaga de emprego da mamãe.
Ditava alegre, se levantou da cama e junto a Saory que ainda fazia algumas coisas auxiliando sua filha, a mesma estava já se ajeitando para ambas descerem e comerem o almoço que serviria de café da manhã naquele momento.
Quando Saory saiu do quarto e seguiu até a cozinha, deixou a pequena sobre a cadeira da mesa e começou a mexer nas coisas que colocaria sobre a bolsa e já seguindo para fazer o que comer para ambas. Saory sempre foi uma mulher prendada em suas atividades, gostava de cozinhar e de fazer cardápios inovadores, olhava as ideias sobre seu celular e criava os pratos para ela e suas amigas que iam lhe visitar. Porém ao decorrer do tempo que vivia com o agora ex- namorado começará a ter as amizades afastada de si, além de também sua família. Botava muito sobre sua cabeça que só estava acontecendo isso por que ele era um modelo famoso, e por estar sempre de agenda cheia não tinha como visitar seus pais e nem as amigas.
Mas estava enganando a si mesma, quando seus olhos abriram para a realidade tomou suas deveras atitudes e se afastou de Ricardo. Não ficaria com ele nem mais um dia, não sofreria nem que ele viesse com milhões de seu banco lhe pedindo de volta. Prezava sua agora liberdade de poder respirar novos ares e de estar com sua filha em paz sem muitas brigas.
— mamãe, celular tocando.
A mesma se distraiu por segundos de seus pensamentos quando viu o pequeno objeto tocar a melodia suave de sua música favorita indicando ser uma chamada, chegou perto do aparelho vendo o número do síndico, já sabia que não seria nada bom.
— alô...
Atendeu a chamada temendo o pior, nem tanto sabia que havia boatos que o mesmo estava cobrando o aluguel adiantado de todos os moradores, e ainda estava a cobrar a mais por que, diz o mesmo, o prédio estava para ser derrubado e para não ser afetados eles precisavam pagar a mais de seus salários.
— senhorita Saory, como está a minha moradora favorita.
A mesma revirou os olhos em desdém de suas palavras, nem tanto ele era bajulador para conseguir o que quer, e quando não tinha o mesmo usava a força para obter, como fora as ameaças que tiveram meses anteriores quando começará a sentir a falta do pouco dinheiro que tinha pelo mesmo estar lhe cobrando a mais.
— Bom dia senhor Arthur, o que o senhor quer agora em?
Estava sem um pingo de paciência para ouvir aquele velho mesquinho.
— eu quero saber se até o fim desse mês eu vou ter meu dinheiro em minhas mãos, mês passado a senhorita atrasou e eu fui muito bom e não ter cobrado juros.
A mesma queria ter dado uma risada irônica por conta dessas palavras. Porém preferiu apenas suspirar e soltar gemidos de concordância.
— está bem senhor Arthur. Eu vou ver o que posso fazer.
Não deixou o mesmo terminar a palavra quando desligou a chamada e deixou o aparelho sobre a mesa e os olhinhos verdes de sua princesa vir em sua direção.
— mamãe, seu João vai fazer mal a mamãe?
Aquela pergunta ferira seu coração, a doce Sara era tão pequena e via tanta maldade com sua mãe que lhe fazia partir o coração.
— não meu amor, a mamãe não vai deixar nada acontecer, está bem?
A pequena concordou com rápidos balançar de cabeça e deixou o sorriso de Saory surgir maior sobre sua face. Se ergueu novamente e deu por fim para terminar de fazer o almoço das duas, e o pequeno lanche que levaria para sua princesa comer durante a entrevista que iria acontecer.
Assim que terminou de comer e de dar a comida de sua pequena filha, as duas foram para o banheiro, Saory tinha um costume fofo de tudo que fazia compartilhava com sua amada filha, as duas evoluíram juntas e tinham um laço forte como mãe e filha. A mesma colocou a pasta de dente sobre as escovas e as duas se olhando no espelho escovam os dentes rapidamente para saírem. Assim que terminaram pegaram as coisas e Saory conferiu se não havia esquecido de nada. Nem tanto não ficaria fácil voltar do centro até onde morava para buscar o que havia esquecido.
