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Nota; Oii, eu sei que tem pessoas que não gostam de ler ouvindo música, mas recomendo ouvi-la, pode ser depois que o capítulo acabar ou quando Chan começar a cantar. Prestem atenção na tradução, vocês me entenderão depois.

Recadinho no final do capítulo!

Boa leitura.

「 ᨳ᭬꩜ 」

Havia se passado quase um mês após minha briga com Sana e nada dela se mostrar arrependida ou ao menos vir me pedir desculpas. A ruiva praticamente me ignorava quando passávamos perto uma da outra, isso quando não me olhava com aquele olhar sínico que Jennie ensinou para ela.

Não que eu estava criando expectativas para nós nos reatarmos, confesso que já estava esperando por esta sua atitude infantil, mas ainda estava sendo difícil digerir que havia perdido uma "grande amiga", se assim podia lhe considerar.

O jeito que ela me encarava esnobe me deixava pasma, como ela pôde perder toda a consideração que tínhamos uma com a outra? De uma hora para outra ela passou a me odiar como cão e gato, só faltava rosnar igual uma cadela quando passava no mesmo corredor que eu.

Meu peito ainda estava dolorido, não sei de onde Sana conseguiu arranjar tanto remorso de mim. Minho direto ficava zangado comigo quando me pegava chorando por causa dessa situação com Sana, mas será que ele não consegue entender o quanto ela era especial para mim?

Era, exatamente no passado.

Sana conhece quase todos os meus segredos, pensamentos, sonhos para o futuro, problemas pessoais e até mesmo minhas inseguranças. Ela praticamente era a pessoa mais apta a falar sobre mim depois de mim mesma.

E mesmo assim ela não teve consideração o bastante para confiar em mim.

No íntimo do meu coração, eu cultivava esperanças de que Sana tinha total consciência de que eu nunca faria nada para magoa-la. Infelizmente, por algum motivo, ela não confiou em mim e nem em minhas palavras.

Talvez nunca tivesse confiado mesmo.

A essa altura do campeonato não dava mais para esconder essa situação para Chan, era extremamente visível que Sana e eu estávamos brigadas, e mesmo que eu tenha tentado disfarçar no começo, ele não era nada bobo e consegui perceber tanto nossa distancia quanto os olhares de canto.

Ninguém do grupo fazia ideia do que tinha acontecido, apenas Minho e Hyunjin.

Hyunjin ficou extremamente irritado ao saber que Sana tinha colocado seu nome do meio daquela "patifaria", e muito chateado por ter sido traído daquela maneira, mas mesmo assim não me contou o motivo da briga entre os dois. Minho ficou sabendo da situação toda quando me deixou em um beco sem saída, disse que só pararia de me perguntar quando lhe contasse a verdade.

Mas por compensação, Chan deve ter percebido que andava cabisbaixa esses dias, e para me alegrar, ele começou a me levar para sair com mais frequência e estava muito mais carinhoso que antes. Nossas conversas da semana não foram iguais as outras onde apenas batíamos um papo simples de amigos, Chan realmente começou a abrir seu coração para mim, me contar coisas que ele nunca havia me dito, como seus medos, traumas, paixões, e até me pediu para fazer o mesmo caso eu precisasse.

Será que eu estou deixando muito evidente que estou gostando dele? Porque de uma hora para outra ele começou a querer conhecer meus sentimentos e o meu lado mais fragil.

Esquece, isso não vem ao caso agora.

Chris combinou de vir me buscar, e eu estava mais animada do que todos os outros dias que tivemos um "encontro".

No dia que saímos com o pessoal eu perguntei após o filme se eles queriam ir até algum karaoke para passar o tempo. Eu estava morrendo de vontade, mas ninguém estava afim de ir, uns estavam com vergonha de cantar, outros estavam animados demais falando sobre o filme, e o único que se propôs a ir comigo foi Chan.

Eu me derreti inteira quando o mesmo me enviou uma mensagem avisando que tinha conseguido uma reserva para sexta à noite, que no caso era hoje!