Saíram de casa trancando a porta e indo para as escadas do condomínio, o ambiente era velho e antigo, se fosse avaliado não dava muito dinheiro, mas na sua cabeça poderia valer por que era um prédio histórico, só precisava de reparos dentro e fora. Assim que chegaram na recepção deu seu boa tarde animado a senhorita Fernanda, que era a filha do síndico que trabalhava na portaria do condomínio, saindo do local às pressas para não perder o ônibus, Saory chegou até a parada dando graças a Deus que havia conseguido chegar antes do ônibus. Assim que o mesmo encostou ela entrou e se sentou assim admirando a bela paisagem que o lado de fora continha. Mesmo que era a cidade de concreto, era mesmo assim bonito de ver, e o movimento das pessoa fazia em sua cabeça se perguntar como seria cada vida que andava naquelas ruas.
Quem sabe até como se sentiam, Saory sempre pensou que seria psicóloga, mas devido estar sempre presa em seu mundinho, não pode completar esse sonho, nem também de abrir seu próprio negócio, sempre também tivera o sonho de ser dona de um comércio que poderia mostrar seu dom culinário. Mas tivera que os guardar dentro de um baú na sua memória dos desejos, e apenas tentar se focar em sustentar sua filha e dar a ela uma ótima vida, e claro não pretendia ficar para sempre naquele lugar, nem tanto não achava nenhum pouco saudável a sua amada bebê crescer em um lugar que os seres humanos era egocêntricos e maliciosos.
Assim que se deu conta de onde estava, puxou a campainha a pressas, deixando cair a pasta e as bolsas, se fosse filmado ela concertesa iria cair na risada de quão desastrada era, mas era daquela forma sua personalidade, e não adiantava mudar. Sua filha caia na risada, achava graça e tentava de todas as formas com suas mãos tão pequenas ajudar sua mãe, as pessoas ajudaram e o motorista por ver o jeito da mulher acabou esperando ela se ajeitar para poder deixá-la descer.
Seria tão bom se o mundo fosse feito de bondade, as pessoas seriam felizes e até quem sabe o mal nem ia existir. Porém nem todos são bons, nem mesmo naquele ônibus com alguns já gritando por que estavam com pressa deixando a jovem mais nervosa ainda.
Quando por fim já tinha conseguido, desceu a passos rápidos e nem se quer olhou para trás, ela não queria de nenhuma das formas mostrar que estava com tamanha vergonha, sua filha em seu colo apenas olhava as pessoas se distanciar cada vez mais. Quando parou de caminhar já estava em frente a empresa de bebidas TopGear, ali não era a fábrica e sim o escritório, o prédio era todo de vidro e pelo seus cálculos possuía quinze andares mais o terraço com um heliponto para os pousos de helicópteros. A mesma havia pesquisado tudo sobre o prédio a empresa e até o dono da mesma.
Vendo que havia em sites de revistas de fofoca sobre o caso da famosa atriz que havia traído seu noivo em sua própria residência com um cantor recém iniciado na carreira, essa ao qual foi pro chão, por que o jovem dono da empresa não perdoou. E vendo aonde estava até se sentia perdida, era tão luxuoso o lugar que parecia não ser para seu bico aquele emprego, ainda mais por que era uma vaga de secretaria particular do CEO .
— mamãe, o moço da porta está cansando de assegurar ela.
A voz de Sara se fez presente ali trazendo a sua mente de volta a realidade.
— oh, nossa.
Entrou nervosa e apreensiva pela vergonha.
— mil desculpas!
Exclamou trêmula, o homem acabou rindo.
— está tudo bem.
O sorriso do mesmo era cativante.
— a senhorita está a procura de que?
— eu vim pela entrevista, meu nome é Saory Catter.
Explicou para o mesmo, o homem que aparentava ter uns quarenta e três anos, mais ou menos caminhou até a recepção.
— senhorita Liz, poderia fazer o cartão de passagem para o andar décimo quinto para a senhorita Saory Catter, ela veio para a entrevista com o senhor Kallebe.
Quando a mesma ouviu que a entrevista era exatamente com o CEO Kallebe Baker sentiu o sangue gelar, Sara olhou confusa para sua mãe, nem tanto não entendia aquele olhar dela.
— mamãe, o que houve? Ele é mal?
A mesma olhou para a filha que perguntou baixinho em seu ouvido.
— não meu amor, ele é um ótimo homem.