Chan propôs me levar para sair todas às sextas feiras em algum lugar que nunca tínhamos ido juntos, e como prometido, hoje seria o segundo encontro do cronograma. O primeiro aconteceu na semana passada, quando Chris me levou ao parque de diversões que havia inaugurado a alguns meses atrás. Como não tínhamos conseguido ir antes, fizemos questão de nos divertir o máximo que pudéssemos e tiramos várias fotos, tanto juntos dando alguns selinhos e se abraçando, como fotos engraçadas um do outro, cheguei até a ganhar mais um ursinho do Chan em uma das barraquinhas de jogos que tinha no local.

Mas o encontro de hoje era literalmente a sós, diferente do parque, onde aqueles meninos fofoqueiros - mais conhecidos como Hyunjin, Minho, Jisung e Changbin - seguiram a gente o encontro inteiro. O pior é que nenhum de nós tínhamos percebido a presença deles ao nosso redor, apenas quando postaram fotos nossas no grupo, a maioria abraçados esperando na fila da roda gigante ou aos beijos.

- Oi. - Digo ao abrir a porta do carro, o qual não era o mesmo de antes.

Fui logo recebida com um beijo do rapaz, e não excitei em retribuir.

Assim ficamos por mais um tempo, e só paramos com os beijos e toques quando percebemos que poderíamos nos atrasar e perder a reserva. Ficar imersa nos braços do Chris era uma perdição total, seus lábios me levava as alturas, não era qualquer um que saia vivo dessa emboscada.

- E aí, está animada? - Chan pergunta simples e com um sorriso envergonhado no rosto, mas consegui apenas reparar em suas bochechas e orelhas avermelhadas.

- Lógico! - Jogo minha bolsa no banco de trás e avisto a mochila de roupa que Chan trouxe. - E você, também está?

- Ainda pergunta? Tudo com você fica melhor, meu bem. - Dá uma risada gostosa e dá partida no carro.

- Vai mesmo dormir lá em casa? - Contenho o sorriso que queria escapar de meu rosto.

Dormir abraçada com Chan era tão incrível, a coisa mais gostosa do mundo era poder sentir o cheiro de seu shampoo em meu travesseiro durante o resto da semana.

- Vou. – Sorrio aliviadas. - Estou com saudades de dormir na sua cama.

- Só disso que você está com saudades?! – Emburro seu ombro e me viro para a janela, ouvindo a risada calorosa de Chan enquanto tentava me acalmar.

(...)

As coisas estavam indo bem demais, ainda mais com essa aproximação que estávamos tendo. Durante essas semanas venho imaginando eu e Chan namorando oficialmente, e esses pensamentos me mantem acordada até altas horas da noite. Porém, deixar minha mente criar situações inusitadas com Chan cativava cada vez mais meu amor por ele, mas pelo outro, me iludia cada vez mais.

Não demorou muito para chegarmos até o estabelecimento do Karaokê, as ruas não estavam tão cheias quanto nos outros dias, ainda mais sendo uma sexta-feira.

Rapidamente meu olhar foi totalmente voltado ao letreiro chamativo do estabelecimento, luzes eram o que não faltavam ali. Com várias cores vibrantes e superdivertidas, o nome se destacava mesmo à distância: Karaokê Bar.

Adentrando o local já de mãos dadas com Chan, era impossível de não se amarrar logo de cara, era praticamente um bar/restaurante com salas de karaokê separadas do salão principal. Neste a decoração era toda divertida: pouca luz no ambiente, e as que tinham eram basicamente coloridas; o chão era preto, mas havia diversas linhas rosa, amarela e azul neon que se cruzavam de fora a fora por toda a extensão do salão, apesar de ser um tapete sintético. Era o típico lugar para passar uma noite bem louca e animada com os amigos.

Nesta parte não tinha muita gente, pois a diversão toda não acontecia aqui e sim nas salas com isolamento acústico. O salão era praticamente para aquelas pessoas que vieram comer alguns petiscos com os amigos durante a noite e não se interessavam em utilizar os outros recursos do bar.

Chan conversou brevemente com a moça da recepção, que não demorou em mostrar a localização da sala reservada. Fomos andando por um corredor sem graça, diferente de todo o resto que vimos antes. As paredes eram brancas e o piso completamente preto, diferente das portas que carregavam, cada uma, uma ilustração diferente da outra. A sala reservada era a quarta, o qual a porta ilustrada carregava a imagem de duas capas orientais, representando o yin yang.

- Até aqui é cheio de luz! - Exclamo após abrir a porta da sala e revelar um ambiente também rodeado de luz e encantador.

Havia uma luminária giratória localizada no centro do teto, o qual girava emitindo suas luzes coloridas por todo o cômodo junto com a luz que emanava da televisão do karaokê. Lâmpadas instaladas nas extremidades das paredes davam ao cômodo médio a tonalidade azulada e roxa, obtendo também um sofá fofo, uma mesa redonda, acompanhada de duas cadeiras altas e microfones junto ao aparelho de Karaokê que estava localizado ao lado da televisão.

- Quer comer alguma coisa? - Volto-me para Chan, que segurava o telefone de pedidos em suas mãos. – Falando sério, eu preciso de um desse aqui em casa.

- De um telefone? - Caçoou vendo seus olhos vidrados e até brilhando para o objeto.

- Não é apenas um telefone. Adoraria colocar aqueles caras todos para trabalhar para mim. – Leva o telefone aos ouvidos. – Imagina, você está assistindo sua série favorita na cama e sua pipoca acaba, mas você está tão quentinho debaixo da coberta que desiste de buscar mais, mas você se lembra desse aparelhinho incrível e manda alguém atoa trazer para você.

- 'Pra isso que serve o celular, para ligar para as pessoas.

- Pode até ser, mas qual é a graça?

- É mais barato do que comprar isso. – Aponto o aparelho com a cabeça e Chan cai na real que aquilo era apenas um telefone normal.

- OKAY! - Diz usando o microfone com efeito de distorção. – Vai querer comer o que?

- Talvez quem sabe... - Pego o outro microfone disponível e abro o cardápio. - Uma pizza de calabresa e uma porção de Kimchi?

- Hm...- Ainda usando o microfone, Chan passa a mão por volta da minha cintura e me puxa para seu colo, me dando vários selinhos. – É uma combinação estranha, mas gostei.

- Estranho é a gente desse jeito. - Rio.

Chan lança um sorriso descarado e me tira de seu colo, se concentrando em fazer os pedidos pelo telefone todo pomposo. Enquanto Chan se ocupava com os pedidos, fui até o aparelho de karaokê, vendo quais as músicas tinham e os efeitos de vozes disponíveis além do que estávamos usando. Havia diversos estilos musicais no aparelho, desde pop, kpop, até rock e hip hop. Óbvio que uma pessoa indecisa e confusa ficaria facilmente confusa em qual explorar primeiro.

Após muito custo, acabei escolhendo primeiramente a pasta "POP", e milhares de músicas foram aparecendo em questão de segundos. Muitos nomes que surgiam na tela eram músicas mundialmente conhecidas, mas eram tantas que checava se Chan podia me ajudar com essa missão, mas ele ainda estava terminando de fazer os pedidos e focado na conversa com a pessoa do outro lado da linha.

- Achei uma legal aqui, "Are you bored yet?".

- Não.

- Não o que? – Me viro para trás e encaro Chan com os braços cruzados.

- Eu não estou entediado.

- 'Tá falando sério? - Reviro os olhos, negando acreditar no que tinha acabado de ouvir. - É o nome da música, besta.

- Que música?

- Essa: "Are you bored yet?" – Aponto para a tela da televisão.

- Já falei que não. – Arrasta a voz.

- Não o que?! – Apoio a mão na mesinha e mordo meus lábios. - Já entendi, okay, já saquei.

O idiota ri baixinho por ter conseguido tirar minha paciência, e tento lhe acertar um peteleco na testa. - Está bem! Já parei! - Bradou Chan em meio de gargalhadas tentando me segurar pelo pulso.

A comida não tardou em chegar, e após isto, além de comermos bastante, nossas gargantas devem ter ficado machucadas de tanto que cantamos e "gritamos", já que Chan me desafiava em todas as músicas fazer um falsete, mesmo usando os efeitos. As risadas e piadas foram até onde deu, tudo era motivo para tirar sarro e começar a gargalhar, principalmente quando Chan começou a dançar "Boombaya" todo desengonçado como punição por ter perdido a segunda rodada.