Olhou sorrindo, mas sabia perfeitamente que um erro na fixa daquele ser era como se pisasse no próprio inferno. O homem chamou sua atenção entregando o crachá de liberação das catracas e para ela subir de elevador. A mesma fez como ensinado pelo rapaz e seguiu ao elevador, esperando ele se fechar apertou os botões do andar e ficou em seu mundo novamente.
Saory estava tão nervosa, inspirava várias vezes tentando manter o controle para não surtar naquele momento. Sua filha se distraia vendo os números do elevador tricando de cor assim que passava pelos andares, quando o mesmo parou e as portas se abriram Saory teve a bela visão do andar, era completamente marmorizado, as paredes feitas de vidro e as portas feitas de madeiras escuras e fechaduras douradas que brilhavam como fossem ouro puro. Saiu do elevador devagar, como se tivesse medo de pisar no chão e sujasse. Eu me sinto uma suja nesse lugar tão impecável, nem a entrada é dessa forma. Pensou com sigo, chegando no pequeno guichê onde se encontrava um jovem homem, o mesmo parecia estar bem agitado com os papéis e mais alguns cadernos que possuíam ali.
— desculpa.
Chamou sua atenção, o mesmo olhou para si, seus olhos castanhos escuros que lembravam ser uma bela jabuticaba, e um semblante lindo como se fosse ser de porcelana e nem poderia ser tocado.
— boa tarde, senhorita?
A sobrancelha se ergueu mostrando estar confuso a sua presença ali.
— eu vim fazer a entrevista das duas e trinta, sou a Saory Catter.
O mesmo pegou a agenda e assim que viu sorriu a moça, ao seu ponto de vista, respeitosamente, achará a mesma elegante mesmo estando em suas roupas simples, porém seus cabelos ruivos chamavam muito a atenção e seus olhos verdes como duas esmeraldas brilhantes cobertas por um óculos de lente arredondada deixava a mesma delicada.
— seja bem vinda senhorita Saory, por favor me siga a sala do nosso chefe fica atrás desse corredor.
Ditou se levantando da cadeira e a guiando até o corredor que dava a uma porta grande de madeira trabalhada em detalhes rústicos, e as maçanetas da mesma eram douradas que refletiam como espelho.
— a senhorita pode aguardar aqui, pois o jovem mestre irá lhe chamar em breve.
A mesma concordou sentando sobre as cadeiras estofadas que tinha ali no corredor, a sua frente havia uma mulher, sua aparência mostrava ser mais velha que si, e pela sua pose elegante e suas vestes ela já sabia muito bem trabalhar naquele cargo, sua filha brincava sentadinha ao seu lado, a menor era tão quietinha que nem parecia uma criança de quatro anos.
— sua filha é bem comportada.
— sim, ela é bem calma.
— meus filhos são um terror, e Deus me livre saberem que estou trabalhando.
Saory queria entender o diálogo que a mulher a sua frente estava querendo começar.
— eles deve proteger a senhora super bem.
— não, eles são é escalados querem tudo de mim mesmo.
Saory iria argumentar caso fosse um sim, porém acabou perdendo total rumo daquela conversa, assim que a porta se abriu revelando um jovem também elegante, fora a vez da mesma a sua frente. Ela se ergueu numa pode tão elegante que Saory ainda estava duvidando se ela queria mesmo o emprego ou estava querendo conquistar o solteiro do patrão.
— mamãe, eu não gostei dela. Ela é muito feia.
— Sara, não diga isso que é feio.
— desculpa mamãe.
Saory queria poder rir, sabia que a filha não estava falando de aparência feia e sim por que ela havia achado a moça um pouco egocêntrica, e nem isso escapava de seu ponto de vista. Alguns minutos de espera e a mesma saiu da sala lhe olhando com um semblante dos não muitos amigáveis.
— boa sorte.
— obrigada.
— senhorita Catter!
A mesma assim que agradeceu confusa , gelou ouvindo seu nome, olhou para a porta e se ergue com a pastinha de documentos, olhou para a pequena suspirando.
— filha espera aqui, está bem?
A menor concordou e o jovem do guichê acenou que ficava de olhos nela, Saory agradeceu com um sorriso e entrou na sala respirando fundo, bateu na porta e pôs somente a cabeça na porta por causa que não queria ser invasora.
— senhor Baker, com sua licença.
— pode entrar senhorita... Catter.
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