- Ah cara, já são 22:00. - Anuncia Chan desanimado. - Você quer ficar um pouco mais?

- Essa pergunta me lembra a primeira vez que saímos. – Comento rindo encarando seus lindos olhos brilhantes, e uma onda de nostalgia tomou conta de nós. O sorriso foi dando lugar a saudade, e a saudade me fazia querer chorar. Chan se mantinha calmo e concordava brevemente com a cabeça, entrelaçando seus dedos nos meus.

- É verdade. – Sorri levemente e caminha em direção da mesa redonda de vidro.

– M-mais te respondendo, é claro que quero ficar, mas por favor não me faça cantar mais nada! - Jogo meu corpo no sofá e rio, dando um gole no meu copo de refrigerante. - Acho que vou ficar sem voz por uns três dias.

- Não é para tanto, em menos de dois dias você recupera sua voz de cantora. - Bagunça meus cabelos ao se sentar ao meu lado. - Aproveitando que estamos aqui, quero te dar uma notícia.

- Então diga. – Tomo mais um gole do refrigerante aproveitando o braço de Chan rodear meus ombros e massageando-os .

- Eu estava pensando de neste final de semana ir visitar minha mãe, e como Binnie também quer ir eu pensei em te convidar para ir com a gente?

- O que? Na Austrália? Você está me chamando para ir à Austrália ver sua família? - Meus olhos se esbugalham e se iluminam radiantemente com a ideia.

- Não gostou do convite? - Coça sua nuca. - É que minha mãe está doida para te conhecer, vive falando que eu só falo de você e que sequer penso em te apresentar para ela. Ainda tem mais! Ela fica falando que eu estou trocando ela por você, que eu só me importo com você, vê se tem base isso! Nunca vi ela tão dramática assim, nunca mesmo...

Quando começa a falar ele não para, mas era tão lindo de ver o ânimo dele contando cada detalhe.

- Vai querer ir? - Enfim concluiu.

- Lógico que eu quero, mas antes preciso comprar minha passagem. – Sorrio de orelha a orelha.

- Não se preocupe com isso agora, outro dia vamos atrás de uma para você. – Sorri meigo e animado. – Eu poderia fazer a gentileza de pagar a sua, mas eu já vou comprar a minha e pagar metade pro Changbin.

- Não liga para isso, esqueceu que meus pais tem uma clínica? – Rio com ironia por isso não ser nada vantajoso, mas pelo o menos conseguia dinheiro mais fácil. – Hyunjin também vai?

- Não. Ele esqueceu que tem amigo, só vive falando daquele tal de Jeongin, nem o Changbin aguenta mais. Tudo que ele vai fazer: "espera, vou chamar o Jeongin para ir", " eu não vou, a mãe do Jeongin não deixou ele sair", Sohui, fala sério! - Rio da sua situação. – Ele está assim com você também?

Parando para pensar, um pouco, ele falava bastante desse garoto do ensino médio, mas ainda bem que Hyunjin nunca chegou a chama-lo para sair com a gente.

Nego com a cabeça ainda rindo e retomo o assunto anterior: - Eu quero ir sim Chan, até porque não sabia que fala tanto de mim para sua mãe. - Sorrio.

Ele falava de mim para mãe dele, era visível o nível disso?

Suas bochechas adquiriram o tom avermelhado, estava claro que Chan havia sido encurralado.

- Não é tão assim, eu... eu falo de vez em quando. - Sorri tímido. - Mas não fique se achando não, Sra. Bang é barra pesada.

Pelo que entendi, Chan nasceu na Coreia do Sul, mas logo seus pais se mudaram para Austrália, onde viveram maior parte de suas vidas, e consequentemente onde Chan passou boa parte de sua infância. Quando Chris completou doze anos, seu pai conseguiu voltar para seu país natal, e foi onde Chan preferiu ficar mesmo depois de adulto, já sua família preferiu retornar para o outro país, ficando assim fisicamente distantes.

- Lá na Austrália, eu gostava de ficar brincando com as crianças na rua, jogávamos bola, às vezes basquete, andávamos de bicicleta..., já aqui na Coréia foi bem diferente. Enquanto na Austrália eu era o centro das atenções por ser asiático, aqui na Coreia tiravam sarro de mim.

"Narigudo", "você é muito estranho para ser coreano!", "coreanos geralmente são altos, e você é uma tampinha".

- Que horror! - Comento boquiaberta.

Sempre imaginei o Chris como o mais incrível da escola, ele possui qualidades magníficas e positivas, além de ser muito educado, habilidoso e talentoso.

- Isso foi o de menos do que fizeram comigo. - Bufa baixinho. - Me fizeram acreditar que o amor não existia para mim.

- Tem a ver com aquela questão de você nunca se apaixonar? - Gaguejo um pouco.

- Aham. - Apoia seu queixo em sua mão. - Mas nunca te contei o motivo, não é?

Afirmo com a cabeça.

Algumas vezes me peguei pensando no motivo de Chan nunca se apaixonar por ninguém, era um mistério para mim toda a ideia por trás do Crush Perfeito. Já havia pensado na possibilidade de Chan ter sido chutado por alguém, ou talvez apenas não quisesse se ver compromissado seriamente com alguém.

Chan já havia saído com várias garotas depois que entrou na universidade, mas não passavam de ficantes, e em nenhuma vez fiquei sabendo de algum namoro sério dele, apenas de várias garotas iludidas com as palavras e a beleza do homem.

Com o olhar cabisbaixo de Chan, consegui entender que ele não fazia isso apenas por diversão e descontração, existia todo um contexto que o deixou marcado até hoje.

- Eu gostava de uma garota no colégio. Ela era maldosa com todo mundo, mas tinha algo nela que me dava esperanças de conquista-la. - Respira fundo e segura minhas mãos com delicadeza. - Ela basicamente me humilhava para toda a escola, desprezava minha aparência, minhas roupas..., mas quando precisava de algum favor era até mim que ela vinha, e como eu não entendia nada da vida, achava que era algo normal.

- Você achava normal ser pisoteado assim? - O encaro indiferente.

- Sohui, todo mundo naquele colégio me odiava, para mim era normal isto. O grande problema foi que eu fiquei apaixonado por ela durante três anos, e só parei quando me formei no ensino médio. - Começa a rir contido.

- Fala sério Christopher. - Fecho os olhos e acerto um tapa em minha testa.

- Depois disso tudo, eu decidi não gostar de mais ninguém, nunca mais. Decidi sair com as meninas sem qualquer compromisso sério, não para iludir, mas para elas terem pelo o menos um encontro legal na vida, algo que não tive na adolescência.

- Nunca mais é tempo demais, você ainda está muito jovem. Todos temos traumas Chan, mas se limitar de amar alguém por ter amado a pessoa errada é se condenar a viver para sempre apenas servindo de namorado temporário.

- Eu sei... – Responde baixo.

- E é isso que você quer? Servir apenas como fantoche para elas igual essa outra fez com você? - Continuo o olhando com estima. - Quantas dessas garotas realmente não gostaram de você mas perderam a oportunidade de te conhecerem por conta de um acordo maldoso que você fez consigo mesmo?

- Você tem razão. - Ruminava Chan, com os olhos fixos em minhas mãos. - Você tem total razão Sohui.

Acaricio suas bochechas e continuo admirando seus olhos.

- Que tal cantar mais uma música? – Pergunto meiga e recebo um sorriso do outro em concordância.

Chan toma pose do microfone e faço o mesmo com o outro: - "Tkm" do Boy Pablo, o que acha?

- Ótima escolha. - Digo.

Bang, com um sorriso caloroso no rosto, seleciona a música dita. Parecia estar um pouco nervoso quando o toque da música soou pelo cômodo. Com o ritmo envolvente, meu corpo não resistiu e começei a movimentar meu corpo levemente com os ombros, intensificando com um sorriso ao ouvir a voz suave de Chan saindo pelo microfone já sem nenhum efeito.

- Will you ever say you love me? Say you want me or whatever?... - Canta concentrado, mantendo os olhos fechados e o microfone apunhalados entre suas mãos.

Sua voz serena encantava meu coração, a delicadeza que estava tendo para cantar me fazia apaixonar cada segundo a mais, dava para sentir a pureza de cada nota cantada com amor pelo que faz. Chan parecia estar dedicando-a a alguém especial de tão natural que as palavras cantaroladas saiam de seus lábios.

- I have wondered if you need me, It doesn't always seem like it... - Canto minha parte ainda olhando para Chan.

- But after all is fine that you need this much time. It's obvious what you think I understand... - Nosso olhar se encontra, potencializando mais minha voz junto com a sua.

- Will you ever care about me? Ask about me? Talk whenever? - Canto.

- I've been waiting, really struggling, since forever to make you smile... - Lança um sorriso provocador, me fazendo rir.

- Idiota. - Murmuro entre risos.

- But if you say goodbye I won't be asking why, It's obvious what you think about us... - Cantamos juntos novamente, nos aproximando ainda mais um do outro e aumentando a tensão.

- I'm tired of everything. - Canto sozinha, encarando seus olhos com firmeza, sentindo meu coração bater forte pela adrenalina.

- Let me know oh, do you feel the same? - Toca meu rosto, me puxando para mais perto do seu. - Sohui...

Silencio sua fala com meu dedo indicador em seus lábios. Meu peito estava pestes a explodir de tanta ansiedade, o clima entre nós havia mudado a tempos, e tê-lo tão perto de mim neste momento me causava arrepios e borboletas no estômago como nunca antes. Pela maneira que me olhava espantado, também estava sentindo o mesmo.

- Não fale nada, por favor. - Fico na ponta dos pés e selo nossos lábios lentamente.

O toque final da música ainda rolava, mas do que isso importava agora, nossas línguas se exploravam com cuidado, se tocando com amor, nos instigando a continuar até saciarmos todos os sentimentos que guardamos apenas para nós. Seus braços rodeiam minha cintura, me puxando para cima e aprofundando nosso beijo.

Era isso, ele estava sentindo o mesmo que eu!

Aperto os fios de seus cabelos, massageando a região enquanto saboreava do momento como nunca antes. A palpitação apenas aumentava, eu estava praticamente nas nuvens!

Chan, eu te amo, eu te amo, eu te amo, eu te amo!

- Eu te amo.

- Ãn? - Separo nossos lábios trêmula. Eu ouvi direito? - Chan o..oque você falou?

- Isso mesmo que você ouviu Sohui, eu te amo.

Nossos olhos brilhavam, meu peito batia forte, minhas mãos soavam, isso não podia ser real, não mesmo! Com um sorriso calmo e sereno, Chan massageava meu rosto devagar, meu corpo ainda estava sendo bombardeado por pura adrenalina, eu não sabia o que lhe responder. Foi algo tão espontâneo, tão calmo, tão verdadeiro.

Todas as frases prontas e palavras bonitas sumiram de minha mente, restando apenas meu coração para se expressar verdadeiramente. Por impulso, em lugar de palavras selo meus lábios aos seus, segurando com certa firmeza seu rosto em meus dedos finos, e não foi preciso muito para fazer Chan entender que eu lhe afirmava o mesmo.

Eu também te amo, Chan.


(...)

Tem alguém vivo aí?

O que vocês acharam do capítulo? Deixem seus feedbacks aqui.

Queria avisar vocês que decidi estar postando capítulos menores a partir de hoje. Eu comecei um curso na parte da noite e ainda tenho que ir para a escola de manhã, e para escrever e editar capítulos menores será muito mais fácil para mim.

Eu já tenho quatro capítulos prontos, e eles são grandes iguais aos outros, então depois que eles forem postados o número de palavras irão cair um pouco, mas não se preocupem com a qualidade da história!

Outro avisinho! Dentro de algumas semanas a fanfic estará completando um ano de publicação e eu queria fazer um especial para esse dia tão especial, mas ainda não me veio nada na mente do que poderia fazer. Comentem aqui algumas ideias do que vocês gostariam para essa data especial.

 Pode ser um capitulo bônus, uma realidade diferente dos personagens, um capítulo focando em algum outro personagem para contar a história dele... vocês que escolhem!

Obrigada pelo carinho de vocês até aqui, amo vocês.


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